É oficial. Montepio antecipa saída de até 900 trabalhadores
A administração do Montepio comunicou a todos os trabalhadores, por email, os principais objetivos do plano de reestruturação. Banco estima um intervalo de saídas entre os 600 e os 900 trabalhadores.
A administração do Banco Montepio já comunicou a todos os trabalhadores, por email, que o plano de reestruturação prevê uma redução de pessoal entre 600 e 900 trabalhadores. De acordo com um email enviado esta tarde de sexta-feira, e assinado por Carlos Tavares e Pedro Leitão, “com base nos cenários analisados e nesse quadro plurianual, estima-se um intervalo máximo indicativo de redução de pessoas entre 600 a 900, tendo para o efeito sido requerida junto das entidades competentes a possibilidade de alargamento de quota para subsidio de desemprego”.
Nesta comunicação eletrónica, a que o ECO teve acesso, o chairman e o presidente executivo do Banco Montepio explicam as razões deste plano. “Tendo em conta as circunstâncias atuais e incertezas futuras, bem conhecidas de todos e os desafios que se colocam ao banco, ao setor e ao país, a Administração entendeu necessário ajustar objetivos e medidas já previstos no Plano de Transformação com a adoção de um programa de ajustamento multidimensional e plurianual”. O objetivo, escreve, é tornar o Montepio um banco eficiente e rentável”.
O plano de reestruturação passará assim por saídas, entre 600 e 900 pessoas. “Não existem listas de pré-selecionados, pretendendo-se um processo esclarecido e transparente, baseado no acordo entre as partes. Este programa será apresentado formalmente a todos os colaboradores no dia 6 de outubro estando atualmente em fase de consulta com os parceiros sociais e estruturas representativas dos trabalhadores”.
O Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários (SNQTB) defende que “qualquer plano de redução de pessoal se deve concentrar exclusivamente em reformas antecipadas e rescisões voluntárias de trabalhadores”. O sindicato elaborou uma moção, nesse sentido, que foi aprovada esta sexta-feira pela Federação Europeia dos Quadros das Instituições de Crédito e Financeiras (FECEC) e que será agora enviada ao Parlamento Europeu. O documento aprovado refere ainda que “os sindicatos devem constituir-se como parceiros sociais essenciais neste processo” e que “nenhum plano poderá ser estabelecido sem a sua participação”. Além disso, o sindicato apela que a comissão executiva do Banco Montepio deve dar “o exemplo, reduzindo sua folha de pagamento, antes de qualquer redução de funcionários”.
As saídas de pessoas resultam também do fecho de balcões, como se refere neste comunicado interno. “Por forma a otimizar o mix de distribuição, foi decidido o encerramento de 37 balcões redundantes geograficamente e estão em análise cerca de 40 balcões, segundo critérios de relevância geográfica, rentabilidade e dimensões do mercado”, escrevem Tavares e Leitão.
Carlos Tavares e Pedro Leitão deixam críticas à sucessão de notícias dos últimos dias, sem referirem nomes. “Os últimos dias têm sido pródigos em ruído comunicacional que em nada favorece o conteúdo do trabalho sereno e construtivo que a administração pretende continuar a desenvolver em estreita colaboração com todos os trabalhadores e as suas estruturas representativas”.
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