CTT entregam “praticamente” metade das encomendas de e-commerce em Portugal
O presidente executivo do grupo CTT disse que a empresa já entrega "praticamente 50% das encomendas" no país, tanto geradas em Portugal como no estrangeiro por via do comércio eletrónico.
O presidente executivo dos CTT CTT 0,00% calcula que a empresa seja responsável por entregar no país “praticamente 50% das encomendas” geradas em Portugal ou no estrangeiro por via do comércio eletrónico, e revelou que o grupo tem alcançado recordes neste negócio por causa da pandemia.
“Hoje mesmo apurámos os dados de ontem [10 de novembro] e, quer em Portugal como em Espanha, batemos o recorde de sempre de entrega de encomendas, em números que seríamos incapazes de imaginar há um ano”, frisou João Bento num evento sobre comércio eletrónico organizado pela empresa e transmitido pelo Dinheiro Vivo.
“Temos continuado a reforçar a nossa posição de liderança no comércio eletrónico. Somos claramente líderes no e-commerce“, reiterou o gestor, num dia em que se assinala também a campanha promocional do Dia dos Solteiros na China (Singles’ Day), uma das principais campanhas de descontos do mercado asiático, promovida pela loja AliExpress do grupo Alibaba.
Os CTT são parceiros do AliExpress para entregarem as encomendas vindas da China pelo terceiro ano consecutivo, revelou o grupo na terça-feira. A empresa portuguesa entregou em Portugal 420 mil encomendas no ano passado e 300 mil em 2018 relativas a esta ocasião.
“A par de outras áreas de negócio, como os serviços financeiros, o comércio eletrónico é um dos principais indutores de crescimento dos CTT, numa altura em que o correio convencional vai caindo. Acontece pelo impacto que tem no expresso e encomendas mas também em logística”, afirmou João Bento, destacando, ainda, que há “também muita atividade postal que é gerada com o comércio eletrónico”.
Numa altura em que o negócio do correio cai a dois dígitos, o grupo tem vindo a reforçar a aposta nos serviços financeiros e no segmento de expresso e encomendas. A pandemia acelerou a tendência das compras na internet em todo o mundo, puxando também pelas contas do grupo. No entanto, o crescimento de quase 20% deste negócio entre janeiro e setembro ainda não compensa a queda de cerca de 12% das receitas do correio tradicional, segundo os resultados trimestrais da cotada nacional.
Em maio deste ano, já com a pandemia instalada e o país a começar a desconfinar do primeiro estado de emergência, o presidente executivo dos CTT afirmou também estar a registar “valores de encomendas acima dos valores do Natal passado ou da Black Friday passada”.
Já no que ao correio diz respeito, os CTT encontram-se a negociar com o Governo português a renovação do contrato de concessão do serviço postal universal, sendo vistos como a única empresa com as condições e capilaridade necessárias para prestar esse serviço. As conversações estão em curso e o atual contrato termina no próximo dia 31 de dezembro.
(Notícia atualizada às 11h43 para clarificar que João Bento se referia a metade das encomendas de e-commerce, e não metade de todas as encomendas)
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