INE revê em alta recuperação do PIB para 13,3% no terceiro trimestre, mas tem quebra homóloga de 5,7%
O PIB contraiu, em termos homólogos, 5,7%, no terceiro trimestre de 2020. Porém, face ao segundo trimestre, verificou-se uma recuperação expressiva de 13,3%.
O Instituto Nacional de Estatística (INE) reviu ligeiramente em alta esta sexta-feira a recuperação da economia portuguesa para 13,3% no terceiro trimestre (13,2% na estimativa anterior), após a queda histórica no segundo trimestre por causa da crise pandémica. Apesar da recuperação, o PIB continua 5,7% aquém do verificado no terceiro trimestre de 2019.
“Estes resultados reveem em alta (0,1 pontos percentuais) as taxas de variação apresentadas na primeira estimativa rápida, devido à integração de informação primária adicional, nomeadamente relativa ao comércio internacional de serviços“, explica o gabinete de estatísticas no destaque divulgado esta sexta-feira das contas nacionais trimestrais.
A recuperação da economia no terceiro trimestre, face ao segundo trimestre, reflete “os efeitos da reabertura progressiva da atividade económica, que se seguiu à aplicação de medidas de contenção à propagação da COVID-19 com forte impacto económico nos primeiros dois meses do segundo trimestre”. No segundo trimestre, o PIB contraiu 16,3%, em termos homólogos, e 13,9% em cadeia.
A recuperação no terceiro trimestre é explicado principalmente pela recuperação do contributo da procura interna, em particular com o crescimento do consumo privado, numa altura em que as restrições aligeiraram. O contributo da procura externa líquida (exportações descontadas das importações) também inverteu, “verificando-se um crescimento acentuado das exportações de bens e serviços“, nota o INE. As exportações cresceram 38,8% no terceiro trimestre, face ao segundo trimestre, após terem caído 37%.
Apesar desta recuperação significativa no terceiro trimestre, a economia portuguesa continua em recessão, ficando 5,7% aquém do registado no mesmo trimestre do ano passado. Ainda que tenha melhorado, o contributo negativo da procura interna em termos homólogos continua a ser de -4,1 pontos percentuais enquanto o contributo negativo da procura externa líquida é de -1,5 pontos percentuais.
Na procura interna, é de notar a recuperação tanto do consumo privado como do investimento, assim como o crescimento do consumo público que no trimestre anterior tinha contraído. Já na procura externa líquida, houve uma recuperação mais expressiva nas exportações do que nas importações, “devido em grande medida à evolução das exportações de bens, uma vez que as de serviços mantiveram reduções expressivas“, assinala o gabinete de estatísticas.
A informação detalhada sobre o que aconteceu à economia no terceiro trimestre será divulgada a 30 de novembro.
(Notícia atualizada às 9h55 com mais informação)
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