Mais de dois terços dos portugueses defendem restrições iguais em todo o país
76,4% dos portugueses acreditam que as medidas deveriam ser aplicadas de igual forma em todo o continente, enquanto 23,6% defendem que só devem ser aplicadas com mais de 240 casos/100 mil habitantes.
Mais de dois terços dos portugueses acreditam que as medidas restritivas deveriam ser aplicadas de igual forma em todo o continente, enquanto pouco mais de 20% defendem que as medidas deveriam ser tomadas apenas nos concelhos com mais de 240 novos casos por 100 mil habitantes.
As conclusões são de um estudo conjunto da multidados.com – the research agency realizado para a Guess What. Com o quinto estado de emergência, que entra em vigor a partir desta terça-feira até 8 de dezembro, o país passa a estar a quatro “velocidades” com medidas diferenciadas em função do risco de transmissão da Covid-19. E se a maioria dos portugueses (85,7%) concorda com a decisão do Presidente da República sobre a declaração do estado de emergência, com 49,4% dos inquiridos a afirmarem que estão “bastante preocupados com a situação pandémica em Portugal”, a verdade é que o escalonamento das medidas por concelhos não é visto com tão bons olhos.
Neste contexto, “76,4% dos portugueses acreditam que as medidas restritivas deveriam ser aplicadas de igual forma em todo o continente, enquanto 23,6% acredita que as medidas deveriam ser tomadas apenas nos concelhos com mais de 240 por 100 mil habitantes“, lê-se no comunicado.
Entre as medidas tomadas pelo Executivo que não reúnem tanto consenso, sendo por isso, menos valorizadas, está a proibição de circulação na via pública a partir das 13h00 aos sábados e domingos (46,5%) — agora aplicada para os concelhos de risco “muito elevado” e extremamente elevado” de transmissão da Covid-19 –, a mobilização dos trabalhadores de grupos de risco para reforço da capacidade de rastreamento (40%), bem como, limitação à circulação de pessoas entre concelhos (30,8%), que será aplicada nos feriados de 1 e 8 de dezembro. Além disso, mais de um quarto dos inquiridos (27,4%) manifestam-se contra a mobilização de trabalhadores em isolamento profilático para reforço da capacidade de rastreamento, enquanto 21,9% estão contra o encerramento dos estabelecimentos de restauração às 22h30.
Em contrapartida, o teletrabalho e a mobilização de militares das Forças Armadas para reforço da capacidade de rastreamento da Covid-19 são as medidas mais bem vistas pelos portugueses, com 94,5% dos inquiridos a concordarem com elas. Além disso, a possibilidade de realizar medições de temperatura corporal em estabelecimentos de ensino, bem como, a possibilidade de requisitar recursos, meios e estabelecimentos de saúde dos setores privado e social, estão também entre as favoritas dos lusitanos, com 93,5% e 93,3% dos cidadãos a concordarem com elas, respetivamente.
Com quase metade dos portugueses a admitirem que estão “bastante preocupados com a situação pandémica em Portugal”, os principais receios dos cidadãos passam pela “falência económica nacional (74%)”, pela “falência do Sistema Nacional de Saúde (72,2%)” e pelo “desemprego” (64,6%). Neste sentido, é possível que estes receios estão a acentuar-se já que em março, os principais receios dos inquiridos eram também relativamente à falência económica nacional, embora numa percentagem menor (62,2%).
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