BRANDS' ECOSEGUROS O mercado segurador atravessa uma tempestade

  • ECOSeguros + Innovarisk Underwriting
  • 27 Novembro 2020

Gonçalo Baptista, diretor-geral da Innovarisk, reflete sobre a atualidade do setor: "o mercado segurador atravessa uma tempestade; navega pela crescente complexidade do mundo que tenta proteger".

Internacionalização das empresas, cadeias de produção remotas, riscos políticos e legais, alterações climáticas, desastres ambientais, robotização e inteligência artificial, drones que paralisam aeroportos, aquecimento global, desastres naturais, cibercriminalidade, decisões dos gestores que têm que lidar com tudo isto. Como se não bastasse, estamos numa pandemia sem precedentes, que impactou a nossa vida e ainda sem fim à vista. Esse impacto abalroou o mercado bolsista também com uma velocidade sem precedentes, em 15 dias as seguradoras haviam acumulado perdas de biliões em bolsa.

Apetece dizer que os deuses devem estar loucos e nos mandaram a famosa garrafa de coca-cola que nos acertou em cheio na cabeça. Estamos a segurar fenómenos que ainda não compreendemos totalmente e para os quais as próprias atualizações legislativas por vezes ainda não encontraram as respostas mais adequadas. O mundo transformou-se numa montanha russa, a qual parece imperativo acompanhar para se ser bem-sucedido. Mas será que assim é? Pelo menos no curto prazo, é-o certamente, não vamos mudar o mundo em poucos anos e a história mostra que a hipotética mudança só acontece quando os problemas se tornam excessivos, nunca de forma preventiva.

"A pandemia atingiu todos mas quem levou mais a sério os desafios tecnológicos tem agora uma vantagem competitiva no teletrabalho ou nas proteções contra os ataques dos hackers. ”

Gonçalo Baptista

Diretor-geral Innovarisk Underwriting

Depois da tempestade, vem a bonança, anseiam os clientes, em muitos setores já com as gabardines rotas e as varetas dos chapéus-de-chuva todas a partir. Não há mais capacidade para resistir à tempestade e desespera-se por velhas soluções (ajudas governamentais) para novos problemas, mas são sempre soluções de último recurso. A pandemia atingiu todos mas quem levou mais a sério os desafios tecnológicos tem agora uma vantagem competitiva no teletrabalho ou nas proteções contra os ataques dos hackers. A fábrica que desenhou planos de contingência robustos está menos dependente dos seus fornecedores e linhas de montagem principais, caso os mesmos tenham que parar. Os gestores que fizeram bem o seu trabalho de casa traçando planos flexíveis e com capacidade de adaptação a cenários adversos, estão agora menos expostos às reclamações dos seus acionistas e empregados.

A gestão de risco profissional é a resposta adequada às contrariedades. As boas apólices, compradas às seguradoras e corretores que melhor compreendem esta complexidade do mundo atual, são bons aliados para a almejada bonança.

Os custos são incomportáveis: não podemos ficar sentados à espera que as tempestades venham e continuar sentados à espera que passem. Porque outras virão e farão parte das nossas vidas.

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