Zurich realça crescimento em linhas comerciais até setembro
Os mercados alemão, suíço e britânico lideraram a evolução no negócio não Vida, impulsionando a progressão do conjunto europeu aos 7%. Os preços em linhas comerciais estão a crescer 15% na Europa.
O grupo Zurich registou progressão de 3% no volume bruto de prémios do negócio P&C (não Vida), em base like-for-like (perímetro comparável e ajustado às variações de câmbio), assinalando “forte crescimento em linhas comerciais” e melhoria acrescida nas taxas cobradas pelas coberturas, salienta o update operacional do Zurich Insurance Group (Zurich) relativo aos primeiros nove meses do exercício.
“O crescimento do nosso negócio comercial tem permanecido forte, com melhorias adicionais nos preços comerciais e no desempenho da subscrição subjacente. O nosso negócio Vida voltou a crescer no terceiro trimestre, apesar dos constantes desafios para os canais de distribuição presencial”, afirma George Quinn, administrador financeiro (CFO do grupo), citado no comunicado que não inclui resultados líquidos do período.
A instituição refere “recuperação” no volume de novo negócio no ramo Vida no terceiro trimestre, com variação de 7% no indicador APE (annual premium equivalent), igualmente em base like-for-like. No período de janeiro a setembro, o equivalente anual de prémios (APE) regista quebra de 8%, face a idêntico período de 2019.
De acordo com os números divulgados, o volume bruto de prémios em P&C (propriedade e danos) progrediu 3%, para 27,26 mil milhões de dólares (cerca de 23,11 mil milhões de euros ao câmbio corrente), enquanto o APE do negócio Vida caiu 8% (like-for-like), para 2,57 mil milhões de dólares. Já a Farmers Insurance, subsidiária norte-americana do grupo suíço, registou declínio de 3% em prémios, para cerca de 15,3 mil milhões de dólares.
O crescimento do negócio consolidado aconteceu nos mercados EMEA e da América do Norte (cada uma das regiões a superar os 12,3 mil milhões de dolares em volume bruto) mas a evolução foi claramente liderada pelos mercados europeus, que expandiram 7% em volume de prémios e com destaque para Alemanha, Suíça e Reino Unido, enquanto o segmento de retalho registou andamento mais modesto animado por evolução positiva no 3º trimestre, detalha a Zurich.
O contributo tarifário foi dado pelo incremento de 18% e 15% nos preços, respetivamente, percebidos nos mercados da América do Norte e Europa.
Ao longo do terceiro trimestre, o grupo “continuou a gerir com sucesso os desafios sem precedentes da Covid-19, a recessão global e um número recorde de furacões que devastaram regiões nos EUA”, comentou Quinn, que foi CFO da Swiss Re entre 2007 e 2013.
Ainda, de acordo com a atualização divulgada pela companhia, a estimativa de perdas com sinistros P&C relacionados com a pandemia (Covid-19) mantém-se inalterada em 450 milhões de dólares, descontando o efeito da menor frequência em sinistros, especifica o mesmo documento.
A 30 de setembro, a posição de capital aferida pela métrica Z-ECM (Zurich Economic Capital Model), – que o grupo revela que deixará de apresentar a partir do final do quarto trimestre – situou-se num nível “resiliente” de 110% (-19 pp face a setembro de 2019). À luz da metodologia Swiss Solvency Test (SST), o rácio da Zurich é calculado em 193%.
A adoção da métrica SST (regra no quadro regulatório suíço), em lugar do Z-ECM para reportar a situação de solvência, é uma opção de alinhamento com as práticas dos pares suíços e europeus, justifica a Zurich.
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