Fernando Negrão vai presidir à comissão de inquérito ao Novo Banco
PSD escolheu Fernando Negrão, que já tinha liderado inquérito à queda do BES, para presidir à comissão parlamentar que vai investigar as perdas do Novo Banco e imputadas ao Fundo de Resolução.
O PSD escolheu o nome de Fernando Negrão para presidir à comissão de inquérito ao Novo Banco e que tomará posse na próxima terça-feira. A informação foi avançada pelo Público (acesso pago) e confirmada pelo ECO junto do deputado Duarte Pacheco. “Iremos propor o deputado Fernando Negrão”, avançou o social-democrata.
Fernando Negrão tem experiência em inquéritos à banca, tendo liderado duas das oito comissões parlamentares que se debruçaram sobre temas bancários na última década: ao BCP e à supervisão bancária (2008) e ao colapso do BES e do Grupo Espírito Santo (setembro 2014 a abril de 2015).
Duarte Pacheco integrará a “equipa” do PSD na comissão de inquérito que visa apurar as perdas registadas pelo Novo Banco e imputadas ao Fundo de Resolução e cujos trabalhos decorrerão até abril, antes de nova injeção no banco. Entram ainda Hugo Carneiro, Mónica Quintela e Filipa Roseta.
Depois da tomada de posse da comissão de inquérito, prevista para terça-feira, os grupos parlamentares deverão voltar a reunir-se ainda este ano para acertar várias questões relativas aos trabalhos da comissão, nomeadamente os nomes que vão querer ouvir e a documentação a solicitar às autoridades. Só a partir de janeiro é que as audições terão início.
Esta comissão funcionará pelo prazo de 120 dias, ou seja, estará concluída a tempo de nova injeção do Fundo de Resolução no Novo Banco, que têm ocorrido, geralmente, no início de maio.
Tendo em conta o objeto da comissão de inquérito, deverão ser chamados ao Parlamento ex-gestores do BES, a administração do Novo Banco e outros órgãos do banco, e responsáveis do Banco de Portugal, Fundo de Resolução e do Governo para audições que ocorrerão nos próximos meses.
Até hoje, o Fundo de Resolução já injetou cerca de 3.000 milhões de euros dos 3.900 milhões previstos no mecanismo de capital contingente. O Parlamento travou novas injeções até serem conhecidas as conclusões da auditoria a cargo do Tribunal de Contas.
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