Desempregados inscritos no IEFP caem pelo segundo mês consecutivo para 398.287
O número de desempregados inscritos no Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) caiu 1,3%. É o segundo mês consecutivo com quedas em cadeia.
O número de desempregados inscritos no Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) voltou a encolher em novembro. Em causa está uma quebra de 1,3% para 398.287 indivíduos, de acordo com os dados divulgados esta quinta-feira. Novembro foi, assim, o segundo mês consecutivo em que o universo de desempregados diminuiu. Ainda assim, face ao período homólogo, o número de inscritos nos centros de emprego subiu mais de 30%.
“No fim do mês de novembro de 2020, estavam registados nos serviços de emprego do continente e das regiões autónomas 398.287 indivíduos desempregados. O total de desempregados registados no país foi superior ao verificado no mesmo mês de 2019 (+92.326; +30,2%) e inferior face ao mês anterior (-5.267; -1,3%)“, explica o IEFP, na nota estatística publicada, esta quinta-feira.
A pandemia de coronavírus tem feito tremer o mercado de trabalho. Em março, mês em que se registaram os primeiros casos de Covid-19 em Portugal e em que foram impostas, pela primeira vez, medidas restrições em resposta à crise sanitária, o número de inscritos no IEFP subiu 9,8% face ao mês anterior (e 3%, na comparação homóloga). tendo abril e maio trazido aumentos ainda mais acentuados.
Essa trajetória só foi, portanto, interrompida em junho, com o descofinamento da economia e do país, mas julho foi logo sinónimo de um novo agravamento do desemprego. Também em agosto e setembro cresceu o número de desempregados, tendo sido registado em outubro o primeiro recuo em cadeia do número de desempregados inscritos no IEFP. De acordo com os dados agora conhecidos, novembro consolidou essa tendência, com uma nova quebra.
A nível regional, em novembro, os Açores continuaram a destacar-se como única região do país onde o universo de desempregados decresceu, em termos homólogos. Em causa está uma queda de 0,5%. Em sentido inverso, o Algarve foi a região de Portugal com o aumento mais pronunciado do número de desempregados inscritos no IEFP. Foi registada nesta região uma subida de 67,6% do universo de indivíduos desempregados, face a novembro de 2019.
Já na variação em cadeia, destaque para Lisboa e Vale do Tejo, com um recuo do número de desempregados de 4,3%, seguindo-se o norte (com uma quebra de 2,4%) e o centro (com um decréscimo de 2,1%). O Algarve e as regiões autónomas são a exceção num país marcado pela diminuição do número de inscritos no IEFP. Na região algarvia, registou-se um aumento de 20,7% face a outubro; Nos Açores, uma subida de 0,2%; E na Madeira, um acréscimo de 1,8%.
Quanto à evolução do desemprego nos diversos setores de atividade, o IEFP esclarece: “A desagregação deste setor de atividade económica permite observar que as subidas percentuais mais acentuadas, por ordem decrescente, se verificaram nas atividades de: ‘Alojamento, restauração e similares’ (+59,0%), ‘Transportes e armazenagem’ (+47,0%) e ‘Atividades imobiliárias, administrativas e dos serviços de apoio’ (+43,7%). No setor ‘secundário’, destaca-se a subida nos ramos da ‘Indústria do couro e dos produtos do couro’ (+61,3%), da ‘Fabricação de veículos automóveis, componentes e outros equipamentos de transporte’ (+40,0%) e da ‘Indústria do vestuário’ (+30,4%)”.
Por outro lado, o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social salienta que, em novembro, subiu para 25,6% a relação entre desempregados abrangidos por medida ativas e desempregados registados. Em causa está um reforço de 3,9 pontos percentuais (p.p.) face a outubro, o que se explica sobretudo “pelo aumento da atividade formativa”. Também a taxa de cobertura de prestações de desemprego subiu 57,3%, número que compara com a taxa de 53,2% registada em novembro de 2019.
De notar, ainda assim, que, em novembro, o IEFP conseguiu captar 9.020 ofertas de emprego, menos 6,7% que no mês homólogo e menos 26,6% do que no mês anterior.
Novembro ficou marcado pelo endurecimento das restrições impostas face à crise pandémica, em muitas regiões do país, nomeadamente com a aplicação do recolher obrigatório entre as 13h00 e as 5h00, aos fins de semana. Estas medidas tiveram um impacto significativos nas contas das empresas, tendo o Governo lançado novos apoios para esse fim.
(Notícia atualizada às 11h10)
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