Misericórdia de Lisboa mantém Francisco Ramos no Hospital da Cruz Vermelha
A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa confirma que Francisco Ramos pôs o lugar à disposição, enquanto presidente da comissão executiva do Hospital da Cruz Vermelha, mas que não foi aceite.
A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) revelou esta quarta-feira que mantém Francisco Ramos na presidência da comissão executiva do Hospital da Cruz Vermelha, no mesmo dia que este se demitiu da coordenação do plano de vacinação contra a covid-19.
“A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa confirma que Francisco Ramos colocou o lugar à disposição, não tendo sido aceite”, afirmou à agência Lusa a assessoria de imprensa da SCML. A notícia foi avançada pela SIC.
O coordenador da task force para o plano de vacinação contra a covid-19 em Portugal, Francisco Ramos, demitiu-se do cargo, anunciou esta quarta-feira o Ministério da Saúde.
Numa declaração enviada às redações, Francisco Ramos, que a Lusa tentou contactar ao longo de todo o dia, acrescentou que as irregularidades diziam respeito ao processo de seleção para vacinação de profissionais de saúde daquele hospital.
A demissão ocorre numa altura em que são públicas diversas situações de vacinação indevida de várias pessoas em várias regiões do país e no dia em que arrancou a vacinação em centros de saúde de idosos com 80 ou mais anos e de pessoas com mais de 50 anos com doenças associadas, numa fase que abrange cerca de 900 mil portugueses.
Também esta quarta-feira se ficou a saber que o diretor clínico e a enfermeira diretora do Hospital da Cruz Vermelha colocaram os lugares à disposição, justificando com um lapso na seleção dos profissionais a vacinar contra a covid-19.
Em 16 de dezembro de 2020, o Hospital da Cruz Vermelha elegeu em assembleia-geral o novo conselho de administração, integrando dois ex-secretários de Estado da Saúde, Francisco Ramos e Manuel Teixeira, que entraram em funções de imediato.
A assembleia-geral do HCV realizou-se no seguimento da compra pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa de 55% do capital da sociedade gestora do Hospital da Cruz Vermelha.
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