EDP Renováveis tomba 8% com recomendação de “venda” da UBS

A EDP Renováveis desvaloriza mais de 8% e protagoniza as maiores perdas, no arranque da sessão desta sexta-feira. Lisboa está em "terreno negativo".

A praça lisboeta arrancou a última sessão da semana em “terreno negativo”, com a EDP Renováveis a protagonizar as maiores perdas. Após um arranque misto todas 18 cotadas do PSI-20 passaram a negociar em terreno negativo, fazendo com que esta sexta-feira seja dia de maré vermelha na bolsa nacional. O BCP também está a pressionar Lisboa.

O índice de referência nacional, o PSI-20, desvaloriza 3% para 4.695,78 pontos, com destaque para as cotadas do setor da energia. Os títulos da EDP Renováveis abriram a recuar mais de 3% e entretanto agravaram as perdas. Chegaram a perder 8% para 20,15 euros, o valor mais baixo desde 21 de dezembro, quando a ação negociou pela última vez abaixo da barreira dos 20 euros.

A pressionar poderá estar o início de cobertura pela UBS, que recomenda aos clientes a venda das ações por considerar que está cara. O banco de investimento coloca o preço-alvo em 19,05 euros, o que lhe dá um potencial de desvalorização de 13,6% face ao último fecho. A recomendação está a levar os investidores a ignorarem o anúncio de que o grupo liderado por Miguel Stilwell d’Andrade ganhou um contrato a 15 anos para vender a energia produzida por um projeto solar fotovoltaico na Hungria, entrando assim no país.

A UBS também iniciou a cobertura das ações da casa-mãe EDP, mas com uma recomendação “neutral” e colocando o preço-alvo nos 5,25 euros, o que ainda lhe dá potencial de valorizar, mesmo que apenas 4,8%. Os títulos perdem 3% para 4,86 euros.

Desempenho da EDPR no PSI-20

Também no vermelho, as ações da Galp Energia recuam 0,87% para 8,844 euros, num dia marcado pela queda do preço do petróleo motivada pelos receios em tornos da procura. A Agência Internacional de Energia cortou as previsões para a procura pelo “ouro negro” para este ano e descreveu o mercado como estando frágil, mitigando o entusiasmo sentido no início da semana nos mercados desta matéria-prima.

As cotadas do setor do retalho também estão a pressionar a praça lisboeta. Os títulos da Sonae caem 1,76% para 0,6435 euros e os da Jerónimo Martins desvalorizam 1,33% para 12,59 euros. O BCP arrancou a sessão a desvalorizar cerca de 0,6%, mas agravou as perdas e os títulos descem agora 2,3% para 0,1185 euros.

Além das notícias que influenciam cada cotada, a bolsa de Lisboa está igualmente a ser penalizada pelo sentimento na Europa. As demais praças do Velho Continente também estão pintadas de vermelho, esta sexta-feira, numa altura em que os investidores estão focados nos resultados que estão a ser apresentados pelas empresas relativamente ao ano de 2020. O índice pan-europeu Stoxx 600 recua 0,05% para 411,16 pontos, o alemão DAX perde 0,57%, o francês CAC 40 desce 0,04% e o espanhol IBEX 35 desvaloriza 0,97%.

(Notícia atualizada com cotações referentes às 10h35)

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