Christine Lagarde recebeu 416 mil euros no primeiro ano completo à frente do BCE
A presidente do Banco Central Europeu recebeu 416 mil euros no primeiro ano completo à frente da instituição. BCE gastou 3,2 milhões em salários em 2020, 22% mais do que em 2019.
O Banco Central Europeu (BCE) desembolsou cerca de 3,2 milhões de euros em salários no ano passado, sendo que 13% deste montante foram para a conta de Christine Lagarde, a presidente da instituição. No seu primeiro ano completo à frente do BCE, a francesa auferiu 416.000 euros brutos, um valor acima do recebido por Mario Draghi nos últimos 12 meses enquanto presidente da instituição.
Os números constam das contas anuais do BCE referentes a 2020 e divulgadas esta quinta-feira. O banco central despendeu 3.237.284 euros em salários aos seus funcionários, um valor 22% superior aos 2.643.781 gastos em 2019.
Deste montante, a maior fatia foi para a presidente, Christine Lagarde, que recebeu 416.016 euros pelo seu primeiro ano completo. Em 2019 auferiu apenas 67.990 euros, dado que assumiu a presidência no início de novembro desse ano, ou seja, este montante equivaleu a dois meses de mandato.
Comparando com o tempo em que Mario Draghi foi presidente da instituição (1 de novembro de 2011 a 31 de outubro de 2019), Lagarde sai em vantagem. O italiano recebeu 374.124 euros em 2012, o seu primeiro ano completo, de acordo com as contas anuais de 2013. Ou seja, 11% menos do que Christine Lagarde. Já em 2018, o seu último ano completo enquanto presidente do BCE, Draghi auferiu 401.400 euros. Em 2019, nos seus últimos dez meses à frente da instituição, o italiano recebeu 339.950 euros.
Continuando a analisar a tabela de remunerações brutas, o vice-presidente Luis de Guindos aparece como o segundo mais bem pago dentro do BCE. Em 2019, o espanhol recebeu 349.680 euros brutos e, em 2020, recebeu 356.604 euros.
Atrás aparecem os membros da Comissão Executiva do banco central. Philip R. Lane auferiu 297.156 euros em 2020, enquanto Fabio Panetta recebeu 297.156 euros. A Isabel Schnabel foram pagos 297.156 euros e a Yves Mersch, que abandonou o cargo em dezembro de 2020, tocaram 283.160 euros. Assim, ao todo, com a Comissão Executiva, o BCE gastou 1,95 milhões de euros em salários.
Destaque ainda para os 1,29 milhões de euros em salários pagos aos membros do Conselho de Supervisão, do qual Andrea Enria, presidente desde janeiro de 2019, recebeu 297.156 euros.
Nas contas anuais de 2020, o BCE explica que os “salários estão sujeitos a um imposto em benefício da UE, bem como a deduções relativas a contribuições para planos de pensões, assistência médica, cuidados de longa duração e seguro contra acidentes”.
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