Siza Vieira admite que abastecimento crítico da União Europeia está sujeito a “disrupções diversas”
Depois de uma reunião dos ministros da competitividade da União Europeia, Pedro Siza Vieira reconheceu que a região depende de cadeias de abastecimento externas, sujeitas a "disrupções diversas".
É durante uma crise que a economia dá provas da sua resiliência. E a pandemia trouxe a lume várias lacunas económicas na União Europeia (UE). O tema esteve em destaque esta segunda-feira numa reunião do Conselho de Competitividade, presidida pelo ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, e que reuniu à mesma mesa os ministros com a tutela da competitividade dos vários Estados-membros.
Uma das conclusões está à vista: “Matérias-primas, componentes críticos, equipamentos de proteção individual e semicondutores, todas estas foram áreas em que notámos que a Europa precisa, para o funcionamento regular das suas empresas e para a manutenção da qualidade de vida dos seus cidadãos, de cadeias de abastecimento situadas noutros locais do globo e que podem estar sujeitos a disrupções diversas”, alertou o ministro português.
Numa conferência de imprensa transmitida pela RTP3, Siza Vieira explicou que os ministros discutiram também como encarar esse facto, para permitir que a Comissão Europeia atualize “a estratégia industrial que está a ser preparada” para ser apresentada por Bruxelas no próximo dia 27 de abril.
Instado a dar mais detalhes sobre medidas para endereçar a problemática, o ministro da Economia reconheceu que “a integridade” do mercado único “foi posta à prova durante a crise pandémica” e que “todos perdemos com isso”. “Ficou muito claro que é quando cooperamos e permitimos que o mercado único ofereça a todos a possibilidade de acederem a bens e mercadorias que se dirigem a todo o mercado, que conseguimos aumentar a nossa produção e gerar recursos que podem ser investidos”, indicou.
A escassez global de semicondutores já está a penalizar a recuperação da economia, incluindo em Portugal, onde a fábrica da Volkswagen Autoeuropa, uma das empresas que mais pesa no Produto Interno Bruto português, a anunciar uma paragem de um mês por falta destes componentes. Irá produzir menos 5.700 automóveis a conta da falta destes componentes eletrónicos.
No fim de semana, a imprensa internacional deu também conta da ocorrência de um incêndio numa importante fábrica de chips para a indústria automóvel, perspetivando-se o agravamento da crise de oferta face a uma acelerada procura.
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