AGCS alerta empresas sobre exposição a riscos de instabilidade política e social
Os planos de continuidade de negócio devem, de maneira proativa, abordar riscos de instabilidade social e política potenciada pela crise da pandemia, em particular o setor do retalho.
Os planos de continuidade de negócio devem, de maneira proativa, abordar riscos de instabilidade social e política potenciada pela crise da pandemia, em particular o setor do retalho, mais exposto ao fenómeno da violência nas ruas.
A desobediência civil é o principal risco de natureza política a que, atualmente, as empresas estão expostas, resultando em perdas elevadas e reclamações de seguros, afirma a Allianz Global Corporate & Specialty (AGCS), braço do grupo segurador alemão junto do segmento empresarial na área dos grandes riscos.
O impacto da violência por causas políticas pode originar o encerramento de estabelecimentos e interrupção de atividade, além de danos de propriedade, adverte a AGCS salientando que a pandemia de Covid-19 pode contribui para potenciar distúrbios e tumultos nas ruas e, por isso, os planos de continuidade de negócio devem explicitamente considerar cenários de desobediência civil e motins, em particular em setores como o retalho (estabelecimentos com porta para a rua).
Anotando crescente interesse por coberturas especiais que possibilitem a mitigação de riscos de violência política, a companhia recorda os casos das manifestações contra a imposição do confinamento na Alemanha, os protestos do movimento Black Lives Matter nos Estados Unidos da América ou os ataques incendiários a torres de telecomunicações móveis no Reino Unido.
Potenciados por fatores que derivam da crise pandémica, danos, distúrbios e, em situações extremas, prejuízos causados por manifestações, vandalismo e saques constituem, atualmente, o principal risco de natureza a política a que as empresas estão expostas, sustenta a primeira edição deste ano do Global Risk Dialogue, uma série de análise sobre riscos empresariais que a AGCS publica duas vezes por ano.
Considerando, felizmente, que os eventos terroristas em larga escala diminuíram drasticamente nos últimos cinco anos, “o número, escala e duração dos tumultos e protestos é surpreendente nos últimos dois anos, e temos visto empresas a sofrer prejuízos significativos”, afirma Bjoern Reusswig, Head of Global Political Violence and Hostile Environment Solutions na AGCS.
“A agitação civil disparou, impulsionada por protestos sobre questões que vão desde as dificuldades económicas à brutalidade policial” sobre cidadãos em todo o mundo. “E o impacto da pandemia de Covid-19 está a piorar as coisas – com poucos sinais de um fim da recessão económica à vista -, é provável que o número de protestos continue a aumentar”, admite Reusswuig.
Dada elevada exposição ao risco da violência nas ruas, o setor do retalho deve assumir, de uma forma proativa, a inclusão desse fator de perturbação nos planos de continuidade de negócio, sustenta a seguradora de riscos globais.
Ainda, a AGCS cita informação de um relatório da Verisk Maplecroft, empresa de pesquisas especializada na análise de riscos globais, segundo a qual 75 países deverão registar um incremento de protestos nas ruas até final de 2022. Deste conjunto, mais de 30 são países localizados na Europa e no continente americano.
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