Vista Alegre investe em novas coleções para sair mais forte da pandemia
Mesmo em cenário de pandemia e com quebra de 8% no volume de negócios, a Vista Alegre continua a apostar na criação de novas coleções. Este ano já ganhou seis prémios internacionais de design.
A economia voltou a fechar para travar os efeitos da pandemia. Para quando a retoma? O ECO foi falar com vários empresários sobre as perspetivas de retoma nos seus respetivos setores e o que é necessário para ultrapassar as dificuldades.
Mesmo em cenário de pandemia, a Vista Alegre, que é a mais antiga fábrica de porcelanas da Península Ibérica, não baixou os braços, não reduziu a força de trabalho e continuou a apostar em novas coleções “para sair mais forte da pandemia”.
O CEO da Vista Alegre conta ao ECO que a empresa aproveitou esta fase de pandemia para se tornarem mais “eficientes” e destaca que não deixaram de investir na criação de novas linhas e novos produtos. Nuno Marques adianta que, muito em breve, vão “lançar novas coleções” e que a “empresa não está parada e inativa”, pelo contrário, “está a trabalhar muito para sair mais forte desta crise”.
Fruto deste empenho em lançar novas coleções, a Vista Alegre ganhou seis prémios de design internacional, no primeiro trimestre deste ano. Três destes prémios foram atribuídos a peças da coleção que lançaram em parceria com a Claudia Schiffer. “É um sinal claro que a Vista Alegre continua a ser percecionada como uma marca inovadora ao nível do seu design de produto e qualidade. Continuaremos nessa senda de reforçar o posicionamento da Vista Alegre como uma marca de luxo e lifestyle“, refere com orgulho Nuno Marques.
A Vista Alegre já tem assegurados novos contratos de fornecimento, que totalizam mais de 20 de milhões de euros, até final do ano, sendo a Europa o principal destino e 25% para o continente asiático. Para Nuno Marquês estes novos contratos são uma forma “de compensar a perda de vendas” que tiveram fruto do lockdown. Acrescenta que estes novos contratos “dão um conforto do ponto de vista das unidades produtivas” e que “ajudarão a Vista Alegre a tendencialmente retomar a sua atividade normal e recuperar desta crise pandémica”. Para além destes novos contratos, a Vista Alegre tem um contrato plurianual de fornecimento com o grupo Ikea até 2026.
A Vista Alegre, que conta com quase dois séculos de história e emprega 2.500 colaboradores a nível global, terminou o ano de 2020 com uma quebra de 8% no volume de negócios, o que corresponde a menos dez milhões de euros na faturação total. Mesmo com a quebra no volume de negócios, o CEO refere que conseguiram “mitigar bastante o impacto nas vendas devido a uma forte capacidade de reação e adaptação e também aquilo que é a estratégia da Vista Alegre que é não ingressar apenas num canal e explorar diferentes canais de venda e diferentes segmentos de mercado”, explica Nuno Marques.
A Vista Alegre tem cerca de 75 lojas espalhados pelo mundo, sendo que mais de 50 estão em Portugal. Devido à pandemia, o grupo viu-se obrigado a encerrar as lojas e acabou por aderir ao lay-off e às linhas de incentivo de apoio à economia. O presidente executivo considera que há uma grande preocupação do Governo no que respeita às PME e que existe “um défice de medidas” em relação às grandes empresas. No ponto de vista do gestor, as medidas de apoio às grandes empresas deveriam ser reforçadas, já que, grosso modo, são “manifestamente insuficientes”.
Apesar da quebra no volume de negócios, Nuno Marques está convicto que “2021 será um ano melhor que 2020” tendo em conta a massificação do processo de vacinação e tem “esperança que o pior já passou”. “Acreditamos que o ano de 2021 seja de melhoria face ao ano de 2020″, apesar de prever que fique abaixo de 2019. “Temos esperança que o ano de 2022, na atividade da Vista Alegre, seja parecido com 2019”.
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