Juan Miguel Estallo: CEO da Liberty Europa estuda aquisições
O crescimento orgânico do ramo europeu não vai ser suficiente para as ambições da companhia que vai definitivamente para teletrabalho com aprovação de 99,2% dos colaboradores.
O ramo europeu da seguradora Liberty está a estudar aquisições de companhias de seguros revelou Juan Miguel Estallo, o CEO que entrou para o cargo há 4 meses, em conferência de imprensa realizada esta quarta-feira. A gigante norte-americana, que tem a operação europeia baseada em Espanha, abrange ainda os mercados de Portugal, Irlanda e Irlanda do Norte.
Num primeiro balanço à posta numa profunda reorganização, Estallo afirmou que 99,2% dos colaboradores da companhia aderiram ao teletrabalho incentivados por um apoio inicial de 460 euros e por um subsídio de 55 euros mensais, valores comum a todas as quatro regiões sob gestão europeia.
Em relação a eficiência, o CEO refere que o facto de se estar a trabalhar de forma digital a 100% e na Nuvem, permitiu “mudar a maneira de trabalhar”, a par com o lançamento de serviços e produtos modulares e uma boa adaptação às modificações de negócios trazidas pela Covid, como o click and collect.
Crescer através da rede de mediação vai continuar a ser uma aposta em Portugal, mercado onde a quota deste canal é significativa, disse Estallo, salientando um esforço grande de digitalização durante o último ano.
Para Juan Manuel Estallo a Liberty dotou os mediadores de ferramentas e apoiou, até financeiramente, os profissionais durante a pandemia e vai continuar fazê-lo, disse. Também aludiu ao facto de a Liberty estar a apresentar produtos modulares e multi-tarifas, permitindo uma oferta mais completa. Desta estratégia resulta uma competitividade de preços, disse, “se os segurados querem 15 coberturas por que hão de pagar por 45”, questionou.
A consolidação bancária, principalmente a que se verifica em Espanha, torna “o mercado cada vez mais reduzido”, referiu o CEO a propósito de acordos de bancassurance . O canal direto vai seguir um desenvolvimento normal.
Com a transferência para teletrabalho e Liberty vai deixar de precisar de todos os espaços que ocupa nos quatro países onde opera na Europa. No entanto, Juan Manuel Estallo que, embora com menos viagens, continua a ser um local a manter para os colaboradores se juntarem, a bem da “criatividade e da inovação”.
O CEO ainda foi questionado sobre a espanholização da Liberty na Europa e respondeu dizendo que “onde há talento as empresas crescem, inovam e reorganizam-se, seja qual for o país onde estão”.
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