Apoio do Estado às empresas supera os três mil milhões de euros

O ministro das Finanças calcula que o apoio a fundo perdido do Estado às empresas vá superar os três mil milhões de euros este ano.

O ministro das Finanças, João Leão, disse esta quinta-feira que o apoio a fundo perdido que o Estado está a dar às empresas, nomeadamente através do lay-off simplificado, irá superar os três mil milhões de euros este ano, aumentando “substancialmente” face ao apoio dado em 2020. Este valor corresponde a cerca de 1,5% do PIB, considerando o Produto Interno Bruto no final do ano passado.

Numa conferência de imprensa em que fez uma breve apresentação do Programa de Estabilidade 2021-2025, Leão disse que o Governo está a dar “apoios massivos às empresas”, quer cobrindo custos fixos como os salários quer outros custos. A convicção do ministro das Finanças é a de que “estes apoios vão aumentar de forma substancial face ao ano passado“, superando os três mil milhões de euros a fundo perdido.

Além destes apoios diretos relacionados com o segundo confinamento no início deste ano, o ministro recordou também o impacto positivo do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR) nas empresas. “O PRR também tem dimensões muito importantes de reforço da capitalização das empresas e do investimento do setor público e privado“, acrescentou.

Leão adiantou que o PRR vai ter um “poderoso efeito” na economia portuguesa (22 mil milhões de euros ao longo de cinco anos), mas há outros investimentos públicos que também vão dar uma ajuda nos próximos anos. Ainda antes de o PRR chegar ao terreno, haverá outros investimentos que contribuem para um crescimento expressivo, garantiu. A expectativa do Governo é que o investimento na economia portuguesa cresça 8% e que as exportações de bens e serviços subam 7,9% no próximo ano.

O ministro das Finanças reconheceu que o ambiente atual ainda é de “incerteza”, mas argumentou que o plano de vacinação permite dar “perspetivas positivas” para a economia europeia. O crescimento de 9% em 2021 e 2022 é “muito robusto” e permite que a economia fique um ponto percentual acima do nível de 2019 no final do ano passado. Este cenário do Executivo “é muito semelhante” ao de outras instituições que fazem previsões para a economia portuguesa.

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