Quase 80% dos colaboradores querem voltar ao escritório. Mas só após vacina ser amplamente administrada

A maior confiança nas vacinas justifica o facto de 77% dos profissionais quererem regressar ao local de trabalho. No entanto, desejam voltar apenas quando o processo de vacinação esteja mais avançado.

Ao contrário do que era sentido em 2020, em que havia uma clara preferência pelo trabalho remoto, atualmente 77% dos colaboradores que estão a trabalhar a partir de casa querem regressar ao local de trabalho. Esta é a principal conclusão do primeiro Workmonitor 2021 da Randstad.

A justificar a vontade de voltar aos escritórios está, sobretudo, a maior confiança nas vacinas e o maior otimismo sobre novas oportunidades de trabalho. No entanto, 59% dos inquiridos em Portugal estão de acordo em regressar ao local de trabalho apenas quando a vacina seja amplamente administrada, sendo um fator decisivo para a maioria dos profissionais.

Segundo os dados recolhidos pela Randstad, se a vacina estivesse disponível, 85% estariam dispostos a tomar para continuarem a trabalhar (71% na Europa e 75% a nível global).

“Saudade da interação” é a principal razão para voltar ao escritório

Trabalhar a partir de casa não está, de facto, a ser fácil para todos os profissionais. De acordo com a Randstad, entre as principais dificuldades estão a “saudade da interação com os colegas” (61%), a “dificuldade em manter o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional” (39%) e a solidão e isolamento (29%).

Além disso, alguns inquiridos salientam também que as crianças em casa requerem muita atenção e que a ligação à internet em casa por vezes não é estável.

Já no que toca à produtividade, a generalidade dos trabalhadores não consideram que tenha havido qualquer alteração com o teletrabalho. A opinião varia, no entanto, consoante a geração em análise. Na geração Z (dos 18 aos 24 anos), 30% considera que a produtividade foi afetada negativamente devido ao stress. Em sentido inverso, 43% dos millennials (dos 25 aos 34 anos) considera mesmo que a produtividade foi afetada de forma positiva por estarem a trabalhar remotamente.

A maioria prefere voltar aos escritórios, mas admite que há dificuldades, sendo que a primeira passa logo por ter de utilizar máscara durante o horário de trabalho. Segue-se o medo de ser contagiado e o aumento da carga de trabalho (tendo em conta que há quase sempre colegas doentes ou em quarentena).

Questionados sobre as medidas que desejavam que a sua empresa implementasse, os inquiridos em Portugal identificaram, sobretudo, o “subsídio (extra) para trabalho remoto” (31%), as “políticas sobre horas de trabalho para ajudar a manter um equilíbrio adequado entre vida pessoal e profissional” (28%), os “protocolos rígidos e claros para trabalho presencial e remoto” (24%), a “linha de atendimento para saúde física e mental” (24%) e as “pesquisas regulares sobre o bem-estar dos funcionários e a sua perceção em relação à empresa” (22%).

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