Desempregados inscritos no IEFP estão no nível mais alto desde o início da pandemia
Março foi sinónimo de mais desempregados inscritos no IEFP, mas também de mais ofertas captadas e mais colocações em emprego, face ao mês anterior e ao período homólogo.
Pelo quarto mês consecutivo, o número de desempregados inscritos no Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) aumentou, atingindo máximos de 2017 e o valor mais elevado em todo o período de pandemia. Ainda assim, de acordo com os dados divulgados esta terça-feira, também o número de ofertas captadas e de colocações em emprego também subiu, no terceiro mês de 2021.
Em março, estavam inscritos nos centros de emprego 432.851 desempregados, mais 0,2% do que em janeiro e mais 25,9% do que em março de 2020, mês em que foram identificados os primeiros casos de Covid-19 em Portugal e em que foram impostas as primeiras restrições com vista a conter a propagação do vírus pandémico. Março de 2021 foi, assim, o quarto mês consecutivo em que o universo em causa aumentou.
Segundo os dados divulgados esta terça-feira, o desemprego registado agravou-se, em termos homólogos, em todas as regiões do país, com destaque para o Algarve, onde subiu 54,6%. Esta região, por estar muito ligada ao setor do turismo, tem sido muito castigada pela crise pandémica e pelas medidas restritivas aplicadas em resposta. Em Lisboa e Vale do Tejo, o número de desempregados inscritos subiu 40,7%, face a março de 2020 e, na Madeira, aumentou 30,6%. Estas foram as regiões com maiores saltos no desemprego registado, no terceiro mês de 2021, segundo o IEFP.
Além disso, o desemprego aumentou nos três setores de atividade, em comparação com março de 2020, destacando o dos serviços, com um salto de 43,7%. E nesse setor, foram as atividades ligadas ao “alojamento, restauração e similares” a registar um agravamento mais significativo dos desempregados inscritos no IEFP (+53,6%), seguindo-se os “transportes e armazenagem” (+42,2%) e as “atividades imobiliárias, administrativas e dos serviços de apoio” (+33,6%).
Ainda assim, em comunicado, o Ministério do Trabalho salienta que, na variação em cadeia, o nível de desempregado registado no Algarve manteve-se inalterado e nas regiões do Norte e do Centro registou-se mesmo um recuo (-0,9% e -0,7%, respetivamente).
Por outro lado, março de 2021 foi sinónimo de um crescimento de 57%, em cadeia, e de 58,1%, em termos homólogos, das ofertas captadas, para 12.050. Também as colocações em emprego aumentaram. Em causa está uma subida de 42,2% face a fevereiro de 2021 e de 16,3% face a março de 2020, totalizando 6.899 colocações. E a taxa de cobertura das prestações de desemprego aumentou para 55,7%, comparando com os 50,6% de março de 2020.
(Notícia atualizada às 10h15)
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