Unicórnios com origem portuguesa estão a contratar 800 trabalhadores

Farfetch, OutSystems, Talkdesk e Feedzai. Ao todo, há mais de 800 vagas por preencher para trabalhar num dos unicórnios com ADN português.

São empresas com o estatuto de unicórnio, o que quer dizer que são avaliadas em pelo menos mil milhões de dólares, contam com lideranças disruptivas e estão na senda da inovação. Com ADN português são quatro: Farfetch, OutSystems, Talkdesk e, mais recentemente, a Feedzai.

Apesar de umas terem processos de recrutamento e seleção mais ambiciosos do que outras, as quatro estão, neste momento, à procura de novos talentos. Os perfis tecnológicos e na área da engenharia são os mais procurados pelas quatro empresas.

Ao todo, há mais de 800 vagas por preencher para trabalhar num dos unicórnios portugueses.

Talkdesk prevê contratar 500 pessoas

Durante o primeiro trimestre do ano, a tecnológica liderada por Marco Costa e especializada no desenvolvimento de plataformas low-code (aplicações em que é utilizado o mínimo de código possível) contratou 150 pessoas, 100 das quais engenheiros e as restantes 50 provenientes de outras áreas. Mas a meta estabelecida de novas contratações em 2021 é muito superior.

A Talkdesk prevê contratar 500 novos talentos para reforçar a equipa em Portugal, sobretudo para as áreas de investigação e desenvolvimento, vendas e account management, gestão de projetos e programas, marketing, customer service, gestão financeira e contabilidade, recursos humanos e IT support.

O unicórnio português terminou o ano passado com 1.400 colaboradores a nível global, tendo contratado 500 pessoas durante todo o ano de 2020. Um terço das novas contratações, adianta a empresa, na sua maioria para a área de Investigação e Desenvolvimento, “vieram de localizações fora dos principais polos urbanos: Faro, Évora, Castelo Branco, Viseu, Guimarães e Braga”. A ideia é que esta diversidade de proveniência continue nas contratações de 2021.

Esta diversidade é apoiada pelo novo modelo fully remote adotado pela empresa. “A nova forma de trabalhar em modo 100% remoto permitiu também que se juntassem à empresa pessoas de diferentes regiões, que podem agora trabalhar a partir desses mesmos locais: além de Lisboa, Porto, Coimbra e Aveiro, a Talkdesk procura talento em Braga, Guimarães, Leiria, Viseu, Vila Real, Castelo Branco, Évora, Faro, Açores e Madeira”, explicou fonte oficial da empresa à Pessoas/ECO.

As vagas atualmente disponíveis pode ser consultadas através do site da empresa, na página dedicada às carreira.

Quase 200 vagas em aberto na Farfecth

Foi o primeiro unicórnio com ADN português, conta com cerca de cinco mil colaboradores a nível global, dos quais três mil em Portugal, e quer continuar a fazer crescer a equipa nacional. Neste momento, há 120 vagas para o Porto, 37 para Lisboa, 16 para Guimarães e dez para Braga.

Ainda que Farfetch não dê previsão do número de contratações estimado para este ano, Luís Teixeira, chief operating officer garante que a empresa quer “continuar a apostar no crescimento da equipa, não só em Portugal, como no resto do mundo, e a contribuir para o emprego qualificado no país”.

O unicórnio do setor do luxo está, sobretudo, à procura de perfis na área da engenharia e da tecnologia, desde data engineers a software engineers, passando por development specialists. No entanto, há também oportunidades para project manager, stylist e product manager, por exemplo. Todas as oportunidades podem ser consultadas no site da empresa do setor do luxo.

OutSystems tem dezenas de ofertas, inclusive através de contratos remotos

Apesar de apresentar números menos ambiciosos neste momento, a OutSystems tem outras novidades. A tecnológica tem perto de 70 vagas em aberto para o país, essencialmente na área da engenharia, que representa 80% da força de trabalho da empresa. No entanto, há também vagas para suporte, digital, marketing. Todas as oportunidades podem ser consultadas através da página da tecnológica.

A maior novidade é que a OutSystems já contrata colaboradores para Portugal através de contratos remotos, uma alternativa que já conta com nove contratos com trabalhadores a nível nacional. O objetivo é que a localização geográfica não determine o acesso e a contratação de talento.

“Já tinha surgido, no passado, uma necessidade clara de não nos cingirmos aos sítios onde tínhamos escritórios porque sentíamos, mesmo antes da pandemia, que centros onde temos escritório — Braga, Lisboa e Proença-a-Nova — estavam completamente exaustos em termos de talento. Já não havia muito por onde explorar”, diz Eduardo Andrade, people success manager da OutSystems, em conversa com a Pessoas/ECO no mês passado.

Além disso, a trabalhar remotamente desde a primeira vaga de coronavírus em Portugal, o unicórnio está a repensar as dinâmicas de trabalho e ponderar o regresso ao escritório em moldes diferentes do período pré-pandemia.

O mais recente unicórnio Feedzai tem perto de 70 oportunidades

O quarto unicórnio com ADN português é a Feedzai, que entrou no “clube” em março, depois de ter levantado uma ronda de 200 milhões de dólares que aumentou a sua avaliação para mais de 1.000 milhões de dólares. À semelhança da Outsystems, a Feedzai apresenta cerca de 70 vagas disponíveis no país. As oportunidades, que podem ser vistas na página “Careers” do site da empresa, são, sobretudo para Lisboa e Coimbra, e na área da engenharia.

A Feedzai desenvolve tecnologia que ajuda bancos e outras empresas financeiras a prevenir fraudes em pagamentos, lavagem de dinheiro e outros tipos de iniciativas ilícitas, recorrendo a inteligência artificial e machine learning. A empresa, que é a única das quatro que mantém a sede em Portugal, mais propriamente em Coimbra, trabalha com clientes como a Citigroup Inc, Fiserv Inc, o Banco Santander ou a fintech SoFi.

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