Blok e Gorillas trazem para Portugal supermercados virtuais com entregas em 10 minutos
Depois da Glovo, vêm aí a Blok e a Gorillas. Portugal prepara-se para receber mais dois supermercados virtuais, que funcionam apenas através de apps. Prometem entregas em 10 minutos.
Depois da Glovo, vêm aí a Blok e a Gorillas. Portugal vai contar, em breve, com dois novos players no negócio das dark stores dedicadas ao retalho alimentar. São supermercados virtuais, um espanhol outro alemão, que pretendem capitalizar o crescente recurso aos serviços de entregas em casa, com a mais-valia de levarem as compras do armazém até à casa dos clientes de forma bem mais rápida do que os gigantes do setor.
A Blok nasceu em Barcelona. Está presente em Espanha, Itália e vem agora para Portugal, já a Gorillas foi criada na Alemanha, sendo extensa a lista de cidades germânicas que contam já com os seus serviços. Conta também com grande presença na Holanda, Reino Unido e França. Portugal será, assim, o quinto mercado desta empresa.
Questionadas sobre quando será dado o arranque das operações no mercado nacional, nenhuma das empresas respondeu ao ECO. Nem obteve resposta quanto às cidades onde ambas pretendem estar presentes, sendo certo que Lisboa deverá colher a preferência das duas empresas no primeiro passo em terras lusas.
O processo de entrada no mercado nacional está a decorrer, como confirmam os anúncios de vagas apresentados por ambas. Mas enquanto a Blok procura já responsáveis pelos armazéns a partir dos quais serão enviados os artigos adquiridos pelos utilizadores da app, a Gorillas está ainda em processo de recrutamento de um responsável pela expansão do negócio em Portugal. Poderá chegar depois da concorrente espanhola, num mercado onde já existe a Glovo.
Sem lojas, só armazéns
Os supermercados destas empresas não existem fisicamente. Recorrem ao modelo da Amazon, ou seja, funcionam a partir de armazéns onde têm em stock todos os produtos que anunciam através das lojas virtuais, neste caso das respetivas aplicações para smartphones, sejam Android ou iOS. A Blok, além de responsáveis para os armazéns, está também à procura de espaços em Lisboa e Porto onde possa armazenar os seus produtos.
"[Gorillas quer] disromper o espaço dos supermercados, um dos grandes mercados que ainda está nas mãos do players tradicionais.”
Uma vez feito o pedido nas respetivas aplicações, os estafetas vão fazer as “compras” dos bens aos armazéns, levando-as depois aos consumidores. É em tudo semelhante ao que acontece com os serviços de entrega de refeições da Uber, Glovo ou Bolt, mas direcionado para as compras do dia-a-dia.
Entregas em 10 minutos
Tanto a Blok como a Gorillas prometem revolucionar este setor do retalho alimentar, apostando na conveniência das entregas em casa. A empresa alemã diz mesmo que o seu objetivo é o de “disromper o espaço dos supermercados, um dos grandes mercados que ainda está nas mãos do players tradicionais”, que no caso português são a Sonae, com o Continente, e a Jerónimo Martins, com o Pingo Doce.
A ideia não é nova. A Glovo já faz isto mesmo há algum tempo. Tem um armazém em Lisboa, pretendendo abrir mais 16 no país a prazo. Está a fazer entregas de produtos como fruta, ovos e pão entregas com tempos estimados de 20 minutos, mas tanto a Blok como a Gorillas pretendem fazer mesmo em metade desse tempo. A promessa de ambas é a de levar as compras a casa dos consumidores em apenas dez minutos.
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