Trabalhar em casa ou no escritório. E se acrescentarmos um “terceiro espaço”?
Quase 80% dos colaboradores gostariam de trabalhar ocasionalmente num local diferente da sua casa e do escritório. E mais de metade admitiu que estaria disposto a pagar para isso.
Os colaboradores mudaram. Foram obrigados a isso mesmo e, agora, não querem abrir mão da flexibilidade na forma e local de trabalho. Mais de 90% dos profissionais admite ter feito pelo menos uma mudança durante a pandemia que acredita ser permanente, entre as quais está o teletrabalho. Muito se tem falado na dicotomia casa versus escritório e na forma como se pode harmonizar os dois espaços, mas a Accenture fala de uma nova tendência: um “terceiro espaço” de trabalho.
Mais de três quartos (79%) dos colaboradores dizem que gostariam de trabalhar ocasionalmente num “terceiro espaço”, que seria um local diferente da sua casa e do escritório. E mais de metade admitiu mesmo que estaria disposto a pagar até cerca de 80 euros por mês para trabalhar num café, bar, hotel ou retalhista com um espaço próprio para o efeito, indica o estudo “Covid-19 Consumer Research”, elaborado pela consultora.
“Alguns hotéis transformaram os quartos em restaurantes pop-up, enquanto outros experimentaram oferecer escritórios temporários aos clientes que procuravam um terceiro espaço para trabalhar”, afirma Emily Weiss, managing director e head of global travel industry group da Accenture, citada em comunicado, indicando que esta pode ser uma potencial oportunidade de aumentar a receita dos setores do turismo e retalho.
Tendência que também foi visível em Portugal em alguns espaços de turismo, confrontados com a necessidade de rentabilizar espaços vazios com a quebra abrupta do turismo provocada pela pandemia.
O desejo de criar um novo espaço de trabalho, num ambiente diferente, é acompanhado por uma mudança de atitude em relação às viagens de negócios. Quase metade (46%) dos entrevistados afirma não ter planos para viajar profissionalmente ou pretender reduzir para metade a anterior frequência de viagens de negócios.
“Embora tenha havido experiências com inovação em áreas específicas, as empresas precisam de dimensionar os novos serviços e proporcionar àqueles que viajam um foco renovado em saúde e segurança, por exemplo, usando a cloud para permitir interações totalmente contactless”.
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