Portugal é nº1 em cibersegurança na Europa, segundo ESET
A posição de Portugal entre 24 países europeus, segundo avaliação da empresa especialista em cibersegurança, decorre de três critérios em que os portugueses são "campeões" na Europa.
Portugal é o mais seguro entre 24 países europeus avaliados à luz de sete fatores que ditam o ranking de cibersegurança elaborado pela ESET, especialista de segurança em cuja carteira estão mais de 4 000 mailboxes da subsidiária suíça da seguradora Allianz.
A análise da ESET melhora a posição relativa de Portugal face à classificação obtida no último ranking global da UIT, recentemente divulgado pelo Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS), segundo o qual Portugal surge em 14º lugar no Global Cybersecurity Index 2020.
O relatório da União Internacional das Telecomunicações (UIT) considera “pontos fortes em Portugal as medidas legislativas e regulatórias, a existência e implementação de capacidades ao nível das equipas de resposta a incidentes – nacional e setorial – e a cooperação e sinergias” entre agências e setores. “Muito perto de uma classificação máxima estão também as medidas implementadas ao nível estratégico e organizacional e as medidas para a sensibilização, formação, treino e educação para a cibersegurança,” salientou o CNCS.
No ranking Eset, Portugal – obtendo 8,21 pontos num máximo de 10 – encabeça a lista como a região mais cibersegura da Europa, apresentando um número muito baixo de pessoas que foram vítimas de software malicioso, hacking nas redes sociais, fraude bancária online e roubo de identidade. Isto, juntamente com legislação em cinco categorias (estratégia nacional, conteúdo, privacidade, infraestruturas críticas e comércio), valeu a Portugal o título de melhor país europeu em cibersegurança, justifica a empresa.
De acordo com o European Cibersecurity Index, publicado pela tecnológica de origem eslovaca que acumula mais de 30 anos de experiência em códigos de segurança, cada um dos países considerados obteve uma pontuação (até ao máximo de 10 pontos) em cada um de sete critérios antes de lhe ser atribuída avaliação média global para o conjunto dos seguintes fatores:
Classificação de Exposição – Esta classificação é retirada do Índice de Exposição Nacional (Rapid 7 de 2018) em que, quanto mais baixo for a classificação maior é o risco de exposição.
Compromisso com a Cibersegurança – Este critério foi retirado da publicação da UIT (Indice Global de Cibersegurança 2018, imediatamente anterior ao de 2020), sendo pontuado numa escala de 0-1.
Vítimas de Software Malicioso; Hacking por Email ou Rede Social; Fraude Bancária Online e Roubo de Identidade – Estes quatro fatores foram retirados do inquérito do Eurobarómetro, “Atitudes dos Europeus para com a Segurança Cibernética” com percentagens que indicam a proporção de inquiridos que foram vítimas de cada um daqueles riscos nos últimos três anos.
Legislação sobre Cibersegurança – Esta análise decorre do “Cyber Regulation Index” e analisa outras sete categorias possíveis de legislação de cibersegurança. O valor atribuído a cada país indica o número destas categorias em que cada Estado tem legislação.
De acordo com a ESET, após a pontuação pelos critérios indicados, a classificação global obtida por cada país determina a sua posição no ranking. Entre os 24 países ou regiões comparadas, Portugal obteve a melhor pontuação em três dos sete critérios analisados, conforme percentagens sinalizadas na tabela (azul turquesa a negrito).
TOP 5 de países europeus em cibersegurança
Veja o ranking completo com os 24 países considerados pela ESET.
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