Wall Street cai mais de 1% com receio da variante Delta

Os principais índices norte-americanos estão a cair mais de 1%. Os investidores temem o efeito da variante Delta na economia e a divulgação dos números do mercado de trabalho também não ajudou.

Após uma sessão de ganhos, os principais índices norte-americanos estão a cair mais de 1% numa altura em que aumenta a preocupação dos investidores com o impacto económica da variante Delta do coronavírus. Além disso, decisões na China continuam a prejudicar as empresas chinesas que estão cotadas em Nova Iorque.

O Dow Jones desce 1,16% para os 34.279,27 pontos, o Nasdaq desvaloriza 1,47% para os 14.450,02 pontos e o S&P 500 cede 1,27% para os 4.302,89 pontos. A última vez que o S&P 500 caiu mais de 1% foi a 18 de junho.

Perante o receio de uma retoma interrompida pela variante, os investidores a nível mundial ligaram o modo de “aversão ao risco”, levando a uma queda generalizada dos ativos com maior risco como as ações ao passo que as obrigações, ativos com menor risco, estão a valorizar. As bolsas europeias também estão a desvalorizar mais de 2%.

Esta quarta-feira, o presidente da Fed de Atlanta, Raphael Bostic, alertou que um aumento na variante “altamente infecciosa” (Delta) poderia colocar em causa a retoma económica nos EUA. Já esta quinta-feira Mathias Cormann, o novo secretário-geral da OCDE, alertou que novos surtos provocados pela variante Delta são um risco significativo para a recuperação da economia mundial, pedindo aos Estados para vacinarem o mais possível. “Novos surtos continuam a ser um dos maiores riscos descendentes em termos de uma recuperação económica sustentada“, disse Cormann à CNBC.

Entre as cotadas mais penalizadas estão as empresas que mais beneficiaram de uma rápida recuperação para a economia pré-pandemia. É o caso das cotadas ligadas ao setor do turismo, como os operadores de cruzeiros Carnival e a Royal Caribbean, ambos com quedas superiores a 2%. As transportadoras aéreas American Airlines e Delta Air Lines, assim como a fabricante Boeing, também desvalorizam mais de 1%.

Outro dos fatores que está a influenciar a negociação bolsista é o aumento dos pedidos de desemprego nos Estados Unidos. Esta subida, conhecida esta quinta-feira, era inesperada e é acompanhada por uma desaceleração do crescimento do emprego em território norte-americano.

Na China, os reguladores continuam a apertar o cerco à Didi (homóloga chinesa da Uber e Bolt), retirando a integração da app para telemóveis do serviço de mensagens WeChat (da Tencent) e da AliPay (Ant Group), duas das aplicações mais usadas na China. No domingo, as autoridades chinesas já tinham retirado a Didi das lojas de aplicações na China. As ações da Didi estão a cair mais de 5% neste início de sessão.

Na sessão anterior, Wall Street fechou em alta, com o S&P 500 e o Nasdaq a atingir novos máximos após os investidores terem reagido de forma positiva às minutas da Fed.

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