Taxa de desemprego desce para 6,9% em junho

A taxa de desemprego tinha estabilizado nos 7% em maio. Em junho, desceu uma décima, para 6,9%, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística.

Num mês em que houve alguns recuos no desconfinamento, a taxa de desemprego não vacilou e baixou para os 6,9%. Assim, melhorou em uma décima em junho, face a maio, mês em que a taxa de desemprego se tinha fixado em 7%, abaixo dos 7,2% inicialmente estimados, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).

Em junho, o número de desempregados desceu 1,5% face ao mês anterior e diminuiu 4,4% em relação ao mesmo mês de 2020: são 356,1 mil pessoas. Porém, está 6,5% acima do valor de há três meses, o que também reflete, em parte, a diminuição da população inativa (pessoas que voltaram a procurar emprego de forma ativa).

Já a população empregada aumentou 0,3% em junho, face a maio, e 4,5% face ao mês homólogo. Na comparação a três meses, também há uma subida do número de empregados de 1,9%, o que sugere que houve uma melhoria no mercado de trabalho.

Assim, a taxa de desemprego continua três décimas acima do valor de há três meses, mas está uma décima abaixo do valor de maio (7%, em vez dos 7,2% inicialmente estimados) e seis décimas abaixo do mês homólogo. Porém, essa redução não é visível entre os jovens onde a taxa de desemprego subiu 2,1 pontos percentuais face a maio para os 27,7%.

Fonte: Instituto Nacional de Estatística (INE).

Os números do INE sugerem que há cada vez mais pessoas a deixar a inatividade e a passar para a população ativa, procurando ativamente por emprego. Na comparação com março (três meses antes), mês em que o país ainda esteve maioritariamente confinado, a população ativa aumentou em 114,6 mil pessoas, distribuídas pela população empregada (99,1 mil) e pela população desempregada (15,6 mil). Tal levou a uma redução da taxa de subutilização de trabalho para os 12,7%.

A subutilização do trabalho — que inclui população desempregada, o subemprego de trabalhadores a tempo parcial, os inativos à procura de emprego, mas não disponíveis e os inativos disponíveis, mas que não procuram emprego — aumentou significativamente nos primeiros meses da pandemia por causa do confinamento uma vez que muitos desempregados não estavam ativamente à procura de emprego, mas o valor tem vindo a baixar gradualmente com a reabertura da economia.

Estes dados estão em linha com os números divulgados recentemente pelo IEFP. O número de desempregados inscritos no IEFP desceu para 377.872, o valor mais baixo desde março de 2020. Em causa está uma quebra de 6% (menos 24.311 desempregados) em junho face a maio deste ano.

(Notícia atualizada às 11h28 com mais informação)

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