Taxa de desemprego sobe para 7,2% em maio
Apesar do desconfinamento, maio foi sinónimo de um agravamento do desemprego em Portugal. A taxa em questão subiu para 7,2%.
Em maio, o desemprego voltou a agravar-se. De acordo com a nota divulgada esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística, a taxa em causa subiu para 7,2%, mais 0,2 pontos percentuais (p.p.) do que em abril.
No quinto mês de 2021, a população desempregada aumentou 3,1%, em cadeia, e 25,4%, em termos homólogos, para 364,8 mil pessoas. Também a população empregada cresceu, embora neste caso a variação tenha sido mais ligeira: 0,3% em cadeia e 3,5% em relação ao mês homólogo, para 4.734,5 milhares de pessoas. Na mesma linha, a população ativa subiu de 5.074 milhares de pessoas para 5.099,3 milhares de pessoas. Em causa está uma subida de 0,5% face ao mês precedente e de 4,8% face ao mês homólogo.
Assim, e comparando todos estes indicadores, em maio, a taxa de desemprego agravou-se para 7,2% (mais 0,2 p.p. que no mês anterior e mais 1,2 p.p. do que em maio de 2020), mas também a taxa de emprego subiu para 61,7% (mais 0,2 p.p. do que em abril e mais 2,1 p.p. que no mês homólogo de 2020).
A contrariar, a taxa de desemprego dos jovens fixou-se em 24,4%, tendo recuado. Já a taxa de desemprego dos adultos aumentou para 5,9%.
Por outro lado, a taxa de subutilização de trabalho recuou — o que já não acontecia desde março de 2021 — para 12,8%, isto é, menos 0,1 p.p. do que em abril e menos 2,1 p.p do que em maio de 2020.
É importante notar que os primeiros meses de pandemia (nos quais se incluem maio de 2020) ficaram marcados por um aumento significativo da subutilização do trabalho, já que as restrições à mobilidade dificultaram a procura ativa por emprego. Tal pode estar agora a influenciar a leitura dos dados de maio de 2021. Isto uma vez que a subutilização de trabalho inclui população desempregada, o subemprego de trabalhadores a tempo parcial, os inativos à procura de emprego, mas não disponíveis e os inativos disponíveis, mas que não procuram emprego.
Para mitigar o agravamento do desemprego provocado pela crise sanitária, o Governo tem lançado diversas medidas de apoio, como o lay-off simplificado e o apoio à retoma progressiva. A par da evolução negativa da pandemia, registada nas últimas semanas, o Executivo já indicou que irá manter essas ajudas, particularmente nos setores mais afetados, sem detalhar que medidas estarão em causa.
(Notícia atualizada às 11h28)
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