Arthur J. Gallagher renuncia à compra de ativos WTW e cresce 17% no 2º trimestre
A aquisição acordada em maio fica sem efeito por ter sido desfeito o projeto de fusão Aon-WTW. A corretora cresceu 17% na faturação de abril a junho e mantém apetite para aquisições.
A norte-americana Arthur J. Gallagher & Co (Gallagher) confirmou a renúncia de aquisição de certos ativos da Willis Towers Watson (WTW).
O acordo de compra sustentava-se na premissa de concretização do projeto de fusão Aon-WTW, entretanto cancelado. Tendo sido desfeita a combinação entre 2ª e 3ª maiores do mundo na corretagem de seguros, resulta inconsequente o compromisso assumido pela Gallagher (4ª do ranking global) para comprar à WTW operações de corretagem de resseguro (Willis Re) e outras atividades de consultoria de risco, saúde e benefícios de empresa.
Os negócios pelos quais a Gallagher desembolsaria 3,57 mil milhões de dólares faziam parte dos desinvestimentos que o par Aon-WTW pretendia concretizar para remediar objeções de concorrência na UE e para facilitar a obtenção de aval fusão. Uma vez que a combinação Aon-WTW foi abandonada, a companhia norte-americana declarou como sem efeito acordo rubricado em maio de 2021.
Concomitante com o cancelamento da compra de ativos da WTW, a Gallagher indica que pretende exercer o direito especial de opção de resgate sobre uma tranche de 650 milhões de dólares de emissão obrigacionista (dívida a 10 anos) anunciada em 20 de maio e que era destinada a financiar a transação. Esse capital, segundo comunicação subsequente, vai agora reforçar em até 1,5 mil milhões um programa recompra de ações anteriormente previsto para até 1000 milhões de dólares.
Desligado dos ativos da WTW, o foco estratégico continua a ser expandir através de aquisições, vinca a Gallagher.
Negócio cresce 17% no segundo trimestre
Dias depois, a norte-americana divulgou reporte financeiro trimestral. Patrick Gallagher Jr, presidente e CEO, realçou desempenho “excecional” no segundo trimestre, referindo crescimento combinado de 17% na receita das atividades core, com 8,6% em crescimento orgânico.
Em conjunto, o negócio de corretagem de seguros mais os serviços de gestão/consultoria de risco geraram 1,635 mil milhões de dólares de receita operacional no trimestre. Considerando os seis meses até final de junho, a faturação ficou acima de 3,46 mil milhões (+14% do que em igual período em 2020).
Sediada no Illinois (EUA), com operação em mais de 50 países e oferta de serviços em cerca de 150, a Gallagher tem a corretora Costa Duarte como representante exclusiva em Portugal.
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