70% da população portuguesa já tem a vacinação completa
Marta Temido revela que o marco foi alcançado esta quarta-feira, 18 de agosto. Ministra admite Conselho de Ministros Extraordinário para antecipar as medidas previstas para o mês de setembro.
Portugal já tem 70% da população residente com a vacinação completa. A task force já tinha avançado que essa meta seria atingida esta semana e Marta Temido revelou, entretanto, que o marco foi alcançado esta quarta-feira, 18 de agosto.
“A boa notícia, que é fruto do esforço dos portugueses, é que, de facto, foi já possível atingir ontem [esta quarta-feira]” a meta de ter 70% da população portuguesa com a vacinação completa, anunciou a ministra da Saúde, esta tarde, em declarações à SIC. A fasquia foi, assim, alcançada antes do que estava, inicialmente, previsto.
Aliás, no relatório de vacinação mais recente, indicava-se que Portugal tinha já mais de 66% da população com o esquema vacinal completo e task force já tinha, por isso, sinalizado que deveria ser possível atingir a marca dos 70% antes do calendário previsto. Com o progresso na vacinação, nomeadamente dos jovens, chegou-se, esta quarta-feira, a essa fasquia. “Estamos a vacinar muito perto de 100 mil pessoas por dia“, revelou Marta Temido, considerando a concretização da meta em causa um “resultado importante” e lembrando que “o próximo passo é ter 85% da população” com a vacinação completa.
A ministra da Saúde salientou, por outro lado, que o “Governo definiu um caminho” para o desconfinamento, também em função do progresso da vacinação, o que significa que as fases definidas para setembro e outubro poderão vir a ser antecipadas. Marta Temido detalhou que a antecipação dessas etapas de alívio das restrições não será, contudo, “um processo automático”, na medida em que envolverá também de outros “indicadores epidemiológicos em presença” (como o risco de infeção).
A boa notícia, que é fruto do esforço dos portugueses, é que, de facto, foi já possível atingir ontem [esta quarta-feira] a meta de ter 70% da população portuguesa com a vacinação completa.
Isto além de depender “de uma apreciação do Conselho de Ministros, provavelmente através de uma reunião extraordinária”. “Há uma reunião agendada para de hoje a uma semana. Naturalmente que uma alteração de circunstâncias deste tipo pode motivar uma reunião extraordinária amanhã [esta sexta-feira] depois de conhecido o relatório da DGS e do Instituto Ricardo Jorge para avançar para o conjunto de medidas associadas ao limiar de 70%”, atirou Temido, esta quinta-feira.
Na fase de desconfinamento definida para setembro (que dependia da concretização da meta de ter 70% da população vacinada, entretanto já atingida), está previsto:
- Restaurantes, cafés e pastelarias passam ter limite máximo de oito pessoas por grupo no interior e 15 pessoas por grupo em esplanadas;
- Serviços públicos sem marcação prévia;
- Espetáculos culturais com 75% de lotação;
- Eventos (nomeadamente casamentos e batizados) passam a ter limite máximo de 75% da lotação.
Uma outra medida que estava prevista quando fosse alcançado este patamar dos 70% da população com a vacinação completa era o fim da obrigatoriedade do uso de máscara em espaços públicos ao ar livre. Sobre este ponto, Temido afastou uma antecipação do fim da obrigatoriedade por parte do Governo. E lembrou, em declarações à SIC, que há um diploma que foi aprovado pelo Parlamento, que renovou a obrigatoriedade de utilização de máscara nos espaços públicos por 90 dias, ou seja, até 12 de setembro. “A norma que está em vigor foi mandada da Assembleia da República e, portanto, compete à Assembleia da República proceder a essa apreciação”, disse a governante.
Terceira dose? Portugal à espera da Agência Europeia do Medicamento
Com a variante Delta a conquistar, cada vez, mais “terreno”, há vários países a considerar disponibilizar aos utentes uma dose de reforço da vacina contra a Covid-19. Em Portugal, ainda não há uma decisão sobre essa matéria, garantiu Marta Temido, esta quinta-feira. A ministra explicou que as autoridades lusas estão à espera das recomendações da Agência Europeia do Medicamento.
Já sobre a polémica em torno da vacinação no Queimódromo do Porto, Marta Temido assegurou que os utentes estão a ser seguidos e avançou que “é remota” a necessidade de revacinação dessas pessoas.
E quanto ao concurso para médicos de família — que, na região de Lisboa e Vale do Tejo, terminou com metade das vagas por preencher — a governante disse que a situação está a ser estudada, estando o seu Ministério a analisar a hipótese de avançar, por exemplo, com o mecanismo de dedicação plena, que “está no programa do Governo, mas ainda não foi implementado”. Para Marta Temido, ter mais médicos implica uma melhoria das condições de trabalho.
(Notícia atualizada às 14h05)
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