Produzir a própria energia renovável pode reduzir até 24% a fatura das empresas

A análise da Helexia revela que, ao nível da pegada carbónica, a aposta no solar fotovoltaico pode representar para as empresas uma redução de emissões na ordem das 2.000 toneladas de CO2.

Apostar na instalação de uma central fotovoltaica para produção e autoconsumo de eletricidade pode resultar para as empresas de vários setores exportadores numa redução da fatura energética até 24%, dependo da área disponível e do perfil de consumo. Ao nível da pegada carbónica, a aposta no solar fotovoltaico pode representar para as empresas uma redução de emissões na ordem das 2.000 toneladas de CO2.

As conclusões são de um estudo realizado pela Helexia, que diz também que as empresas podem aumentar o seu EBIT (lucros antes de juros e impostos) em dois pontos percentuais com energia renovável descentralizada. As vantagens refletem-se também na hora de internacionalizar o negócio, já que “a exportação de bens com uma menor pegada de carbono dá vantagem competitiva ao exportar para mercados sofisticados”, conclui a Helexia.

“As empresas podem obter uma forte vantagem competitiva ao utilizar energia renovável endógena — solar, eólica ou biomassa. Agroalimentar, plásticos/borrachas e cerâmica e vidro são alguns dos setores exportadores com potencial para redução dos custos com energia renovável”, sublinha a empresa.

O estudo partiu da análise dos dados de consumo de energia elétrica (em 2019) de projetos solares já implementados nestes três setores eletrointensivos. Pela sua dimensão (9,2% do produto interno bruto e 22% das exportações), o agroalimentar tem então o maior consumo dos três e também a maior quantidade energia autoproduzida.

Neste setor, mostra o estudo, o autoconsumo representa 3,2% do total da energia consumida no setor agroalimentar, face aos 0,5% registados nos restantes setores, que se destacam pela importância do mercado de exportação no seu volume de negócios (57% da cerâmica e 61% nos plásticos/borrachas).

“Baseada em projetos de clientes e análise de mercado, a Helexia estima um potencial médio superior a 10% de energia elétrica consumida proveniente de autoconsumo para os três setores, o que corresponderia a 730,8 GWh gerados a partir de fonte renovável, ou seja 4,3% do consumo de energia elétrica na indústria”, refere a empresa.

Mostra o estudo que, em dezembro de 2020, a potência instalada das centrais descentralizadas de fonte fotovoltaica era de 494 MW, um valor que deverá “atingir cerca de 3 GW durante a próxima década, impulsionado por investimento próprio e por financiamento especializado”.

Para já, diz a Helexia que a medida mais popular de redução de custos com energia entre as empresas passa mesmo pela instalação de uma central fotovoltaica para produção de energia renovável, “devido ao enquadramento legal favorável ao autoconsumo e à disponibilidade anual média de radiação solar global no território entre 1572 e 1987 kWh/m2”.

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