Foodtech Katoo fecha ronda de 6,1 milhões e ‘cozinha’ entrada em Portugal

A startup que, através de uma app, permite os chefs e aos gerentes dos restaurantes fazer pedidos de matéria-prima aos fornecedores quer duplicar, até final de outubro, a equipa em Portugal.

Karan Anand (Co-Founder & CPO) e Diogo Cunha (Co-Founder & CEO)D.R.

A foodtech luso-espanhola Katoo fechou uma ronda de financiamento de 6,1 milhões de euros, liderada pelo espanhol K Fund, com a participação do português Shilling Founders Fund, e ainda dos norte-americanos da Expa, da FJ Labs e da Soma Capital. Depois da entrada em Espanha e Itália, a ronda permite à Katoo continuar a sua expansão internacional, com entrada em Portugal e na América Latina. A start-up quer duplicar, de 5 para 10, até final de outubro a equipa em Portugal.

O financiamento surge nove meses depois da primeira ronda de cerca de três milhões de euros (3,5 milhões de dólares), liderada pela GFC e pela Otium Capital, totalizando um investimento de 9,1 milhões de euros angariado pela startup fundada, em setembro de 2019, pelo português Diogo Cunha e pelo espanhol Karan Anand, em Madrid.

“Conhecemos o Diogo e o Karan há já algum tempo e sempre ficámos impressionados pela ambição e visão para mudar o canal de distribuição da alimentação de uma boa maneira. Estamos confiantes de que a Katoo está no caminho certo para consolidar a sua posição de liderança no Sul da Europa e para replicar essa trajetória na América Latina”, sublinha Sergio Alvarez Leiva, Partner do K Fund, citado em comunicado, fundo que liderou a nova ronda de financiamento.

A foodtech abastece de tecnologia mais de 5.000 restaurantes e fornecedores, entre os quais o grupo Pasta Non Basta, Poke House, Rebel Asian, Sushi at Home e Natural Crave. Através de uma aplicação, os chefs e aos gerentes dos restaurantes podem fazer pedidos de matéria-prima através de email ou Whatsapp, tendo os seus utilizadores ainda acesso a dados históricos, relatórios mensais e sumários de despesas, de forma a facilitar a gestão de recursos. Dois anos depois do lançamento, a Katoo processa atualmente 220 mil dólares de pedidos/ano nos dois mercados onde está presente.

“A pandemia veio acelerar ainda mais a digitalização dos negócios e a restauração encontrou na Katoo, start-up de foodtech, uma ferramenta que aumenta a qualidade e eficiência porque potencia economias de escala e permite otimizar cadeias de valor. A proposta de valor da Katoo e a oportunidade de apoiarmos uma empresa cujo fundador é português a crescer no sul da Europa e na América Latina é uma excelente forma de conseguirmos ter impacto no ecossistema nacional e internacional”, refere Pedro Santos Vieira, managing partner da Shilling, citado na mesma nota de imprensa.

“O canal de fornecimento de comida continua a ser muito old school. Fax, papel e caneta, e mensagens de voz são ainda consideradas uma regra de ouro. Esta ronda vai permitir-nos continuar a investir em fornecer a melhor tecnologia às pessoas que nos alimentam”, assinala o português Diogo Cunha, CEO da Katoo, empresa que conta ainda com o investimento do cofundador da Glovo Sacha Michaud, da Tiller, Dimitri Farber, ou da TheFork, Marcos Alves Cardoso.

Objetivos da ronda

Depois de Espanha e Itália, a nova ronda de financiamento serve também para a empresa lançar o negócio no mercado português, e ainda para expandir o modelo para a América latina, “nos próximos meses”, e para outros países europeus.

“Lançámos a Katoo para facilitar a comunicação entre restaurantes e fornecedores. Com a Covid-19, provámos que as nossas ferramentas facilitam a relação entre os dois lados da equação, com menos erros e muito maior eficiência. Estamos focados em continuar a ajudá-los, lançando serviços financeiros como pagamentos centralizados e simplificados, explica Karan Anand, cofundador da foodtech.

Com escritórios em Itália, Espanha e Portugal, até ao final do ano, a Katoo quer triplicar a equipa, abrindo mais de 60 novas vagas, especialmente nas áreas de tecnologia, produto, growth e business development.

Neste momento, a empresa, que tem parte da equipa a trabalhar remotamente em diferentes países da Europa e América Latina, tem 40 colaboradores em Espanha, 20 em Itália e 5 em Portugal, e pretende duplicar a equipa no mercado nacional até ao final do ano.

As vagas já disponíveis — para os vários mercados — podem ser consultadas aqui.

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