EDP regressa hoje ao escritório em modelo híbrido. Dois dias por semana serão de trabalho remoto
A medida, que começa esta segunda-feira a ser testada, abrange cerca de 70% da força laboral da empresa em Portugal, retratando a totalidade das funções compatíveis com trabalho remoto.
A EDP começou esta segunda-feira o seu plano de regresso ao escritório. A partir de hoje, a companhia inicia uma nova fase, que diz corresponder aos desafios do trabalho do futuro. Será implementado um regime híbrido, que prevê dois dias por semana de trabalho remoto.
“A partir de 11 de outubro iniciaremos uma nova fase, alinhada com o modelo de trabalho futuro da EDP, testando um modelo híbrido de trabalho, no qual será aplicado um sistema rotativo e flexível que conjugue o trabalho presencial e remoto, permitindo aos colaboradores com funções compatíveis realizarem até dois dias por semana em trabalho remoto”, adianta fonte oficial da empresa à Pessoas.
Esta realidade — que vai agora ser testada — abrange aproximadamente 60% da força de trabalho global da empresa e cerca de 70% em Portugal, retratando a totalidade das funções compatíveis com trabalho remoto.
“Acreditamos que o futuro passa por este modelo híbrido, que combine trabalho presencial e remoto. Sabemos que a grande maioria dos nossos colaboradores valoriza a flexibilidade que surge com o trabalho remoto, dado o impacto que tem na conciliação entre vida pessoal e profissional e no seu bem-estar”, justifica.
[A possibilidade de teletrabalho é] uma questão de competitividade enquanto empregador.
“Ao mesmo tempo que existe uma grande valorização do trabalho remoto, os nossos colaboradores também sentem falta das interações que advêm do trabalho presencial, algo que reforça a importância de termos um modelo de trabalho híbrido”, continua a mesma fonte oficial da elétrica, salientando que a possibilidade de teletrabalho deixou de ser um nice to have para tornar-se um must have na atração e retenção de talento. “Também se trata de uma questão de competitividade enquanto empregador”, acrescenta.
A decisão foi tomada ainda em 2020, mas só agora, devido à evolução favorável da pandemia da Covid-19, pode ser finalmente testada.
Regresso com novos procedimentos
No regresso ao escritório, a EDP conta com alguns novos procedimentos. É o caso da lotação máxima de 50%, monitorização da temperatura e utilização da máscara, que será apenas obrigatória para a circulação no edifício ou quando não é possível assegurar os dois metros de distanciamento social, tal como já tinha noticiado a Pessoas.
“De acordo com legislação em vigor e com a evolução da vacinação, é eliminada a testagem em locais de trabalho com mais de 150 trabalhadores”, relembra.
Desde o início da pandemia que a EDP ativou um plano de contingência que incluía, entre outras medidas, manter o maior número possível de colaboradores em todos os serviços em regime de teletrabalho. Mais de 70% dos colaboradores a nível mundial e quase 80% dos colaboradores em Portugal estiveram em regime de teletrabalho na elétrica.
Modelos híbridos dominam regresso ao escritório nas grandes empresas
Em Portugal, são já várias as empresas que estão a avançar para o modelo híbrido neste fase de regresso ao escritório, respondendo aos anseios dos colaboradores por modelos de trabalho mais flexíveis, permitindo uma melhor conciliação entre o trabalho e a vida pessoal, como indiciam diversos estudos realizados.
Nas telecomunicações, os funcionários da Altice Portugal, Nos e Vodafone voltaram ao local de trabalho nestes moldes, alternando entre trabalho presencial e trabalho remoto.
Também recentemente, a Farfetch adiantou à Pessoas que vai manter um modelo híbrido de trabalho, permitindo que os mais de cinco mil colaboradores trabalhem remotamente 60% do seu tempo.
Já a Siemens disse no final de agosto à Pessoas que iria acabar com o limite de dois dias por semana em teletrabalho. Os mais de dois mil colaboradores da multinacional em Portugal, cujas funções o permitem, têm, agora, a possibilidade trabalhar remotamente sem limite de dias.
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