Sport Zone dispara oferta em 150% com 90 vendedores online

A retalhista desportiva controlada pela JD Sports e participada pela Sonae, que tem 98 lojas físicas, vai lançar em Portugal um marketplace com 250 novas marcas e 15 mil produtos adicionais.

A Sport Zone decidiu abrir a loja online a “todas as marcas e lojas que querem vender desporto em Portugal”, incluindo estrangeiras, com o objetivo de criar a maior loja de desporto do país dentro do atual site da retalhista. O marketplace da empresa de retalho desportivo, que soma 98 lojas físicas em Portugal — 88 no continente e dez nas ilhas – vai ser apresentado esta segunda-feira.

Jorge Simões, responsável de marketing e e-commerce, adianta ao ECO que este projeto arranca com 15 mil novos produtos, o que corresponde a um aumento de 150% na oferta, com 250 novas marcas e perto de 90 vendedores. “Mas estamos a crescer dia-a-dia. (…) Rapidamente vamos duplicar o número de vendedores e de produtos”, acrescenta.

A empresa sediada na Maia montou uma equipa para acompanhar o surgimento deste marketplace no mercado português e que deve crescer em 2022, à medida que novas marcas e lojas se forem juntando. Algumas pessoas foram alocadas ao projeto, outras viram as funções alargadas, sendo que no próximo ano conta abrir processos de recrutamento para as áreas comerciais, como angariação e gestão de novos vendedores, e de marketing digital.

Questionados sobre as metas comerciais, Jorge Simões responde que “é muito difícil dar um número exato, pois depende de diversos fatores e, na verdade, este é um caminho que [está] a começar agora”. No entanto, apontando para casos idênticos de outros operadores europeus, encontra exemplos em que o marketplace conseguiu adicionar 10% às vendas. “Daqui a um ano voltamos a falar e já poderei dizer como é em Portugal”, promete.

A Sport Zone faz parte do Iberian Sports Retail Group (ISRG), que no ano passado faturou cerca de 670 milhões de euros e que é controlado pela britânica JD Sports (50,02%) e participado pela Sonae (30%) e pela família Segarra, cofundadora da Sprinter (20%). Emprega mais de nove mil pessoas — 1.700 em Portugal — e abrange mais de 60 modalidades desportivas e mil marcas.

Este ano, o grupo ibérico integrou a holding do operador holandês Sports Unlimited Retal (SUR) e comprou também a catalã Deporvillage, passando a operar em Portugal com as marcas Sport Zone e JD; em Espanha com a Sprinter, Size e JD; e na Holanda com as marcas Perry Sport e Aktiesport. Com o contributo destas duas aquisições, a ISRG estima superar vendas anuais de 900 milhões de euros.

O responsável de marketing e e-commerce da Sport Zone sublinha precisamente que o facto de fazer parte deste grupo europeu “dá a capacidade de rentabilizar recursos”. “O que fizemos foi rentabilizar investimentos já feitos em plataformas e processos, e adaptar ao mercado nacional. Já temos o marketplace a operar em Espanha desde 2019 e agora estamos a customizar ao mercado português”, detalha Jorge Simões.

Angariar para rentabilizar investimento

Foi em março que a empresa iniciou os desenvolvimentos técnicos em Portugal, que ficaram concluídos até ao início do verão. Desde julho, a retalhista desportiva fundada pelo grupo Sonae em 1997 tem vindo a trabalhar na angariação de vendedores para conseguir ter “uma oferta suficientemente vasta e atrativa em áreas que complementem a da Sport Zone”.

“A nossa preocupação passará muito por complementar o máximo possível a oferta da Sport Zone, com produtos qualitativos de vendedores associados, com o foco nas categorias em que não temos presença ou em que a nossa presença necessita de ser reforçada”, concretiza Jorge Simões.

Ganham os clientes porque passam a ter acesso a novos produtos e marcas; ganham as marcas e lojas porque chegam a novos clientes; e, claro, ganhamos nós também porque rentabilizamos o investimento e chegamos a novos públicos.

Jorge Simões

Responsável de marketing e e-commerce da Sport Zone

Dá o exemplo de áreas como eletrónica desportiva ou mobilidade urbana, que passam a ter produtos mais especializados e diversificados. Ou de desportos como o basquetebol, pingue-pongue, boxe e ioga, que são “menos centrais” na estratégia de gama e que agora “passam a ter uma gama de artigos que vai conseguir suprir as necessidades do atleta mais amador ao mais profissional”.

“Ganham os clientes porque passam a ter acesso a novos produtos e marcas; ganham as marcas e lojas que participem porque chegam a novos clientes; e, claro, ganhamos nós também porque rentabilizamos o investimento e chegamos a novos públicos, já que oferecemos uma gama mais completa, variada e, sobretudo, competitiva”, conclui o gestor da retalhista desportiva.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

“Não é o momento ideal para pôr areia na engrenagem do mercado de trabalho”, defende economista Ricardo Reis

Estão a avançar várias mudanças laborais, que poderão chegar num momento difícil para as empresas. Economista defende que é necessário um mercado de trabalho mais flexível.

As alterações à lei laboral estão a avançar agora, enquanto tomam lugar de destaque nas negociações do Orçamento do Estado, com a aprovação de medidas como a limitação dos contratos temporários e a termo e proibição de recurso ao outsourcing após despedimentos. Ricardo Reis, professor no departamento de economia da London School of Economics, defende que esta não é a altura de colocar “areia na engrenagem do mercado de trabalho”, quando não devem existir entraves às contratações.

“Esta pandemia, não só pela recessão que causa como pela recuperação, mas também pela reorganização da estrutura económica, não parece de facto ser o momento ideal para pôr areia na engrenagem do mercado de trabalho, criando condições que tornam mais difícil contratar pessoas”, defende o economista, em entrevista ao ECO, ressalvando que esta visão diz respeito ao timing, “independentemente de achar as medidas boas ou más”.

Ricardo Reis explica que, “numa altura em que o mercado de trabalho está em grande ebulição, no sentido em que está a absorver uma série de pessoas novas que perderam o emprego no último ano ou mesmo que acabaram curso e durante uns meses não conseguiram emprego, quereríamos um mercado de trabalho mais flexível, mais capaz de absorver esses grandes fluxos”.

Neste cenário, “para além da recuperação da economia, o que temos também é alguma reestruturação da economia, nos próximos meses ou dois anos, em que se espera que alguns setores declinem e outros expandam, conforme as pessoas mudaram de uma forma persistente a estrutura dos produtos que compram, dos serviços que desejam, e até do lado da produção quais são as empresas que vão sobreviver melhor, quais se vão expandir ou manter”, explica o também consultor académico no Banco de Inglaterra e na Reserva Federal.

Entre as medidas avançadas pelo Governo encontra-se o alargamento da compensação para 24 dias por ano em cessação de contrato a termo ou termo incerto e a reposição dos valores de pagamento de horas extraordinárias em vigor até 2012 a partir das 120 horas anuais, sendo a primeira hora extra em dias úteis paga com acréscimo de 50%, a segunda hora com 75% e em dias de descanso e feriados 100%.

De recordar que as medidas estão a ser recebidas com algumas críticas por parte dos patrões. As confederações que representam as empresas chegaram mesmo a suspender a participação na concertação social, depois de terem sido aprovadas alterações à legislação laboral na quinta-feira em Conselho de Ministros, sem antes terem sido discutidas com os parceiros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

CA Seguros lança solução pay-as-you-drive com Swiss Re

  • ECO Seguros
  • 25 Outubro 2021

Indicadores de condução como velocidade, aceleração, travagem, grau de inclinação, ou utilização de telemóvel vão atribuir um score, uma boa condução dará devolução de prémio.

A CA Seguros lança hoje a solução CA Best Driver, centrada na prevenção e segurança rodoviária, suportada por uma app criada para os clientes do segmento particular, com veículo ligeiro e cobertura de danos próprios prevista no seguro automóvel.

A solução é integrada do seguro CA Automóvel, poderá ser contratada em qualquer agência bancária do Crédito Agrícola e foi desenvolvida em parceria com a Swiss Re uma das principais resseguradoras a nível mundial.

A app já está disponível para download nas stores da Google e da Apple e “a segurança e confidencialidade da informação recolhida durante as viagens de automóvel, registadas pela App, serão garantidas”, afirma a CA Seguros.

Reduzir acidentes ensinando a conduzir melhor e premiar bom desempenho é missão do novo produto.

A seguradora explica que a app CA Best Driver irá recolher dados sobre indicadores de condução, como velocidade, índices de aceleração e de travagem, grau de inclinação da viatura ou utilização de telemóvel, em cada viagem realizada. Estes dados serão analisados e permitirão atribuir um score de condução a cada segurado aderente, e que seja o condutor habitual do veículo seguro. Semanalmente, tendo em conta o score de condução, serão atribuídos pontos que o segurado poderá acumular e trocar por vouchers de descontos em lojas de referência, através da App.

Os segurados com estilo de condução mais segura, que adiram à solução CA Best Driver, poderão ter direito à devolução parcial do prémio do seu seguro CA Automóvel, se atingirem elevados scores na anuidade da sua apólice e se não registarem sinistros nesse período, acrescenta a companhia.

Coloride da Swiss Re está na base tecnológica

A nova solução CA Best Driver foi desenvolvida com a Swiss Re, a maior resseguradora do mundo. “O nosso aplicativo Coloride oferece às seguradoras uma melhor compreensão dos riscos e das suas causas, o que permite oferecer treino, coaching e aconselhamento adequado aos seus segurados” refere António Batalha, Senior Client Manager do escritório de Madrid da Swiss Re e profundo conhecedor do mercado português.

Segundo o gestor o aplicativo Coloride foi desenvolvido para contribuir no âmbito da sustentabilidade automóvel na forma de redução de acidentes, facilitando o aumento de segurança nas estradas, ao ajudar condutores a melhorar suas habilidades no volante.

A resseguradora estima que em 2019 em Portugal a sinistralidade rodoviária custou 3,71 mil milhões de euros a nível económico e social com os acidentes registados a provocarem 626 mortos, 2168 feridos ligeiros e 43.183 feridos ligeiros.

A Crédito Agrícola Seguros, liderada por João Pedro Borges, é a seguradora não vida do Grupo Crédito Agrícola. Foi constituída em 1994 e distribui os seus produtos exclusivamente através das 600 Agências da rede bancária do Crédito Agrícola.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Cibersegurança: Administração Pública tem potencial para mais de 650 contratos de seguro

  • ECO Seguros
  • 24 Outubro 2021

As administrações públicas central, regional e local revelam grande gap de proteção de seguros face a ameaças do ciberespaço, apresentando também elevada necessidade de competências em cibersegurança.

Na Administração Pública Central (AP central), de um total de 303 organismos auscultados em inquérito oficial, a percentagem de entidades com seguro contra incidentes de segurança nas TIC passou de 2% em 2019 para 3% (três por cento) em 2020. Conforme resultados do inquérito, somando oito organismos da AP central que indicaram ter “seguro contra incidentes de segurança das TIC,” a quatro entidades seguradas nas regiões autónomas (duas na Madeira e duas nos Açores), mais outros 23 organismos de Câmaras Municipais, que também deram resposta afirmativa, serão 34 os organismos protegidos por contratos de seguro cibernético.

Em 2020, em Portugal, 47 organismos da AP Central, 13 da AP Regional e 39 Câmaras (do continente e regiões autónomas) detetaram problemas de segurança informática. Entre as ameaças de cibersegurança identificadas, a 72% registou “indisponibilidade de serviços TIC, devido a ataques externos,” enquanto “destruição ou corrupção de dados devido a ataque ou incidentes inesperados” afetou 23% e “divulgação de dados confidenciais, devido a ataques de intrusão (ex.: pharming ou pishing)” atingiu 28%. A taxa de organismos que detetaram ameaças foi de 16%, igualando a incidência de 2018, após 17% contabilizados em 2019, aponta um relatório divulgado pela DGEEC (Direcção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência).

Face ao conjunto dos 718 organismos da Administração Pública central (incluindo hospitais, escolas e universidades), Regional (Açores e Madeira) e Câmaras Municipais participantes nos Inquéritos à Utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação (IUTIC), os seguros cibernéticos têm potencial superior a 650 contratos para crescer junto da AP.

O relatório – baseado em informação recolhida entre outubro de 2020 e março de 2021 através de inquérito censitário (online) e cujos resultados foram adiantados em julho – revela que 78% de um total de 308 Câmaras Municipais, 52% de 303 organismos da Administração Pública Central, 45% de 56 organismos da Região Autónoma da Madeira e 37% de 51 organismos da Região Autónoma dos Açores, indicaram “ter elevada necessidade de reforçar competências em matéria de segurança das TIC.” Acresce que o “tipo de pessoal que realizou a atividades relacionadas com a segurança das TIC nos organismos da AP central”, regista-se, nos últimos dois anos, decréscimo de 82% para 75% no número de organismos que o fazem recorrendo a “Pessoal do próprio Organismo” e de 57% (em 2019) para 51% (em 2020) através de “Fornecedores externos.”

Em relatório anterior (IUTIC-2019), já se verificava que, pelo menos, 35% ou mais 100 organismos da administração pública central disponibilizavam aos funcionários “formas de trabalho móveis e/ou a partir de casa,” o mesmo acontecendo num total de 28 entidades das Regiões Autónomas e em 43% na administração local, ou seja mais de 130 Câmaras Municipais.

A necessidade de assegurar continuidade de serviço durante a crise da pandemia acentuou-se a necessidade de facilitar trabalho remoto. No país, com o confinamento social, “a cibersegurança tornou-se ainda mais essencial”, acompanhando a importância acrescida das tecnologias digitais e do fator humano, nota o Centro Nacional de Cibersegurança (CNS) no seu mais recente boletim do Observatório de Cibersegurança, assinalando “aumento significativo da atividade maliciosa no ciberespaço” ao longo do primeiro semestre de 2021, com o serviço de coordenação de resposta a incidentes (CERT.PT) a registar 847 incidentes, a comparar com 689 no ano anterior, e em 2019 apenas 378. “Portanto, em 2021 houve um aumento de 23% em relação a 2020 e de 124% em relação a 2019.”

Voltando aos resultados do IUTIC, entre todos os inquiridos no setor, só dois terços dos organismos da AP central e, em igual proporção, das Câmaras Municipais, assumiram que “têm definida uma estratégia para a segurança da informação,” situação que praticamente não se alterou nos inquéritos concluídos em março passado.

De acordo com o relatório “Segurança das TIC (Cibersegurança) na Administração Pública Central, Regional e Câmaras Municipais – 2020,” que resume os resultados de trabalho conjunto com a Direção de Serviços de Estatísticas da Ciência e Tecnologia e da Sociedade de Informação (DSECTSI), 14%, ou mais de 40 dos organismos da Administração Pública central não define ou revê recomendações sobre medidas, práticas ou procedimentos de cibersegurança há mais de dois anos.

Os inquéritos à Administração Pública Central e Regional (IUTICAP) e às Câmaras Municipais (IUTICCM) também se constituem como “instrumentos oficiais para a recolha e divulgação das estatísticas oficiais em matéria de Sociedade da Informação na Administração Pública em Portugal,” explica a DGEEC. Os indicadores de Segurança das TIC (Cibersegurança) procuram contribuir para “garantir a integridade, autenticidade, disponibilidade e confidencialidade dos dados e dos sistemas de informação, neste caso particular, dos Organismos da Administração Pública”, nomeadamente:

• Tecnologias e aplicações de segurança das TIC utilizadas nos Organismos (ex.: segurança de redes e correio eletrónico, software antivírus, firewall).
• Medidas de segurança das TIC implementadas nos Organismos.
• Formação e consciencialização em matéria de segurança das TIC.
• Recursos afetos à realização de atividades de segurança das TIC.
• Incidentes de segurança das TIC.

600 milhões de investimentos para a Transformação Digital do setor

O IUTIC 2020 revela também que o número de organismos da AP central que promoveram ações de formação em TIC, decresceu em 2020 para níveis mínimos dos últimos seis anos, em 37% das entidades beneficiando “Pessoal ao serviço especialista em TIC” e 47% dos organismos formando “outras categorias de pessoal ao serviço” dos organismos da Administração Pública central. No mesmo ano, na perspetiva de recursos humanos, 31% das entidades inquiridas recrutou ou tentou recrutar pessoal especialista em TIC, mas 90% destas “tiveram dificuldades no preenchimento de postos de trabalho de pessoal especialista em TIC”.

Ora, guiado por proposta do Conselho para as Tecnologias de Informação e Comunicação na Administração Pública (CTIC), o Governo aprovou, em agosto passado, uma “Estratégia para a Transformação Digital da Administração Pública 2021-2026,” à qual juntou Plano de Ação até 2023.

De acordo com o anúncio do Governo, a implementação da Estratégia para a TIC 2020, que antecede a agora aprovada, “contou com mais de 700 projetos concluídos, representando um investimento de cerca de 300 milhões de euros com os quais foi possível alcançar um impacto de cerca de 720 milhões de euros de benefícios e poupanças (TIC e não TIC). Ou seja, houve benefícios líquidos superiores a 420 milhões de euros. Estima ainda o governo que a implementação desta Estratégia de Transição Digital na Administração Pública para o período 2021-2026, cujos investimentos, alinhados com as reformas e objetivos do PRR (Plano de Recuperação e Resiliência), ascendem a cerca de 600 milhões de euros, venham a proporcionar ganhos diretos para a economia nacional, pelo menos, na mesma proporção.”

A estratégia, explicou o Executivo socialista, visa tornar a Administração Pública mais responsiva às expectativas dos cidadãos e empresas, prestando serviços mais simples, integrados e inclusivos, funcionando de forma mais eficiente, inteligente e transparente, através da exploração do potencial de transformação das tecnologias digitais e da utilização inteligente dos dados. Em seguimento, há poucos dias, anunciaram-se “primeiras formações de capacitação digital para a Administração Pública financiadas pelo PRR”. O programa, a cargo do Instituto Nacional de Administração, I.P., (INA, I.P.) compreende “quatro cursos, num total de 84 horas de formação, em ferramentas tecnológicas adaptadas às necessidades funcionais dos trabalhadores”.

Enquanto o Conselho da UE sugere a construção de uma “Ciberunidade Conjunta” no espaço comunitário, o amadurecimento digital do país segue percurso iniciado, em 2012, com a Agenda Portugal Digital. Prestando testemunho da desmaterialização e mantendo foco em “catalisadores” fortes como “regulação, privacidade, cibersegurança e ciberdefesa,” a Estrutura de Missão publicou, em março deste ano, um power point destacando níveis de conetividade e a digitalização dos serviços públicos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Chubb vai pagar 5,75 mil milhões por negócios da Cigna na Ásia Pacífico

  • ECO Seguros
  • 24 Outubro 2021

O contrato de aquisição tem por objeto empresas de seguros de acidentes pessoais, planos de saúde e seguros de Vida detidos pela Cigna em sete mercados da região Ásia-Pacífico.

A Chubb Limited (Chubb), companhia americana de ramos gerais que afirma ser a maior entre pares cotadas na bolsa nova-iorquina (índice S&P 500), alcançou um acordo para adquirir as sociedades detidas pela Cigna em sete países da Ásia Pacífico, com operação em seguros de Vida e não Vida, nomeadamente linhas pessoais de acidentes, planos complementares de saúde e seguros de Vida.

A transação, acordada por 5,75 mil milhões de dólares (cerca de 5 mil milhões de euros, ao câmbio corrente), será paga em dinheiro, ou seja sem recurso a financiamento. Contando com as autorizações regulatórias necessárias, a compra estará concluída em 2022.

Com esta aquisição, a carteira da Chubb na Ásia cresce de aproximados 4 mil milhões, para 7 mil milhões de dólares em volume líquido de prémios, passando a pesar 20% da atividade da companhia (sem a China).

Sublinhando tratar-se de um negócio “estável e gerador de proveitos elevados”, Evan Greenberg, presidente e CEO da Chubb, afirmou: “Há muito que acompanhamentos e apreciamos a operação da Cigna na Ásia, as pessoas talentosas, os produtos inovadores, além das capacidades de gestão, analítica e distribuição (…).”

De acordo com o comunicado da adquirente, a compra inclui as operações de Acidentes, Saúde e Vida na Coreia, Taiwan, Nova Zelândia, Indonésia, Tailândia, Hong Kong e a participação da Cigna numa empresa conjunta (joint venture) na Turquia.

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

PNFF: Supervisores financeiros juntos no Montijo pelos “10 anos em que Todos Contam!”

  • ECO Seguros
  • 24 Outubro 2021

A Semana da Formação Financeira 2021 tem abertura protocolar no Montijo, com o anúncio das escolas premiadas na 10.ª edição do Concurso "Todos Contam" e o(a) vencedor(a) do Prémio Professor(a).

O Conselho Nacional de Supervisores Financeiros (CNSF) promove entre 25 e 29 de outubro a Semana da Formação Financeira 2021, com o lema “10 anos em que Todos Contam!”, assinalando uma década de atividade do Plano Nacional de Formação Financeira (PNFF).

A semana dedicada à literacia financeira arranca às 10 horas desta segunda-feira, na Escola Secundária Jorge Peixinho, no Montijo, onde decorrerá sessão solene com representantes do Governo e de cada uma das instituições que formam o CNSF (BdP; ASF e CMVM). O evento será transmitido em direto no portal Todos Contam, através de streaming, permitindo às escolas de todo o país acompanhar as atividades em tempo real.

Na ES Jorge Peixinho será também apresentado o Caderno de Educação Financeira 4, destinado ao ensino
secundário – em cuja elaboração participaram quatro associações do setor financeiro, incluindo a Associação Portuguesa de Seguradores – e que passa a disponibilizar manuais didático pedagógicos para todos os ciclos do básico e secundário. Durante a cerimónia será ainda assinado um protocolo de cooperação entre o CNSF e o Ministério da Educação, sublinhando assim a importância e reforço da parceria existente entre os supervisores financeiros e o Ministério, no âmbito da promoção da educação financeira em contexto educativo e formativo, desenvolve nota informativa da ASF.

Ao longo de uma semana, os supervisores financeiros – Banco de Portugal, (Bdp) Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) e Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) –, em conjunto com 15 parceiros do PNFF, promoverão cerca de 40 iniciativas dirigidas a vários públicos, incluindo jovens (escolas), seniores, gestores de micro, pequenas e médias empresas, futebolistas, trabalhadores, investidores, desempregados e professores.

Paralelamente, mais de 25 escolas de todo o país desenvolverão atividades de sensibilização sobre temas financeiros, destinadas aos estudantes dos vários ciclos de ensino, como a realização de inquéritos e entrevistas, produção de vídeos, elaboração de orçamento familiar, concursos, construção de mealheiros e debates.

As iniciativas têm ainda como destinatários os 86 municípios da Região Norte e contam também com a participação dos Serviços Regionais de Formação Profissional de nove cidades, de norte a sul do país.

O Programa completo com as iniciativas da Semana da Formação Financeira 2021 terá atualização contínua e pode ser consultado aqui.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Allianz é Marca nº1 do mundo na indústria de seguros pelo 3º ano consecutivo

  • ECO Seguros
  • 24 Outubro 2021

O valor da marca Allianz cresceu cerca de 2,2 mil milhões em apenas um ano, alcançando 15 174 milhões de dólares, mantendo-se a mais valiosa do mundo no setor segurador, segundo a Interbrand.

A Allianz revalidou, pelo 3º ano consecutivo, o estatuto de marca mais valiosa do mundo na indústria seguradora. De acordo com o relatório 2021 Best Global Brands, ranking anual da Interbrand, o valor marca do grupo segurador alemão cresceu 17%, alcançando 15 174 milhões de dólares, figurando como a mais valiosa nos seguros e a subir cinco posições, para ocupar o 34º lugar, no ranking geral das melhores marcas globais (Interbrand’s 2021).

Não só um hat-trick, mas uma verdadeira demonstração da nossa fiabilidade e resiliência – ouvir os nossos clientes, investidores e parceiros de negócio é o que faz a diferença. A Allianz ocupar o primeiro lugar neste ranking anual é uma grande conquista para todos os 150.000 de nós, Allianzers em todo o mundo. Também conseguimos subir 5 lugares para o 34º lugar no ranking das 100 melhores marcas globais em todas as indústrias”, afirma Oliver Bäte, CEO da Allianz.

De acordo com o Interbrand’s 2021, a ascensão da companhia germânica neste ranking é baseada no seu “forte desempenho operacional e perspectiva, aumento da receita da marca e força da marca”. Além disso, a influência da marca nas “decisões de compra dos clientes aumentou no último ano”, salienta um comunicado da Allianz Portugal. Para desenvolver ainda mais a força da sua marca, a seguradora “aprimorou a sua coerência, afinidade e distinção globais”. A abordagem OneAllianz foi aplicada “para unificar a presença da marca Allianz num logotipo, uma mensagem e uma campanha,” complementa.

“Estou extremamente orgulhoso do resultado incrível deste ano. Um grande agradecimento aos empregados da Allianz, aos nossos agentes e corretores”, reforçou Christian Deuringer, Head of Global Brand & Marketing na Allianz SE.

Valorizando cerca de 2,2 mil milhões de dólares, uma apreciação recorde em apenas um ano, a Allianz é a terceira mais valiosa na indústria financeira mundial, apenas superada pelo JP Morgan e a American Express, superando a AXA (+10%, para 13,4 mil milhões de dólares), segunda entre seguradoras e colocada em 48º lugar na lista global Interbrand’s 2021.

A Interbrand foi pioneira no conceito de valorização da marca em 1988. A primeira empresa a ter uma metodologia certificada como ISO 10668 (requisitos para avaliação monetária de marca) e desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento da própria norma internacional. A classificação Interbrand de marcas globais tem publicação anual. O Top3 da edição deste ano é dominado por tecnológicas, sendo liderado pela Apple (408,25 ml milhões de dólares, a crescer 26% em valor), seguindo-se Amazon (249,25 mil milhões, +24%) e Microsoft (210,2 mil milhões, +27%). O relatório pode ser consultado aqui.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Marcelo dissolve Assembleia da República se Orçamento chumbar

Para quem ainda tivesse dúvidas, agora ficou bastante claro. O Presidente da República diz que se o OE chumbar, vai dissolver o Parlamento. Mas o Governo deve continuar em funções.

No dia em que a Mesa Nacional do Bloco de Esquerda confirmou que vai votar contra o Orçamento do Estado para 2022, se não houver mais alterações à proposta, Marcelo Rebelo de Sousa clarificou que se o documento não passar no Parlamento, vai dissolver a Assembleia da República e o país vai para eleições antecipadas.

Mas, mesmo nesse cenário, afirma que o Governo “deve continuar em funções. Se se demitisse, agravava a situação crítica” do país.

Em declarações transmitidas pela RTP3, o Presidente da República continua a acreditar “que o Orçamento vai passar”.

“Não só porque é desejável, mas porque é aquilo que eu espero olhando para a alternativa”. E qual é a alternativa? “A alternativa é a dissolução. No momento em que o Orçamento não passasse, passava-se imediatamente ao processo de preparação de dissolução [da Assembleia da República]”

Marcelo elogia “esforço” do Governo

“Isso tem grandes custos para o país”. É assim que o Presente da República reage à possibilidade de o Orçamento não passar, na quarta-feira, no Parlamento.

“E por isso vejo com apreço o esforço que está a ser feito e que vai ser feito até ao último minuto”. E diz mais: “vejo um esforço para alterar bastante a proposta do Orçamento. Do que me recordo, nos últimos seis anos, é talvez o ano em que há maiores alterações fruto da negociação tão cedo relativa à proposta do OE”.

“São profundas algumas, e isso significa um esforço para se chegar a um bom porto, porque é evitar a dissolução da Assembleia da República e eleições”.

Confrontado por um jornalista com as palavras de António Costa que deu a entender que não se demite em caso de um chumbo do Orçamento, Marcelo repetiu que “são duas coisas diferentes”.

“Uma coisa é o Governo não se demitir e outra coisa é ser dissolvido o Parlamento. Que é dissolvido o Parlamento se não houver OE, já sabem qual é a minha posição. Outra coisa, é o Governo continuar em funções. Se se demitisse agravava a situação crítica”.

Marcelo termina dizendo que continua a pensar que “não vai ser esse o cenário. Continuo a acreditar que o cenário é o de bom senso”.

A votação na generalidade da proposta do Orçamento do Estado para 2022 está agendada para esta quarta-feira na Assembleia da República.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo diz que aumento extra vai beneficiar 2,3 milhões de pensionistas

A ministra Ana Mendes Godinho anunciou este domingo que o aumento extra de 10 euros nas reformas em 2022 vai abranger 2,3 milhões de pensionistas.

O Governo convocou para este domingo uma conferência de imprensa para responder à decisão da Mesa Nacional do Bloco de Esquerda de votar contra o Orçamento do Estado para 2022, caso não haja mais cedências por parte do Governo.

Na conferência estiveram presentes Duarte Cordeiro, secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Marta Temido, a ministra da Saúde, e ainda Ana Mendes Godinho, a ministra do Trabalho e da Segurança Social.

Ana Mendes Godinho elencou as principais medidas que estão no Orçamento, nomeadamente o aumento extraordinário das pensões previstos para 2022 e as cedências que entretanto foram feitas para responder às exigências do Bloco e do PCP.

Em vez de um aumento de 10 euros nas pensões a partir de 1 de agosto, o PS e o Governo vão propor que este aumento extraordinário seja antecipado para janeiro de 2022. Além disso, em vez de abranger pensionistas que recebam até 1,5 IAS (658 euros), o aumento extra vai beneficiar pensionistas com reformas até 2,5 IAS, ou seja, 1.097 euros mensais.

Este novo limiar, de 1.097 euros mensais, vai abranger 2,3 milhões de pensionistas, segundo revelou este domingo Ana Mendes Godinho.

Apesar disso, desabafou a ministra do Trabalho, o Governo encontrou uma “total intransigência para conseguir aproximações” com o partido liderado por Catarina Martins.

Mendes Godinho referiu ainda que os gastos com as pensões aumentaram 25% face aos valores de 2015, e que face ao último Orçamento há um acrescimento de despesa de 600 milhões de euros. Mas deu sinais de não quer fazer mais cedências: “Nao podemos pôr em risco a legislatura”, concluiu.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo “lamenta a decisão” de voto do BE. “Esmagadora maioria das propostas são extra-OE”, diz Duarte Cordeiro

Quanto às exigências do Bloco, a "esmagadora maioria das nove propostas são extra-OE", sinaliza Duarte Cordeiro. Governo está disponível para negociar mas pede a Bloco para rever posição.

O Governo “lamenta a decisão” de voto contra do Bloco de Esquerda no Orçamento do Estado (OE). A posição foi transmitida pelo secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro, numa conferência de imprensa após o anúncio de voto do Bloco, durante o qual foi feita uma descrição sobre o conteúdo do OE e do processo negocial na qual o Governo “não se revê”.

Quanto às exigências do Bloco para a viabilização do Orçamento, a “esmagadora maioria das nove propostas são extra-OE”, sinaliza Duarte Cordeiro, sendo que o Governo “procurou aproximaçoes nestas matérias”. Ainda assim, o secretário de Estado admite que se a disponibilidade do partido for fechada nestas nove propostas terão “muita dificuldade em ir para além” do que já puderam responder.

“O Governo teve uma postura negocial construtiva, serena, procurámos responder a questões em concreto e dar avanços com propostas concretas no OE mas também com o conjunto de reformas que tivemos oportunidade de aprovar”, aponta o secretário de Estado, referindo-se às propostas aprovadas no Conselho de Minsitros esta quinta-feira.

Após elencar o conjunto de avanços feitos pelo Governo, Duarte Cordeiro sinalizou que o Executivo “entende que pela circunstância que estamos a viver este ano, pela necessidade e importância de ter um OE, que cria condiçoes para crescimento, investimento, que melhora rendimentos de familias, que continua a apostar nos serviços públicos, que OE deve ser viabilizado”.

Apesar de defender todos os avanços já feitos, o secretário de Estado assegura que o Governo “mantém a disponibilidade negocial”, sublinhano que o processo de negociaçao do OE “vai decorrendo até à votaçao final”. Para o Executivo, “fazia sentido uma reavaliação da posição por parte do Bloco”, olhando para além das nove propostas.

É de sinalizar que o Bloco de Esquerda também se mostrou disponível para continuar a negociar, até à votação na quarta-feira, mas reiterou que, se nada mudar, o voto será contra.

Quanto aos outros partidos, Duarte Cordeiro aponta ainda que os partidos com quem negoceiam “já viabilizaram orçamentos que não tinham nem de perto nem de longe tinham avanços que este tem”.

Marta Temido assume a palavra depois do secretário de Estado, para salientar todas as medidas já avançadas na área da Saúde. A dedicação plena foi um dos destaques, sendo que era também uma das medidas exigidas pelo Bloco, sendo que a ministra defende que a “definição do conteúdo específico tem de ser objeto de discussão e aperfeiçoamento com os sindicatos”.

A ministra reitera também que “para dar enquadramento a estas escolhas que consta do OE 2022 e da proposta de estatuto, o OE dispõe do quadro financeiro adequado”. “O OE para 2022 é um OE que reforça o SNS, não só nestes temas que hoje sublinhei, em muitas outras escolhas que constam no estatuto do SNS mas tambem nas respostas aos utentes”, sublinha Temido.

Para finalizar, a ministra alerta que há um conjunto de medidas, como a dispensa do pagamento de taxas moderadoras no SNS (exceto nas urgências), que poderão ser postas em causa sem um quadro orçamental.

A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, também foi chamada a enumerar o conjunto de avanços feitos na sua área, adiantando que o aumento extra anunciado pelo Governo vai beneficiar 2,3 milhões de pensionistas.

(Notícia atualizada às 18h47)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Com impasse nas negociações para OE, Governo convoca conferência de imprensa para as 17h30

  • Lusa
  • 24 Outubro 2021

Estarão presentes na conferência o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, e a ministra da Saúde.

O Governo marcou para este domingo, às 17:30, uma conferência de imprensa sobre o Orçamento do Estado para 2022, na Presidência do Conselho de Ministros, em Lisboa. “Estarão presentes o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro, a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, e a ministra da Saúde, Marta Temido”, refere uma nota da secretaria de Estado dos Assuntos Parlamentares.

A nota foi enviada à comunicação social pouco antes de o Bloco de Esquerda anunciar que votará contra a proposta do Orçamento do Estado para 2022 se não existirem aproximações do Governo às propostas do partido. A votação na generalidade está marcada para quarta-feira.

“Se até à próxima quarta-feira o Governo entender negociar o Orçamento do Estado, o Bloco de Esquerda responderá com disponibilidade e clareza para as soluções que aumentam os salários, que protegem o SNS e que garantem justiça para quem trabalhou toda a vida. Se o Governo insistir em impor recusas onde a esquerda podia ter avanços, o Bloco de Esquerda responderá pela sua gente – pelo povo que trabalha e pelo SNS que nos orgulha – e votará contra o Orçamento do Estado para 2022”, afirmou hoje a coordenadora do BE, Catarina Martins.

Para segunda-feira às 12:00 está marcada uma conferência de imprensa do secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, que apresentará o resultado do Comité Central, cuja ordem de trabalhos é a análise da “situação política e social” do país. O PCP anunciou este ano pela primeira vez, desde o entendimento à esquerda feito há seis anos, o voto contra na generalidade, no caso de a proposta ser votada tal como foi entregue.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Bloco de Esquerda deve votar contra o Orçamento do Estado mas mantém abertura para negociar

Bloco decidiu votar contra o Orçamento por considerar que o Governo não fez aproximações às nove propostas apresentadas. Mas o partido ainda está disponível para negociar.

O Bloco de Esquerda vai votar contra o Orçamento do Estado (OE) para 2022, mas continua disponível para negociar, anunciou este domingo Catarina Martins. A decisão surge depois de o partido considerar que o Governo não fez novas aproximações às nove propostas bloquistas apresentadas nas negociações para a viabilização do documento.

“Se até à próxima quarta-feira o Governo entender negociar o OE, o BE responderá com disponibilidade e clareza”, diz a coordenadora bloquista, em conferência de imprensa, transmitida pelas televisões. “Se o Governo insistir em impor recusas onde a esquerda podia ter avanços, o BE responderá pela sua gente e votará conta o OE para 2022”, aponta.

Catarina Martins defende que o Orçamento apresentado pelo Governo “excluiu todas as propostas entregues pelo BE, pelo que representa só prioridades do PS”.

A coordenadora do Bloco enumera várias bandeiras deste OE que não considera suficientes, nomeadamente na questão fiscal, onde “mantém as enormes injustiças do sistema fiscal português”. O impacto do desdobramento é, por exemplo, inferior aquele feito em 2018 e negociado com o Bloco: “o alívio de IRS em 2018 representa mais do dobro da reforma do IRS que Governo anuncia como grande bandeira”, salienta.

Já no combate à pobreza, Catarina Martins reitera que o Governo escolheu uma “política pouco ambiciosa”, que “recusa alteração estrutural” ao que a determina. Quanto à saúde, o Governo anuncia um reforço da transferência para o SNS mas “muitos dos projetos para 2022 repetem promessas de anos anteriores”, sublinha, criticando também o regime de exclusividade anunciado que se “limita a aumentar o horário de trabalho”.

Quanto às nove propostas que o Bloco apresentou para garantir a viabilização do OE, que diz serem “muito ponderadas”, o Governo “recusou-as a todas, respondendo nalguns casos com medidas de alcance limitado”, sinalizou a coordenadora bloquista. Assim, o partido considera que “este OE não cumpre objetivos a que se propõe e falha na resposta ao país”, sendo de “contenção”.

Ainda assim, o Bloco admite ainda mudar o sentido de voto, caso o Governo mostre avanços nas negociações. “Não temos muito tempo mas ainda há tempo”, reitera Catarina Martins. A votação na generalidade do Orçamento do Estado está marcada para esta quarta-feira, no Parlamento, e a viabilização ainda não é garantida.

(Notícia atualizada às 17h15)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.