Quer uma empresa verde? Faça como eu faço, diz relatório “Getting Real”

  • Capital Verde
  • 2 Novembro 2021

O "Getting Real" é guia prático para as empresas que queiram implementar medidas sustentáveis e viáveis em termos comerciais. A autoria é da Oliver Wyman e do The Climate Group, a pensar na COP26.

A Oliver Wyman e a The Climate Group lançaram o relatório “Getting Real” que concentra os dados resultantes de uma análise das ações climáticas mais bem sucedidas, levadas a cabo por 27 empresas líderes em setores intensos em carbono, mas também em indústrias mais limpas.

Com base nos conhecimentos e experiência de outras empresas, e no seguimento do relatório “Running hot: accelerating Europe’s path to Paris”, a Oliver Wyman juntou-se então ao The Climate Group na preparação para a 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática, a fim de oferecer às empresas um conjunto de diretrizes destinadas a alcançar uma transição verde sustentável de uma perspetiva empresarial.

“Este relatório é um roteiro empresarial para a sustentabilidade ambiental. As empresas precisam de avançar firmemente para o cumprimento dos objetivos de Paris. Com
os instrumentos e restrições existentes, o nível de ambição das empresas europeias em
matéria de emissões terá de aumentar 8 vezes para atingir os objetivos de Paris (aquecimento global a 1,5°C). Muitas já estão a tomar medidas e o “Getting Real” reuniu vários exemplos daquela que é a realidade de empresas líderes que equilibram a sustentabilidade ambiental e as ações de sustentabilidade empresarial”, afirmou, em comunicado, Pablo Campos, Managing Partner da Oliver Wyman Iberia.

No mesmo comunicado, Pepa Chiarri, Executive Director de Climate & Sustainability da Oliver Wyman reconheceu que “os horizontes temporais até 2030 ou 2050 para a ação climática podem ser uma tarefa desafiante para as empresas”, mas reforçou a importância do Getting Real como “ferramenta eficaz para as empresas de todos os setores” aproveitarem as experiências já existentes de outros para estabelecerem rotas que aumentem a sustentabilidade das operações e que sejam igualmente rentáveis.

“O “Getting Real” demonstra que este equilíbrio é possível, pelo que não há desculpa para a inação”, concluiu.

O objetivo da iniciativa é que este documento tenha as orientações necessárias para outras empresas que pretendam fazer melhorias e adotar medidas concretas no âmbito da sustentabilidade ambiental, sem perder a viabilidade comercial.

O relatório está articulado em torno de quatro áreas centrais – a liderança, o retorno empresarial, os clientes e o financiamento – e agrega respostas sobre a ação climática dos gestores de sustentabilidade das empresas inquiridas, com experiência em áreas diversas como finanças, retalho, automóvel e TI. A Pepsi, a Microsoft, a Nestlé, a Volvo, a HP e a Siemens são algumas das marcas que fazem parte da análise.

Além de referir que as empresas têm de gerir bem estas quatro áreas para que os planos de transição tenham sucesso comercial e impacto, o documento faz, ainda, a ressalva de dois princípios orientadores que determinam o sucesso das estratégias empresariais em matéria de sustentabilidade – assumir uma atitude responsável relativamente às alterações climáticas e inovar o modelo empresarial, com aumento de pesquisa e de desenvolvimento, bem como de tecnologia.

Com os objetivos de Paris 2030 cada vez mais próximos, as empresas de todo o mundo estão a acelerar o ritmo das suas estratégias de redução de emissões. Assim, mais de um quinto das maiores empresas mundiais, com vendas combinadas de quase 14 mil milhões de dólares, comprometeram-se a atingir a neutralidade de carbono até 2050, ou antes.

Neste contexto, dizem os autores, o “Getting Real” posiciona-se como um documento de referência para orientar as empresas numa transição verde sustentável, tanto do ponto de vista ambiental como comercial.

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