Petróleo cai mais de 2% perante sinais de excesso de oferta

  • ECO
  • 17 Novembro 2021

Barril de petróleo desvaloriza para mínimos do início de outubro perante os sinais de iminência de excesso de oferta no mercado e o agravamento da pandemia na Europa.

Os preços do petróleo estão sob pressão, estando a recuar mais de 2% para mínimos desde o início de outubro, depois de a OPEP e a Agência Internacional de Energia (EIA, sigla em inglês) terem alertado para a iminência de excesso de oferta de barris no mercado e perante o agravamento da pandemia na Europa, que pode baixar a procura.

O barril de Brent para entrega a 30 de novembro desvaloriza 2,18% para 80,28 dólares, em Londres. Do outro lado do Atlântico, em Nova Iorque, o contrato de crude que expira a 19 de novembro cai 2,7% para 80,28 dólares.

Para os analistas, esta evolução sugere que os fundos estão já a preparar-se para um cenário em que a oferta vai começar a superar a procura nos próximos meses, depois da alta dos preços que foi provocada pela incapacidade dos produtores para responder ao aumento do consumo, após a pandemia.

Petróleo sob pressão

A OPEP e a EIA disseram recentemente que poderá haver um reforço da oferta nos próximos meses. A OPEP e os seus aliados (OPEP +) mantêm em vigor o acordo para aumentar a produção em 400 mil barris diários por mês, para não sobrecarregar o mercado de um momento para o outro.

O secretário-geral da OPEP, Mohammad Barkindo, adiantou esta terça-feira que o cartel já vislumbra sinais de um excesso de petróleo no próximo mês e alertou os membros e aliados a serem “muito, muito prudentes”.

Além disso, a administração Biden também também pediu aos maiores consumidores mundiais de petróleo para libertarem reservas num esforço coordenado para aliviar os preços e estimular a recuperação da economia, de acordo com a agência Reuters (acesso livre/conteúdo em inglês). Entre os países abordados pelos EUA estão o Japão, Coreia do Sul, Índia e também a China.

Por outro lado, a Europa assiste a novas ondas de casos de Covid-19, obrigando alguns governos a voltar a impor restrições, como a Áustria, que ordenou o confinamento para os cidadãos que não foram vacinados. São medidas que poderão condicionar a procura, pressionando assim os preços em baixa.

(Notícia atualizada às 21h49)

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