Santander condenado a pagar 67,8 milhões por retirar convite a CEO

O banco Santander foi condenado, por um tribunal em Madrid, a pagar 67,8 milhões de euros pela retirada de um convite feito ao banqueiro italiano Andrea Orcel, para ocupar o cargo de CEO.

O banco Santander foi condenado, por um tribunal em Madrid, a pagar 67,8 milhões de euros pela retirada de um convite feito ao banqueiro italiano Andrea Orcel, para ocupar o cargo de CEO, de acordo com a Reuters (acesso condicionado e em inglês).

A decisão chega três anos depois do banco espanhol anunciar planos para fazer de Orcel, um dos investidores mais conhecidos da Europa e atual CEO do UniCredit italiano, o seu presidente executivo (CEO).

O Santander anunciou em 2018 a substituição do anterior presidente executivo, Jose Antonio Alvarez, por Andrea Orcel, sendo que a nomeação deveria entrar em vigor em inícios de 2019 após aprovação.

As reações dos analistas foram mistas, visto Orcel ser proveniente de um banco de investimento suíço e o Santander ser principalmente um banco de retalho. A chairman do banco espanhol, Ana Botin, assegurou que o banco espanhol não estava a planear nenhuma mudança de estratégia.

Depois de Orcel se demitir do banco suíço de investimento UBS, e aceitar a oferta do Santander em janeiro, o banco espanhol voltou atrás na sua oferta, argumentando que a compensação do banqueiro italiano excedia em muito as expectativas iniciais. O Santander ainda ofereceu em março uma posição sénior ao banqueiro, mas Orcel recusou a oferta e, em resposta, processou o banco espanhol por quebra de contrato.

Botin e Orcel foram a tribunal pela primeira vez em maio, e a audiência pública ficou concluída em outubro depois do presidente do UBS, Axel Weber, testemunhar que o banco suíço não pagaria qualquer indemnização a Orcel no caso de demissão em benefício do banco espanhol.

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