João Leão confirma injeção de 530 milhões na TAP

O ministro das Finanças confirmou que a companhia aérea vai receber uma nova injeção até ao fim do ano. Dinheiro não põe em causa meta do défice.

A TAP vai receber uma nova injeção de dinheiro do Estado até ao fim do ano. “Com o sucesso na aprovação da reestruturação pela Comissão Europeia vamos injetar mais 530 milhões na próxima semana”, confirmou o ministro das Finanças.

Como o ECO noticiou, a TAP vai receber mais 536 milhões de euros do Estado até ao final do ano, de forma a completar o montante previsto para 2021, de 998 milhões. Este ano já tinham entrado na companhia 462 milhões.

Os milhões para a TAP “também ajudam a explicar porque o desempenho das contas públicas será diferente no quarto trimestre“, afirmou João Leão, garantindo, no entanto que o défice de 4,3% das contas públicas previsto para este ano será cumprido, podendo até ficar ligeiramente abaixo.

O plano de reestruturação da TAP mantém a injeção de 3.200 milhões. A companhia recebeu em 2020 um financiamento de 1.200 milhões, que será convertido em capital, a que se somam 998 milhões este ano. Na próxima semana serão injetados os 536 milhões que faltam de 2021. Em 2022, entram mais 990 milhões.

Parte do dinheiro previsto para o próximo ano será colocada na transportadora aérea através de um empréstimo com garantia do Estado, no valor de 360 milhões, com maturidade de um ano. No final do prazo, o Estado injeta este valor na TAP, que reembolsa os investidores.

A partir de 2023 não haverá mais dinheiro dos contribuintes na companhia, mas o plano prevê a ida ao mercado para um financiamento com um valor mínimo de 250 milhões de euros.

A Comissão Europeia deu luz verde ao plano de reestruturação da TAP na terça-feira, obrigando, no entanto, a companhia a ceder 18 slots (nove pares de descolagem e aterragem) no aeroporto de Lisboa e a vender as participações na Manutenção & Engenharia Brasil, Cateringpor e Groundforce. Bruxelas aprovou ainda duas novas tranches de compensações pelos prejuízos provocados pela Covid-19, uma de 107,1 milhões de euros e outra de 71,4 milhões, num total de 178,5 milhões.

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