Indústria audiovisual em Portugal perde no mínimo 200 milhões por ano com pirataria

  • Lusa
  • 15 Agosto 2021

"Mais de 400 mil utilizadores deste tipo de pirataria", diz Associação Portuguesa de Defesa de Obras Audiovisuais.

A indústria audiovisual em Portugal “perde, no mínimo, 200 milhões” de euros por ano com a pirataria, afirma, em entrevista à Lusa, o diretor-geral da Fevipe – Associação Portuguesa de Defesa de Obras Audiovisuais, Paulo Santos.

De acordo com o responsável, os números estimados são por baixo, sendo certo que daquele montante o Estado perde o IVA e o IRC sobre os ‘royalties’. Paulo Santos, que também é presidente da MAPiNET, cita um trabalho da consultora britânica MUSO, que demonstra que em Portugal, no ano passado, “registaram-se mais 55 milhões de visitas a ‘websites’ ilegais”, na sequência do confinamento.

“São números perfeitamente arrasadores” e que “representam uma subida de 47% em relação a filmes, por exemplo, e 28% em relação a séries e programas de televisão, estando aqui no meio disto também o ‘streaming’, o futebol, que é algo” que “também tem efeitos muito graves naquilo que é a normal exploração das operadoras que compram os direitos das transmissões desportivas e que têm reflexos enormes”, sublinha.

Atualmente, “diria que com esta atividade e com este crescimento da pirataria, os titulares de direitos, os produtores e os autores, são fortemente lesados, mas também são lesadas as próprias televisões e os operadores de cabo”, aponta.

Isto porque a pirataria também usa a IPTV e muitos julgam estar a “adquirir um serviço perfeitamente legítimo, mas a verdade é que adquirimos através de autênticas organizações (…) uma caixinha” que permite “acessos a dois mil canais de todas as televisões”, exemplifica.

Com isso, “temos acesso a vídeos, a filmes, a tudo e isso é pirataria e esse tipo de pirataria tem estado a prejudicar pela forte massificação que tem neste momento na nossa sociedade, tem estado a prejudicar fortemente as próprias operadores de cabo”, onde também se inclui a Sport TV e a Eleven, “porque são menos assinaturas que se fazem”.

Paulo Santos refere que se está a falar de “mais de 400 mil utilizadores deste tipo de pirataria” e, mais uma vez, são números por baixo. De acordo com o diretor-geral da Fevipe, isto tem consequências nos conteúdos de desporto e na cultura, em geral, porque se os conteúdos são pirateados, vende-se menos publicidade e com menos publicidade há menos dinheiro para investir. Trata-se de um efeito ‘bola de neve’ que também tem impacto na criação de emprego nas indústrias culturais e também na receita fiscal.

“Neste momento, os utilizadores de pirataria – utilizações abusivas por não autorizadas pelos titulares de direitos – não são as classes mais baixas, estamos a falar de classes médias e classes médias altas até em alguns casos“, relata.

Nuns casos, a pirataria é realizada porque querem ver novidades, em outros porque “têm uma atitude de desrespeito pela propriedade intelectual clara, esquecendo-se de que com aquele tipo de atitude amanhã podem estar a prejudicar o emprego de um familiar, porque não é só quem trabalha nos filmes, não é só quem trabalha nas televisões e nas agências de publicidade, é toda uma panóplia de gente que está nisto, e quando falo em ética social é exatamente nesta consciência que as pessoas devem ter”, refere Paulo Santos.

De acordo com o responsável, “há um juízo de censurabilidade muito fraco relativamente a este crime”. As pessoas “têm de perceber de uma vez por todas que isto é crime, que isto tem de ser protegido (…) e mais, não venham com a conversa: ‘ah, é muito caro'” porque “não é”, reforça.

Paulo Santos sublinha que é possível assinar um canal de filmes por sete euros por mês e ver uma “catrefada de filmes e séries”, pelo que “hoje já não é uma questão de preço, já está democratizado”. Ao contrário do que se pensa, acentua, “o crime de pirataria tem muitas vítimas”. Por exemplo, “a pirataria dos jornais tem muitas vítimas, os jornalistas vão deixar de escrever, cada vez mais vamos deixar de ter qualidade também na própria informação porque se tem de apostar em coisas baratas, depois caímos naquilo que é o que se passa nas redes sociais, as ‘fakes news'”, entre outros.

Os filmes e as séries são os conteúdos mais pirateados em Portugal, seguidos do futebol, de acordo com o responsável.

Este tipo de pirataria envolve vários crimes, desde o acesso ilegítimo a sistemas informáticos – neste caso ter acesso a uma operadora de cabo para aceder ao seu sinal para dar a outros –, como o crime de usurpação, como também fraude fiscal, branqueamento de capitais, entre outros.

Além disso, ter uma ‘caixinha’ para aceder de forma ilegal a canais pode também ser porta de entrada para ataques informáticos, refere, desde ‘phishing’, ‘spyware’, entre outros.

“Tem sido o meu objetivo de vida combater a pirataria e se for publicada a lei 706”, que está no parlamento, “penso que atingi aquilo que era o meu objetivo, que era encontrar mecanismos eficientes e céleres e expeditos no combate à pirataria”, sublinha Paulo Santos.

O diploma vem resolver, de uma forma expedita, a pirataria, permitindo que esta seja bloqueada imediatamente através dos IP (Internet Protocol), considera o responsável, que espera que a lei seja aprovada a seguir às férias.

As indústrias culturais representam cerca de 3% do produto interno bruto (PIB).

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Quase todo o interior norte e centro do país em risco máximo de incêndio

  • Lusa
  • 15 Agosto 2021

Período crítico de incêndios dura até final de setembro e, até lá, é proibido fazer queimadas extensivas ou queima de amontoados sem autorização, usar fogareiros ou grelhadores em todo o espaço rural.

Mais de 80 concelhos do país, no interior norte e centro e no Algarve, mantêm-se hoje com risco máximo de incêndio, devido às temperaturas elevadas, alerta o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Vila Real, Bragança, Viseu, Guarda, Covilhã, Castelo Branco, Santarém e Faro são os distritos abrangidos por este alerta de risco máximo de incêndio.

Sob risco muito elevado estão mais de 50 concelhos dos distritos de Viana do Castelo, Braga, Porto, Coimbra, Castelo Branco, Leiria, Santarém, Lisboa, Beja e Faro.

Em risco elevado de incêndio está praticamente todo o Alentejo e grande parte da costa litoral, abrangendo mais de 70 concelhos dos distritos de Viana do Castelo, Braga, Porto, Aveiro, Coimbra, Leiria, Santarém, Lisboa, Portalegre, Évora, Setúbal, Beja e Faro.

O restante território apresenta um risco moderado e reduzido, consoante a região.

O risco de incêndio determinado pelo IPMA tem cinco níveis, que vão de reduzido a máximo. Os cálculos são obtidos a partir da temperatura do ar, humidade relativa, velocidade do vento e quantidade de precipitação nas últimas 24 horas.

O período crítico de incêndios dura até final de setembro e, até lá, é proibido fazer queimadas extensivas ou queima de amontoados sem autorização, usar fogareiros ou grelhadores em todo o espaço rural, e fumar ou fazer qualquer tipo de lume nos espaços florestais.

É proibido ainda lançar balões de mecha acesa ou foguetes ou fazer trabalhos na floresta que possam originar faíscas.

O IPMA colocou hoje sob aviso laranja (o segundo mais grave) por causa do tempo quente os distritos de Castelo Branco, Portalegre, Évora, Beja e Faro.

Sob aviso amarelo estão os distritos de Braga, Vila Real, Bragança, Viseu, Guarda, Santarém, Lisboa e Setúbal. Para hoje, o IPMA prevê em Portugal continental tempo quente com céu geralmente limpo.

As temperaturas máximas vão variar entre os 24º (Aveiro) e os 41º (Évora e Beja) e as mínimas entre os 13º (Porto) e os 24º (Faro).

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Gouveia e Melo recebido por insultos por manifestantes anti-vacinas em Odivelas

  • Lusa
  • 15 Agosto 2021

Responsável da 'task-force' salientou que a "única coisa" que tinha a dizer aos manifestantes era que "o obscurantismo no século XXI continua, há ondas de obscurantismo".

O vice-almirante Gouveia e Melo foi recebido no sábado à noite por algumas dezenas de manifestantes anti-vacinação, que gritavam “assassino”, com o responsável da ‘task-force’ a considerar que “o obscurantismo no século XXI continua”.

O relógio batia as 22:15 quando o vice-almirante entrou pela porta principal do Pavilhão Multiusos de Odivelas, onde estão a ser vacinados jovens de 16 e 17 anos contra a covid-19, por entre protestos do movimento anti-vacinação, cujas palavras de ordem eram bem audíveis mesmo com as portas fechadas.

Questionado pelos jornalistas sobre o que é que os manifestantes lhe tinham dito quando entrou, o vice-almirante afirmou: “Olhe, o que estão a dizer agora, genocídio e assassínio, chamam-me assassino, o que quer que eu lhe diga?”.

O responsável da ‘task-force’ salientou que a “única coisa” que tinha a dizer aos manifestantes era que “o obscurantismo no século XXI continua, há ondas de obscurantismo”.

É claro, disse, que as pessoas “têm direito às suas opiniões”, mas “não têm é o direito a impor a sua opinião aos outros”.

E, quando essa “opinião é imposta já de forma violenta, deixa de ser democracia, portanto têm direito à sua opinião, têm direito a falar uns com os outros, não têm direito a empurrar, não têm direito a condicionar as pessoas e, por isso, é que eu entrei ali pela porta principal”, sublinhou.

Os manifestantes anti-vacinação tinham começado a reunir-se em frente à porta principal do Centro de Vacinação de Odivelas cerca das 21:00. Alguns mascarados com fatos brancos e outros sem máscara e sem cumprirem o distanciamento social, exibiam uma longa faixa que dizia: “As crianças não são cobaias”.

À chegada, o vice-almirante Gouveia e Melo disse que tinham sido vacinados “até agora” – cerca das 22:00 de sábado – “mais de 102 mil jovens”, o que considerou ser um “balanço muito positivo”.

Para domingo, “apelo aos jovens para voltar a comparecer ao processo de vacinação porque a vacina é o elemento mais seguro para passarmos esta fase pandémica”, disse. O responsável da ‘task-force’ visitou o Centro de Vacinação e falou com alguns jovens.

Já na área de recobro, confessou que ver jovens a furar a manifestação “para se virem vacinar” era “dos momentos mais inspiradores” que tinha neste processo de vacinação.

“Ter conversado com jovens que disseram: ‘aqueles senhores andaram a encher-me a cabeça e eu passei pela fila e vim vacinar-me’ enche-me o peito de esperança porque o nosso povo, afinal de contas, tem muito mais sabedoria do que a gente possa pensar”, enfatizou o vice-almirante, enquanto passava “Simply the best” [simplesmente o melhor] de Tina Turner, uma escolha do DJ Jigar Govinde.

Quando Gouveia e Melo foi cumprimentar o DJ, este afirmou: “Esta música é dedicada a si”, arrancado sorrisos ao vice-almirante. Agradecendo o gesto, o responsável da ‘task-force’ ripostou: “Dedique esta música não a mim, mas a todo este grupo que anda aqui a vacinar-se”.

À saída, o vice-almirante saiu por onde entrou, pela porta principal, por entre gritos de manifestantes a chamarem-no de assassino repetidamente, ladeado pela Polícia de Segurança Pública (PSP).

Ainda antes da chegada do vice-almirante, uma das organizadoras do protesto, Ana Desirat, bancária de profissão e politóloga de formação, explicou à Lusa a razão da sua presença no local.

Ana Desirat teceu críticas à comunicação social, à semelhança do que outros elementos presentes já tinham feito, apontando que esta “não tem sido transparente com esta situação toda que se está a passar”.

Os mortos devido à covid-19 “que têm sido apregoados”, disse, não são os verdadeiros, mas “meramente especulativos”.

“Houve um grupo de cidadãos que exigiu uma série de respostas” ao Ministério da Saúde e à Direção-Geral de Saúde, ao qual não foi dada resposta e foi “necessário intervir em termos de tribunal para que” tivessem sido obtidas respostas, relatou.

Questionada porque estavam no Centro de Vacinação de Odivelas, explicou a presença porque a autarquia “vergonhosamente fez uma coisa que se chama crime de coação sobre a juventude” do concelho, que passa pelo facto de ter sido publicado nas redes sociais um ‘post’ em que dizia: “Venham tomar um ‘shot'”.

Este ‘shot’, salientou, “é uma injeção carregada de grafeno que é utilizado só em doenças muito graves e terminais”, o que na sua opinião é errado e induz os jovens em erro, criticando ainda o recurso ao DJ.

“Vamos ficar aqui a protestar até que seja necessário, nem que seja até à uma da manhã”, assegurou Ana Desirat.

“Hoje de manhã fizemos uma ação na Cidade Universitária em que, por acaso, conseguimos que pelo menos seis jovens tenham arrepiado caminho” e não tenham tomado a vacina, contou.

Questionada sobre se já tinham convencido algum jovem em Odivelas a não vacinar-se, cerca das 21:30, a resposta foi perentória: “Aqui não porque chegámos agora, mas temos esperança de conseguir convencer alguém”.

Até cerca das 22:00 de sábado tinham sido vacinadas, na totalidade do Agrupamento de Centros de Saúde de Loures e Odivelas, “cerca de 3.000 pessoas”, afirmou o diretor executivo, António Alexandre.

Já no que respeita a Odivelas, os números andavam “por volta dos 1.600”. Durante o tempo que a Lusa esteve no Centro de Vacinação, a afluência não era muita.

“Tivemos uma quebra, a partir das 18:00, penso que provavelmente por causa dos jogos de futebol” que estavam a decorrer, considerou o diretor executivo do Agrupamento de Centros de Saúde de Loures e Odivelas.

“Penso que isso poderá ter tido alguma influência, mas estamos à espera, já começámos a ter algum movimento, estamos expectantes que isto possa recuperar até à 01:00”, afirmou. A Casa Aberta, para vacinação sem marcação, começou às 22:00.

“O balanço é sempre positivo, estamos a entrar naquela fase que é luta homem a homem, nesta altura todas as vacinas contam como em qualquer processo democrático em que todos os votos contam, nesta altura todas as vacinas contam”, rematou António Alexandre.

“Naturalmente que a nossa expectativa era vacinar quatro mil, cinco mil pessoas, se não chegarmos a isso, depois amanhã [domingo] também é dia”, concluiu.

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Projeto de central solar no Alentejo “em contraciclo” com combate às alterações climáticas

  • Lusa
  • 15 Agosto 2021

PAN está solidário com a população de Cercal do Alentejo, nomeadamente com o movimento criado para contestar a central. Projeto vai afetar “uma região marcada pelo turismo".

A porta-voz do PAN, Inês Sousa Real, criticou hoje a “luz verde” dada à Central Fotovoltaica de Cercal do Alentejo, em Santiago do Cacém (Setúbal), que está “em contraciclo” com o combate às alterações climáticas.

“A autorização que foi concedida para esta central fotovoltaica está, claramente, em contraciclo com aquilo que tem que ser o desígnio de Portugal e do mundo para combater as alterações climáticas e proteger o património natural”, disse.

Em declarações à agência Lusa, após participar numa reunião pública contra a central, a convite do Movimento Juntos pelo Cercal do Alentejo, Inês Sousa Real criticou a “opacidade” e “celeridade” do projeto.

“Basta ver que a audição pública”, no âmbito do Estudo de Impacte Ambiental (EIA), “esteve aberta três dias, o que denota falta de vontade política de ouvir a população e os interesses da população”, acusou.

Segundo a porta-voz do partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN), esta central, que recebeu Declaração de Impacte Ambiental (DIA) favorável, mas condicionada, da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), no final de julho, vai destruir uma vasta área, quer de floresta, quer agrícola”, e afetar a biodiversidade.

Garantindo que o PAN está solidário com a população de Cercal do Alentejo, nomeadamente com o movimento criado para contestar a central, Inês Sousa Real assinalou também que o projeto vai afetar “uma região marcada pelo turismo”, como o de natureza.

“Estar a descaracterizar esta região” com “investimento que não reverte para a população, mas sim para a empresa e interesses económicos por trás de quem vai proceder ao investimento, parece-nos mais política de ‘greenwashing’” e está “em contraciclo com aquilo que é a necessária transição verde, a transição energética”, disse.

Apesar de ser hoje “um imperativo o combate às alterações climáticas” e a transição energética ser “fundamental”, este trabalho não pode ser feito “destruindo outros valores ambientais, nomeadamente vegetação, a cobertura vegetal, desaparecendo com biodiversidade, incluindo espécies sensíveis e com interesse na região”.

Inês Sousa Real defendeu que, numa altura em que foi conhecido o relatório do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), divulgado na segunda-feira, “é de facto particularmente gravoso que o Governo não trave estas iniciativas”.

E “que a APA continue a dar ‘carta verde’, vergonhosamente, a este tipo de instalações, porque estarmos a ter a mesma tutela para a área e ser um ‘braço armado’ do Ministério do Ambiente não está a servir os interesses da proteção ambiental” e “da população”, acrescentou.

O PAN prometeu “legislar” sobre esta matéria, acautelando que exista “uma Avaliação de Impacte Ambiental para estas centrais fotovoltaicas feita com critérios adequados”, e também “fazer pressão junto do Governo para que oiça a população”.

O projeto da central, promovido pela empresa Cercal Power, S.A, do grupo Aquila Capital, tem um investimento global previsto de 164,2 milhões de euros e uma área de implantação de cerca de 816 hectares, embora a ocupação seja de 320 hectares (40% da área), onde serão instalados 553.800 painéis fotovoltaicos.

O Movimento Juntos pelo Cercal do Alentejo já admitiu poder vir a recorrer aos tribunais para procurar impedir o avanço do investimento.

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Fjällräven torna as mochilas sustentáveis. São feitas à base de madeira

Chama-se Tree-Kanken e é feita com um novo tecido à base de madeira proveniente de florestas certificadas nos arredores de Örnsköldsvik, cidade natal da Fjällräven no norte da Suécia.

A icónica mochila Kanken, da marca sueca Fjällräven foi lançada em 1978 e passado mais de quatro décadas continua a ser um dos produtos mais vendidos da marca. A inspiração é do passado, mas a aposta em materiais sustentáveis são o futuro. E com base nesta premissa, a Fjällräven vai lançar na segunda-feira, a nível mundial, uma versão inovadora da mochila Kanken. Chama-se Tree-Kanken e é feita com um novo tecido à base de madeira proveniente de florestas certificadas nos arredores de Örnsköldsvik, cidade natal da Fjällräven no norte da Suécia, e nunca de florestas virgens.

“Este novo tecido é uma forma de tentar proteger o futuro e mais um passo no constante desafio da marca em encolher a sua pegada ambiental”, explica a Fjällräven em comunicado. A marca sueca, fundada em 1960, realça que tem uma “forte ligação à natureza e uma constante preocupação em encontrar formas mais sustentáveis de criar produtos duráveis, funcionais e intemporais”.

O tecido principal e o forro da Tree-Kånken são feitos com o novo material Pine Weave da Fjällräven. Trata-se de um tecido à base de madeira, desenvolvido exclusivamente pela Fjällräven, que é produzido a partir de fibras de filamentos e otimizado para proporcionar uma robustez e funcionalidade extra.

Este novo tecido é uma forma de tentar proteger o futuro e mais um passo no constante desafio da marca em encolher a sua pegada ambiental”

Fjällräven

Segundo a responsável pelo desenvolvimento de produto, Johanna Mollberg, “as aparas de madeira são cozidas até se transformarem numa massa de celulose. Depois disso, a massa é utilizada no processo do liocel, que é uma espécie de técnica de fiação em solvente. A polpa de celulose dissolvida é empurrada através de fieiras. Por fim, é lavada, seca e fiada”.

A indústria têxtil é classificada como uma das mais poluentes do mundo e este ano, a Humanidade já esgotou mais uma vez os recursos biológicos e naturais do planeta Terra e já estamos a viver em défice ecológico. Perante a realidade, a marca sueca quer caminhar em direção à sustentabilidade e reduzir a sua pegada ecológica.

Desde o início do milénio a produção de vestuário duplicou e quem sofre é o ambiente

As pessoas vestem-se de acordo com as tendências da moda e as peças e acessórios acabam ou no lixo ou acumuladas no guarda-vestidos. De acordo com dados da Fjallraven, o mundo consome 80 mil milhões de peças de vestuário todos os anos. É 400% mais que há 20 anos.

Na década de 1930, as mulheres possuíam cerca de nove conjuntos de roupa. Atualmente, têm pelo menos 30. E estes gastos em peças de vestuário aumentaram rapidamente desde o início do milénio. Entre 2000 e 2014, a produção de vestuário duplicou e os consumidores compraram, em média, 60% mais peças anualmente.

Com este consumo desenfreado, existe, cada vez mais, uma necessidade por parte das marcas em apostar em materiais amigos do ambiente. Para além da premissa de materiais ecos friendly, a Fjallraven defende que os “produtos devem durar” e que os “materiais devem ser escolhidos em função da sua capacidade de resistir aos rigores do caminho e da vida”. “Os produtos têm de ser fisicamente resistentes para suportar anos de uso, mas também têm de ser intemporais para evitar que se tornem antiquado”, realça a marca sueca.

Há uma década, foram encontrados perfluorocarbonetos (pfc) em pinguins na Antártida e em ursos polares no Ártico. Embora os efeitos a longo prazo fossem desconhecidos, havia sugestões de que afetava o sistema imunitário e hormonal. Isto bastou para a Fjällräven, que decidiu banir os pfc de todos os seus produtos. Em 2015, a Fjällräven já tinha retirado a impregnação com pfc de todos os seus produtos existentes.

Há uma enorme quantidade de resíduos na indústria do vestuário. De acordo com a ONU, o conteúdo de um camião de lixo com têxteis é queimado ou despejado num aterro a cada segundo, de acordo com a Fashion Revolution. “Estima-se que os resíduos de têxteis aumentem cerca de 60% entre 2015 e 2030, com mais 57 milhões de toneladas de resíduos a serem gerados anualmente, atingindo um total de 148 milhões de toneladas por ano”.

Para contrair esta tendência, a Fjällräven tem vindo a incorporar cada vez mais produtos reciclados na sua gama de tecidos, desde o poliéster reciclado à lã reciclada.

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Milhares de franceses protestam contra “ditadura” do certificado Covid

  • Lusa
  • 14 Agosto 2021

Governo estendeu o uso do passe a empresas com mais de 20.000 metros quadrados (m2), em zonas com uma taxa de incidência superior a 200 casos semanais por 100.000 habitantes.

Dezenas de milhares de franceses protestaram hoje, pela quinta semana consecutiva, em várias cidades, contra as restrições impostas para conter a pandemia, sobretudo, contra a “ditadura” do certificado de saúde.

“É uma espécie de ditadura”, reclamaram vários manifestantes em cidades como Paris, Marselha, Lyon Nantes ou Montepellier. O certificado de saúde consiste num código, emitido pelas autoridades, que garante a entrada em hospitais, cinemas, museus, comboios e alguns espaços públicos. Este documento é atribuído quando uma pessoa completou a vacinação contra a covid-19, apresenta um teste de antígeno ou PCR negativo com 72 horas de validade ou já está curada da doença.

“Estou a lutar contra esta ditadura em que a França, o país das liberdades, se tornou”, afirmou um dos líderes dos protesto que partiu da Praça da Bolsa (Paris), Carlo Alberto Bursa.

Além deste, verificaram-se mais duas manifestações só na capital francesa – uma promovida pelo partido de extrema-direita “Os Patriotas” e outra pelo movimento “Coletes Amarelos”. Nos protestos que, até ao momento não tiveram incidentes, registaram-se palavras de ordem contra a política do Presidente Emmanuel Macron.

Espaços comerciais recorrem da medida

As Galerias Lafayette, Printemps, BHV, Le Bom Marche e la Samaritaine foram alguns dos espaços abrangidos pela introdução do certificado sanitário como medida de controlo, a partir de segunda-feira. Os centros comerciais parisienses Italie 2, Centre Beaugrenelle e Vill’up bem como o centro comercial Aéroville perto do aeroporto Roissy-Charles-de-Gaulle, vão também recorrer a esta medida. O documento terá ainda que ser apresentado nos três aeroportos de Paris – Roissy, Orly e Le Bourget.

Na quarta-feira, o Governo estendeu o uso do passe a empresas com mais de 20.000 metros quadrados (m2), em zonas com uma taxa de incidência superior a 200 casos semanais por 100.000 habitantes. No total, são mais de 104 os centros e lojas afetados por esta decisão, segundo uma contagem da Agência France Presse (AFP).

A covid-19 provocou pelo menos 4.333.013 mortes em todo o mundo, entre mais de 205,3 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da AFP, divulgado na sexta-feira.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil ou Peru.

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📹 Quanto é que os partidos gastam nas autárquicas? Perguntou ao Google, nós respondemos

No conjunto, partidos têm nos planos gastar 31 milhões de euros na campanha para as autárquicas deste ano. PS tem maior orçamento, que supera os 11 milhões de euros.

Os partidos estão a planear investir, no seu conjunto, 31 milhões de euros na campanha eleitoral para as eleições autárquicas, que se vão realizar a 26 de setembro deste ano. Ainda que seja um valor expressivo, é menos quatro milhões do que os partidos decidiram investir na campanha para as autárquicas de 2017.

O PS lidera a lista, voltando a apresentar o orçamento mais elevado. Os socialistas contam gastar 11,43 milhões de euros nas eleições de setembro. Segue-se o PSD, que prevê gastar, no total, mais de nove milhões de euros. O “pódio” fica completo com a CDU, que junta o PCP e os Verdes, que tem nos planos gastar 5,39 milhões de euros nas campanhas autárquicas.

Veja aqui quanto é que os partidos com assento parlamentar estão a planear gastar nas autárquicas:

http://videos.sapo.pt/pZiOpJ14477Goapl3NRm

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500 mil vacinas Covid-19 seguem para PALOP e Timor-Leste

  • Lusa
  • 14 Agosto 2021

Portugal celebrou um protocolo que já permitiu o envio de “mais de 200 mil vacinas”, disse Gouveia de Melo. Deveria haver uma “concertação a nível internacional”, para ajudar países mais necessitados.

A ‘task-force’ garantiu hoje que “não serão desperdiçadas” as 500 mil vacinas contra a covid-19 que expiram em outubro, estando programada a doação a outros países, tal como já aconteceu com mais de 200 mil doses.

“Não serão desperdiçadas vacinas nenhumas”, garantiu hoje o vice-almirante Gouveia e Melo à margem da visita ao Centro de Vacinação de Loures, onde hoje começaram a ser vacinados alguns dos mais de 160 mil jovens de 16 e 17 anos que se inscreveram para este fim de semana.

Em causa está a proximidade do fim da validade de cerca de 500 mil vacinas da Astrazeneca que o responsável da ‘task-force’ explicou que vão seguir em breve para Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) e para Timor-Leste: “Estamos a fazer a doação para que as vacinas sejam úteis a outros povos”, tais como Angola, Moçambique, Cabo Verde ou Timor-Leste.

Portugal celebrou um protocolo que já permitiu o envio de “mais de 200 mil vacinas”, disse Gouveia de Melo, defendendo que deveria haver uma “concertação a nível internacional”, para que os países mais ricos pudessem ajudar os mais necessitados.

“Temos de decidir – e não apenas no nosso país, mas nos países mais avançados e com mais capacidade económica – se pudemos ajudar os outros países com menos capacidade económica, porque o mundo bem precisa de solidariedade”, defendeu.

O responsável pelo processo de vacinação em Portugal disse não gostar de “desperdiçar uma única vacina”, admitindo que num processo logístico que envolve “milhões de doses” é normal perderem-se algumas: “Parte-se um frasco, ou há uma degradação da cadeia de frio”.

Até ao momento, segundo números do vice-almirante, perderam-se pouco mais de 20 mil vacinas, o que é “estatisticamente bastante razoável” quando comparado com outros países.

“Claro que não fico contente por termos perdido vacinas, eu queria ter perdido zero”, admitiu, recordando que a pandemia de covid-19 obrigou a montar cerca de 300 centros de vacinação um pouco por todo o país para dar resposta ao programa de vacinação.

Os dados mais recentes mostram que 63,84% dos portugueses estão completamente vacinados contra a covid-19 e mais de 70% recebeu pelo menos uma dose.

Este fim de semana chegou a vez dos adolescentes de 16 e 17 anos: Dos cerca de 200 mil jovens, inscreveram-se cerca de 160 mil, sendo que os centros de vacinação estão abertos para receber os restantes.

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(NOT) A Silly Season com o chairman da Central de Cervejas

Já reparou que mesmo em agosto o mercado não parou? Há movimentações, mudanças, novos desafios que um conjunto de convidados partilham connosco nestas conversas que de "silly" têm pouco.

Já não há propriamente uma “silly season”, muito menos quando pela frente há novos desafios e um futuro com novas responsabilidades. Nuno Pinto de Magalhães, novo chairman da Sociedade Central de Cervejas, está este agosto, entre férias e trabalho, e nesta primeira (NOT) A Silly Season, uma conversa de verão e sem guião, conta-nos como se está a preparar entre leituras e séries que recomenda para quem — tal como ele — vive um verão já a pensar nos novos projetos da rentrée.

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Governo alarga a residentes no estrangeiro programa de apoio à mobilidade para o interior

  • Lusa
  • 14 Agosto 2021

“Com este alargamento, damos um importante passo para o posicionamento internacional de Portugal como um destino a partir do qual se pode trabalhar para qualquer ponto do mundo”, diz Governo.

As pessoas residentes em países estrangeiros que decidam mudar-se para o interior de Portugal para trabalhar, vão poder aceder à medida Emprego Interior MAIS – Mobilidade Apoiada, anunciou hoje o Governo. Ao abrigo desta medida, “é atribuído um apoio financeiro direto de até 4.827 euros a quem se muda do litoral para o interior de Portugal para trabalhar”.

“No caso dos cidadãos residentes em países estrangeiros, a mudança passará a poder ser feita diretamente do exterior para estes territórios do interior”, lê-se no comunicado enviado pelo Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social (MTSSS).

Citada na nota, a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, diz ser “fundamental criar condições para fixar jovens no interior”.

“Com este alargamento, damos um importante passo para o posicionamento internacional de Portugal como um destino a partir do qual se pode trabalhar para qualquer ponto do mundo”, refere a governante.

Também citada no comunicado, a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, assinala que a pandemia de covid-19 “mostrou a muitos cidadãos e empresas que, trabalhando a partir do Interior, se consegue maior qualidade de vida e uma mais fácil conjugação entre vida familiar e vida profissional”.

“Alargar estes apoios a cidadãos estrangeiros é mais uma forma de contribuir para a atratividade e competitividade destes territórios”, argumenta.

Números do programa

No texto, o MTSSS recorda que a medida Emprego Interior MAIS – Mobilidade Apoiada está disponível há cerca de um ano, desde agosto de 2020, tendo sido já recebidas 560 candidaturas, “que correspondem a 980 pessoas (incluindo os elementos do agregado familiar dos candidatos)”.

Segundo os dados hoje divulgados, “a maior parte das candidaturas” – dois terços do total, 66% – está associada a processos de mobilidade com origem nos distritos de Lisboa (38%), Porto (17%) e Setúbal (11%).

Os distritos de destino, são, de acordo com a mesma informação, Castelo Branco (20%), Évora (9%), Guarda (9%), Bragança (8%) e Portalegre (8%).

Outros dados revelam que mais de dois terços (68%) dos candidatos ao programa de apoio “mudaram-se para o interior para trabalhar por conta de outrem, 26% criaram o seu próprio emprego e 6% criaram empresas”.

“Os distritos de destino com maior proporção de candidatos que criaram o próprio emprego são Braga (43%), Bragança (37%), Vila Real (32%) e Viseu (32%). Já os distritos de destino com maior criação de empresas são Aveiro (33%), Setúbal (19%), Faro (15%) e Viana do Castelo (13%)”, assinala o Governo.

Ainda segundo a nota, a maioria dos candidatos com processos aprovados (52%) “tem menos de 34 anos” e, no total, 63% dos candidatos com processo de mobilidade para o interior têm o ensino superior.

Sobre o apoio financeiro, o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social frisa que, no total, “o apoio pode ascender a 4.827 euros”.

“O apoio financeiro direto a conceder a quem se mudar para o interior é de 2.633 euros, a que acresce uma majoração de 20% por cada elemento do agregado familiar (até ao limite de 1.316 euros). É ainda comparticipado o custo de transportes de bens, até ao limite de 878 euros”, sustenta.

De acordo com o Governo, a medida Emprego Interior MAIS – que tem financiamento assegurado por fundos europeus – integra o programa Trabalhar no Interior, “que é dinamizado por várias áreas governativas e coordenado pela área da Coesão Territorial”.

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1.000.000: Portugal chega à marca de um milhão de infetados com covid-19

Cerca de 17 meses depois de a pandemia ter chegado a Portugal, já se somam mais de um milhão de casos acumulados. Maioria está registada em Lisboa e Vale do Tejo.

Foi a 2 de março do ano passado que o país começou a contagem dos infetados com coronavírus, com o aparecimento dos dois primeiros casos. Hoje, mais de 17 meses depois, a pandemia já provocou mais de um milhão de infetados em Portugal, mostram os dados atualizados da Direção-Geral de Saúde (DGS), referentes a este sábado.

Os números são claros. O número de infetados com o novo coronavírus tem vindo a subir e, desde que a doença apareceu no país, os casos acumulados continuaram a ser cada vez mais. Este sábado, Portugal ultrapassou mesmo a barreira do milhão de infeções, totalizando 1.001.118, depois de somados mais 2571 casos confirmados.

Mas este patamar foi alcançado bastante mais tarde do que certos países, como por exemplo a Itália, que chegou ao milhão de infetados em novembro do ano passado, ou o Reino Unido e a Espanha em outubro. Ou seja, a evolução da pandemia em território nacional tem sido mais lenta.

Numa análise por regiões, Lisboa e Vale do Tejo é aquela que concentra o maior número de casos acumulados até ao momento (390 890). O Norte começou por ser a zona mais problemática no início, mas a situação acabou por melhorar ligeiramente e é agora a segunda região com mais casos (386 354), de acordo com o boletim deste sábado da DGS.

No que toca ao número de mortes, Portugal acumula este sábado 12 vítimas mortais provocadas pela doença. Lisboa e Vale do Tejo continua a destacar-se pelos piores motivos, com 7 509 mortes acumuladas, à frente do Norte com 5 465.

Apesar deste acumulado, o número de novos casos diários tem vindo a diminuir — a média dos últimos dias tem andando na casa dos 2.000 casos –, à medida que o processo de vacinação avança. Em julho conseguiu-se alcançar a meta de 70% da população adulta vacinada com a primeira dose, sendo que o calendário da task-force prevê que, entre 5 e 12 de setembro, 70% da população já tenha as duas doses, enquanto 85% deverá ter a primeira.

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Covid-19: ASAE fiscalizou 49 estabelecimentos no Bairro Alto e instaurou oito processos

  • Lusa
  • 14 Agosto 2021

Fiscalização aos 49 operadores económicos resultaram oito processos de contraordenação “relacionados com incumprimento das regras estabelecidas em contexto de pandemia.

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) instaurou oito processos de contraordenação, na noite de sexta-feira, numa operação em 49 estabelecimentos de restauração e bebidas no Bairro Alto, em Lisboa, anunciou esta entidade.

Em comunicado enviado à agência Lusa, a ASAE explica que a ação de fiscalização, realizada em colaboração com a Polícia Municipal de Lisboa, teve como principal objetivo “fiscalizar o cumprimento das regras aplicáveis no atual contexto da pandemia” de covid-19, “pretendendo ser um impulsionador para que as regras estabelecidas no plano de desconfinamento sejam cumpridas”.

Da fiscalização aos 49 operadores económicos resultaram oito processos de contraordenação “relacionados com incumprimento das regras estabelecidas em contexto de pandemia, por falta de observância das regras de ocupação, de lotação, de permanência e distanciamento físico”, adianta a nota.

O comunicado acrescenta que foi ainda verificado o cumprimento da posse de certificado digital covid-19 ou teste negativo ao coronavírus SARS-CoV-2 a 133 clientes, “não tendo sido detetadas irregularidades”.

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