Dona do Teatro Tivoli compra edifício junto à Avenida da Liberdade por 6,8 milhões

Produtora UAU, dona do Teatro Tivoli BBVA, pagou 6,8 milhões de euros por um edifício de 2.000 metros quadrados junto à Avenida da Liberdade.

A Hipoges vendeu um edifício junto à Avenida da Liberdade por 6,8 milhões de euros, anunciou a empresa esta quarta-feira. O comprador não foi revelado, mas o ECO sabe que se trata da produtora UAU, dona do Teatro Tivoli BBVA.

É no número 15 da rua Rodrigues Sampaio, numa paralela à Avenida da Liberdade, em Lisboa, que está este edifício com cerca de 2.000 metros quadrados, espalhados por seis pisos acima do solo. O imóvel é constituído por 13 frações – 11 habitações/serviços e duas lojas no rés-do-chão.

Rodrigues Sampaio 15 foi vendido pela Hipoges.D.R.

De acordo com o comunicado da Hipoges, o imóvel foi vendido a um “promotor nacional” cujo objetivo é “desenvolver um projeto de reabilitação futuramente”. Contudo, o ECO sabe que se trata da produtora UAU, dona do Teatro Tivoli BBVA.

“Este ativo é muito atraente para vários tipos de compradores e investidores”, diz o diretor de Real Estate da Hipoges em Portugal, Luís Silveira, citado em comunicado. Esta venda “consolida novamente a posição do grupo na área do Real Estate e na gestão com sucesso de grandes ativos”.

A Hipoges refere que já foi “assegurado” junto da Câmara de Lisboa um “estudo, já aprovado, do projeto que contempla o aumento da área de construção“, de forma a aumentar a “valorização do imóvel”.

Esta operação soma-se, assim, à venda da “Projeto Liberty”, em setembro, por mais de dez milhões de euros. A Hipoges fecha 2022 “em grande”, com dois edifícios vendidos em Lisboa, ultrapassando os 47 mil milhões de euros em ativos sob gestão.

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Sonae lança OPA para retirar Sonaecom da bolsa

Cláudia Azevedo pretende retirar de bolsa a terceira empresa do grupo em três anos. Para isso, a Sonae compromete-se a pagar 2,5 euros por ação da Sonaecom, 25% superior à cotação de terça-feira.

A Sonae SON 0,65% pretende retirar a Sonaecom da bolsa nacional. Para isso, o grupo controlado pela família Azevedo anunciou esta quarta-feira uma Operação Pública de Aquisição (OPA) no valor de 2,5 euros por ação sobre 11,6% do capital que a Sonae não controla, refere a empresa num comunicado enviado à CMVM.

“A contrapartida oferecida é de 2,50 euros por ação, o que constitui um prémio de 25% face à cotação de ontem e de 32,6% face à média ponderada dos últimos seis meses”, refere a Sonae em comunicado, adiantando que o pagamento será feito em numerário.

Caso a OPA seja confirmada pela CMVM e depois aceite pelos acionistas, a Sonae terá de desembolsar cerca de 90 milhões de euros para passar a controlar a totalidade do capital da Sonaecom.

De acordo com a estrutura acionista da tecnológica, a família Azevedo detém 88,36% do capital da Sonaecom, através da Sonae SGPS e da sociedade holandesa Sontel.

A estrutura acionista da Sonaecom conta ainda com os norte-americanos da Discerene como acionista qualificado, que desde 19 de julho de 2019 deteem 2,79% do capital da empresa.

No caso de a OPA permitir ultrapassar uma participação de 90% dos direitos de voto, a Sonae revela que “recorrerá ao mecanismo de aquisição potestativa, resultando na exclusão da negociação das ações em mercado.”

Segundo a empresa liderada por Cláudia Azevedo, o objetivo da OPA passa por permitir “o controlo exclusivo” da Sonaecom pela Sonae e “permitirá uma maior eficiência e flexibilidade na gestão operacional dos negócios detidos pela Sonaecom e a exploração de novas oportunidades de desenvolvimento do seu portefólio”, refere a empresa em comunicado.

O anúncio de OPA surge após esta quarta-feira, às 13h27, a CMVM ter suspendido as ações da Sonaecom, numa altura em que os títulos subiam 3,5% e o volume de negociação situava-se bem acima dos valores médios registados nas últimas sessões.

Longo historial de saídas de empresas Sonae da Bolsa

A Sonaecom é liderada por Ângelo Paupério e está listada na bolsa nacional desde 31 de maio de 2000. No entanto, desde fevereiro de 2014 (após a OPA lançada pela Sonae no âmbito da fusão entre a Zon e a Optimus) que não faz parte do principal índice acionista da Euronext Lisboa (PSI).

Atualmente, a tecnológica gera mais de 70% do seu negócio além-fronteiras, maioritariamente através da prestação de serviços informáticos, além de ser dona do Público e deter uma participação de 26,07% do capital da NOS.

Não é a primeira vez que a família Azevedo retira uma das suas empresas do mercado de capitais. A última vez que isso ocorreu foi no ano passado com a Sonae Indústria.

Nessa altura, após a Efanor (holding da família) deter mais de 90% da empresa e deliberado a 28 de junho, em assembleia-geral, a intenção de adquirir a totalidade do capital da empresa, retirou a Sonae Indústria de bolsa.

No ano anterior, em 2020, foi a vez da Sonae Capital sair de bolsa. Em outubro, na sequência de uma OPA voluntária lançada pela Efanor depois de controlar mais de 90% da empresa, a Sonae Capital despediu-se da Euronext Lisboa.

A Sonaecom será assim a terceira empresa da família Sonae que Cláudia Azevedo retira de Bolsa, desde que assumiu a liderança da empresa em julho de 2018.

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Gás cai 9% para menos de 100 euros por MWh

  • Lusa
  • 21 Dezembro 2022

O preço do gás natural está há quatro sessões a negociar em baixa, acumulando uma descida de 27,6%.

O preço do gás natural TTF para entrega em janeiro caiu esta quarta-feira 9,03% e encerrou em 97,25 euros por Megawatt-hora (MWh), um preço que não era registado desde o passado dia 11 de novembro. O preço do gás natural está há quatro sessões a negociar em baixa, acumulando uma descida de 27,6%.

Na sessão desta quarta, oscilou entre um máximo de 99,75 euros por MWh e um mínimo de 96,3 euros. Na terça-feira, tinha encerrado a valer 106,9 euros. No passado dia 11 de novembro, o último dia em que tinha encerrado abaixo de 100 euros por MWh, o gás natural tinha ficado em 97,5 euros, segundo a agência Efe.

Os ministros da Energia da União Europeia (UE) alcançaram na segunda-feira em Bruxelas um acordo para estabelecer um limite máximo para o preço do gás importado, de 180 euros por MWh.

O compromisso em torno do mecanismo de correção do mercado do gás, para o qual era necessária uma maioria qualificada, foi alcançado ao fim de várias semanas de negociações com o voto contra da Hungria e as abstenções de Países Baixos e Áustria, tendo todos os restantes Estados-membros votado a favor, indicaram fontes europeias.

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Primeira-ministra da Sérvia adverte que Kosovo está “à beira de um conflito armado”

  • Lusa
  • 21 Dezembro 2022

Os sérvios do norte do Kosovo prosseguem os protestos e continuam a erguer barricadas num crescente aumento da tensão, após a prisão de um antigo polícia sérvio.

A primeira-ministra da Sérvia, Ana Brnabic, advertiu esta quarta-feira que a situação no Kosovo “está à beira do conflito armado”, numa altura em que os sérvios locais prosseguem os protestos e continuam a erguer barricadas num crescente aumento da tensão.

Devemos fazer o nosso melhor, todos juntos, para tentar preservar a paz. Estamos efetivamente à beira de um conflito armado devido às medidas unilaterais de Pristina”, indicou Branabic durante uma conferência de imprensa em Belgrado com diversas organizações não-governamentais (ONG) sérvias.

Centenas de sérvios do norte do Kosovo prosseguem o corte de estradas, incluindo com veículos pesados, num protesto iniciado em 10 de dezembro após a prisão de um antigo polícia sérvio e que impede a circulação em direção a dois postos fronteiriços com a Sérvia.

Algumas horas após a instalação das barricadas, a polícia kosovar denunciou um ataque com armas de fogo, mas sem provocar feridos. A polícia da União Europeia (UE), deslocada na região no âmbito da missão Eulex, foi alvo de uma granada ensurdecedora, também sem registo de feridos.

As últimas tensões centram-se em particular no norte do Kosovo, onde se concentram mais de um terço dos cerca de 150.000 sérvios kosovares, e quando Pristina anunciou a intenção de organizar eleições nos municípios de maioria sérvia, após a demissão de todos os eleitos e polícias sérvios da região. As autoridades de Pristina decidiram adiar o escrutínio para abril de 2023.

A força de manutenção de paz no Kosovo (Kfor), liderada pela NATO, reforçou a presença no norte ao enviar tropas e patrulhas suplementares, revelou na sexta-feira o general italiano Angelo Michele Ristuccia, comandante desta força, através de uma declaração divulgada pela Aliança. Na declaração, assegura-se que a Kfor dispõe de “todas as capacidades, incluindo em termos de pessoal, para assegurar um ambiente de segurança e a liberdade de movimento de todas as comunidades, em todo o Kosovo”.

Ainda na sexta-feira, a Sérvia pediu à Kfor autorização para enviar militares e polícias para o norte do Kosovo, mas ainda sem receber qualquer resposta. O Presidente sérvio, Aleksandar Vucic, já sublinhou ser “quase certo” que este pedido “não será aceite”.

Belgrado nunca reconheceu a secessão unilateral da sua ex-província do sul, autoproclamada em 2008 na sequência de uma guerra iniciada por uma rebelião armada albanesa em 1997 que provocou 13.000 mortos, na maioria albaneses, e motivou uma intervenção militar da NATO contra a Sérvia em 1999, à revelia da ONU.

Desde então, a região tem registado conflitos esporádicos entre as duas principais comunidades locais, num país com um terço da superfície do Alentejo e cerca de 1,8 milhões de habitantes, na larga maioria de etnia albanesa e religião muçulmana.

O Kosovo independente, cujo Governo pretende impor a sua autoridade em todo o território, foi reconhecido por cerca de 100 países, incluindo os Estados Unidos, que mantêm forte influência sobre a liderança kosovar, e a maioria dos Estados-membros da UE, à exceção da Espanha, Roménia, Grécia, Eslováquia e Chipre.

Na terça-feira, o Governo espanhol assegurou que o país não apoiará a candidatura do Kosovo de adesão à União europeia (UE), pelo facto de não ter legitimado a secessão da ex-província sérvia. A Sérvia continua a considerar o Kosovo como parte integrante do seu território e Belgrado beneficia do apoio da Rússia e da China, que à semelhança de dezenas de outros países (incluindo Índia, Brasil ou África do Sul) também não reconheceram a independência do Kosovo.

Belgrado e os sérvios kosovares também acusam Pristina de bloquear sistematicamente a formação de uma associação de municípios sérvios, prevista nos acordos entre as duas partes assinados em 2013 e mediados pela UE, que permitiria um assinalável grau de autonomia a esta comunidade.

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Só as famílias mais carenciadas estão a perder poder de compra

O Banco de Portugal estima que as famílias portuguesas vão registar um aumento do seu poder de compra até 2023. Sorte diferente têm as famílias mais carenciadas que vão perder 1,6% da sua riqueza.

O custo de vida está a aumentar significativamente desde desde o início do ano. Porém, não afeta da mesma forma e com o mesmo impacto todas as famílias, assinala o Banco de Portugal no Boletim Económico de dezembro. E apesar de as famílias com rendimentos mais baixos serem as que registam um maior aumento percentual do seu rendimento disponível em 2022 e 2023, são as únicas que perdem poder de compra neste período.

As últimas previsões do banco central apontam para uma contínua subida dos preços da generalidade dos produtos no próximo ano, com a taxa de inflação média a situar-se nos 5,3% depois de fechar este ano nos 8,1%.

No mesmo sentido seguirão as taxas de juro: se hoje a Euribor a 3 meses está nos 2%, os contratos de futuros apontam para uma taxa perto dos 3% em julho. Num crédito à habitação a 30 anos indexado à taxa Euribor a 3 meses com um spread de 1%, esta situação traduz-se num aumento da prestação de 57 euros por cada 100 mil euros de financiamento.

Estas situações levam o Banco de Portugal a reconhecer que “a subida da inflação e das taxas de juro aumentam a pressão sobre os orçamentos das famílias.” No entanto, no Boletim Económico de dezembro, o banco central liderado por Mário Centeno refere que “estes choques têm impactos diferenciados nas famílias, em função das suas características socioeconómicas.”

Neste contexto, apesar de as famílias com rendimentos mais baixos (inferior a 26 mil euros por ano) e com créditos bancários à taxa variável (sobretudo com crédito à habitação) serem as que registam um maior aumento percentual do seu rendimento disponível em 2022 e 2023 (cerca de 7,5% ao ano face a 5,7% da média das famílias), são as únicas que perdem poder de compra neste período.

Segundo cálculos do Banco de Portugal, o poder de compra (rendimento disponível menos o agregado de despesas em bens alimentares e energéticos e prestações com créditos) das famílias mais carenciadas vai registar uma queda média de 1,6% por ano entre 2022 e 2023, que compara com um aumento de 1% do poder de compra das famílias portuguesas.

“Os resultados do exercício sugerem que a generalidade das famílias consegue manter um volume de consumo de bens essenciais igual ao de 2021 e satisfazer o serviço da dívida a partir do rendimento corrente, sem pôr em causa outro tipo de despesas”, refere o Banco de Portugal no boletim Económico de dezembro.

Pressão sobre o poder de compra das famílias

Fonte: Banco de Portugal.

O principal motivo de corrosão do poder de compra das famílias é a subida do preço da generalidade dos produtos: os cálculos dos técnicos do banco central apontam para que as famílias com menos de 26 mil euros de rendimento por ano tenham de acomodar no seu orçamento familiar uma taxa de inflação média anual de 6,8% (entre 2022 e 2023), que compara com uma taxa de inflação média das famílias portuguesas de 3,5% neste período.

A somar ao aumento do custo do cabaz alimentar e energético é ainda preciso contabilizar a subida das taxas de juro, que consome, em média, mais 2,3% por ano do rendimento dos agregados familiares mais carenciados, 1,6 vezes acima do que sucede com a média das famílias portuguesas.

Isto significa que, o aumento esperado do rendimento entre 2022 e 2023 para as famílias mais carenciadas não cobre o aumento do preço das despesas de bens essenciais e o aumento das prestações com créditos bancários.

“Ainda assim, o valor da diferença é reduzido, não ultrapassando 20% do valor global de que as famílias terão beneficiado, em média, com as moratórias e a taxa de esforço média destas famílias mantém-se abaixo de 25%, com um aumento em 2023 face a 2021 de 1,7 pontos percentuais”, conclui o Banco de Portugal no Boletim de dezembro.

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Contrato para ampliação do hospital de Setúbal já foi assinado

  • Lusa
  • 21 Dezembro 2022

O contrato da obra de ampliação do Hospital de São Bernardo, orçado em 27 milhões de euros "vai melhorar muito as condições de atendimento nas urgências", disse o ministro.

O contrato para a obra de ampliação do Hospital de São Bernardo, em Setúbal, no valor de 27 milhões de euros, já foi assinado, anunciou esta quarta-feira o ministro da Saúde. Manuel Pizarro falava aos jornalistas no município da Moita, onde também deixou a garantia de financiamento para a construção do novo centro de saúde da Baixa da Banheira, neste concelho do distrito de Setúbal.

“Se é verdade que hoje anunciámos um investimento para completar a obra que vai servir 30 mil utentes, ontem anunciei aos presidentes de câmara [Setúbal, Palmela e Sesimbra] que já está assinado o contrato da obra de ampliação do Hospital de São Bernardo, uma obra de 27 milhões de euros que vai melhorar muito as condições de atendimento nas urgências”, disse.

O governante não indicou um prazo para a conclusão da empreitada. “Estas obras vão demorar o seu tempo a ser executadas e espero que seja no menos tempo possível”, afirmou.

Na terça-feira, o ministro da Saúde teve uma reunião com os três autarcas para anunciar uma proposta para as urgências de Ginecologia e Obstetrícia dos hospitais de Setúbal, Almada e Barreiro, para evitar maiores constrangimentos devido à falta de pessoal. As urgências destas especialidades nos hospitais de Setúbal e do Barreiro vão funcionar alternadamente aos fins de semana e durante o Natal e Ano Novo, enquanto o hospital de Almada (Garcia de Orta) manterá este serviço aberto.

Em 04 de outubro de 2021, o Governo tinha anunciado o recrutamento de 10 médicos de diferentes especialidades para o Centro Hospitalar de Setúbal e o lançamento do concurso internacional para as obras de ampliação, referindo que a obra estaria terminada em 2023. O anúncio em 2021 surgiu na sequência da demissão do diretor clínico, que justificou a decisão com a falta de condições do hospital.

O Centro Hospitalar de Setúbal abrange cerca de 250 mil habitantes dos concelhos de Setúbal, Sesimbra e Palmela, e dá ainda resposta a utentes oriundos de concelhos do Litoral Alentejano.

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Biden diz a Zelensky que “nunca ficará só”

  • Mariana Marques Tiago e Lusa
  • 21 Dezembro 2022

O presidente dos EUA, ao lado do homólogo ucraniano, disse que sabia que o "Putin não tinha qualquer intenção de terminar esta guerra".

Joe Biden garantiu esta quarta-feira, em conferência de imprensa ao lado do presidente ucraniano, que os EUA “nunca o vão deixar sozinho” na guerra. Aos 300 dias de uma “ofensiva não provocada”, o presidente norte-americanos disse, na Casa Branca, que era “ultrajante” o que Vladimir Putin está a fazer e que sabia que o presidente russo “não tinha qualquer intenção de terminar esta guerra”.

Esta é a primeira vez que o líder sai de território ucraniano desde o início da invasão, a 24 de fevereiro, e coincide com o anúncio feito pela Casa Branca poucas horas antes do seu avião aterrar. O país liderado por Biden irá fornecer ajuda militar à Ucrânia no valor de 1,85 mil milhões de dólares (cerca de 1,75 mil milhões de euros).

Os EUA estarão “ao lado” de Kiev o “tempo que for preciso”, disse Biden, que vai conseguir aprovar a ajuda no Congresso – ainda sob maioria democrata, apesar da Câmara dos Representantes ter-se inclinado para os republicanos nas intercalares de novembro. No entanto, já muitos republicanos avançaram que irão votar contra esta ajuda e não estarão mesmo presentes quando Zelensky se dirigir ao Congresso.

O pacote de auxílio inclui mil milhões de dólares em armas e equipamentos dos stocks do Pentágono, incluindo a primeira transferência do sistema de defesa aérea Patriot. Este sistema, segundo Zelensky, vai reforçar “significativamente” as defesas ucranianas.

O presidente ucraniano considerou ainda que a paz precisa ser discutida desde que esteja garantida a “soberania e integridade territorial” da Ucrânia e pagos as “reparações de guerra”.

A Ucrânia receberá ainda 850 milhões de dólares em financiamento através da Iniciativa de Assistência à Segurança da Ucrânia (USAI, na sigla em inglês).

Parte da USAI será usada para financiar um sistema de comunicações por satélite, que provavelmente incluirá o Starlink, o crucial sistema de rede de satélites da SpaceX, de propriedade de Elon Musk.

Zelensky e a sua comitiva chegaram aos Estados Unidos pelas 17h45, tendo o avião aterrado na Base Aérea de Andrews. Depois seguiram para Blair House, a residência onde os convidados estrangeiros costumam ser recebidos. No local, fortemente policiado, foi hasteada a bandeira ucraniana.

Segundo um alto funcionário da Administração Biden, com esta visita, o líder ucraniano irá tentar obter ainda mais apoios para o seu país por parte dos Estados Unidos, aproveitando para “enviar uma mensagem desafiante aos invasores russos”.

(Notícia atualizada às 21h54 com mais informação)

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Corticeira Amorim compra OSI à Amorim Serviços por 2,8 milhões de euros

  • Lusa
  • 21 Dezembro 2022

A OSI "é uma sociedade cuja atividade principal é a prestação de consultoria e de serviços especializados em sistemas de informação".

A Corticeira Amorim anunciou esta quarta-feira que comprou à Amorim Serviços e Gestão (ASG) 100% do capital social da OSI – Sistemas Informáticos e Eletrotécnicos, sediada em Mozelos, Santa Maria da Feira, por 2,8 milhões de euros.

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Corticeira salienta que a OSI “é uma sociedade cuja atividade principal é a prestação de consultoria e de serviços especializados em sistemas de informação, que vem desempenhando um papel crucial na adequação, modernização, suporte e segurança dos sistemas de informação implementados nas subsidiárias da Corticeira Amorim, às quais presta atualmente cerca de 96% do total dos seus serviços”.

No ano passado, o seu volume de negócios atingiu os 10,9 milhões de euros. A ASG é detida integralmente pela Amorim Investimentos e Participações, sociedade que detém 51% do capital social e dos direitos de voto da Corticeira Amorim. O valor da compra foi determinado “por avaliação externa independente (PwC)”.

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Marcelo pede estabilidade e alerta para não se “criar problemas adicionais aos que existem”

O Presidente pede aos portugueses que "compreendam que os sacrifícios têm razão de ser", salientando que uma parte fundamental está fora do controlo do país.

O Presidente da República defendeu a necessidade de estabilidade no país no próximo ano, para não “criar problemas adicionais aos que já existem no dia-a-dia”. Marcelo Rebelo de Sousa deseja ainda que o próximo ano “seja melhor do que os últimos três”.

“Talvez seja boa ideia não juntarmos aos fatores de crise que temos – o que custa no bolso das pessoas a guerra, aquilo que as ajudas sociais não conseguem compensar, que não têm custado no emprego mas custa na vida das pessoas – fatores de instabilidade”, avisou o Presidente da República, no discurso após receber o Governo para cumprimentos de boas festas.

Marcelo pede aos portugueses que “compreendam que os sacrifícios têm razão de ser, que numa parte fundamental vêm de fora e não controlamos”, salientando que se fica à “espera para ver o que BCE vai fazer nos juros e qual é a ultima notícia do governador do Banco de Portugal sobre a evolução da economia”. E assim “não criar problemas adicionais aos que já existem no dia a dia”, reforçou.

O Presidente deu até como exemplo outros países e a “imaginação com que criam problemas adicionais”, com “guerras entre poderes”, numa referência a Espanha, que se vê a braços com crise institucional.

Para Marcelo Rebelo de Sousa, a estabilidade é importante nomeadamente por estarmos numa altura de grandes incertezas: “há guerra, pandemia na China, dúvidas com o que se passa no globo e a Europa a enfrentar pontos de interrogação, para além das eleições nos países europeus, onde há quem mude de orientação”.

O primeiro-ministro também partilhou desta visão, apontando que há aspetos que estão fora do controlo, mas “aquilo que está nas nossas mãos é procurar minorar e mitigar os problemas efetivos das pessoas, famílias e empresas“, sem nos deixarmos “distrair com outros fenómenos”. “Só essa atenção nos permite ir medindo e avançando e estarmos sempre preparados para responder na medida do possível às necessidades”, acrescenta.

Nas mensagens finais, ambos destacaram a necessidade de “cooperação institucional”, que tem marcado as últimas legislaturas. Marcelo deixou também o desejo de que “o ano que vem seja melhor do que os últimos três”.

(Notícia atualizada às 17h55)

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EDP fornecerá 365 filiais do Banco do Brasil com solar distribuído

  • Capital Verde
  • 21 Dezembro 2022

A EDP vai instalar quatro parques solares com uma capacidade de 23 MWp e fornecer energia a 365 agências do Banco do Brasil.

A EDP vai, através de energia solar distribuída, gerar energia para alimentar 365 agências do Banco do Brasil, avançando com a instalação de quatro novas centrais solares com uma capacidade de produção de 23 megawatts-pico (MWp). Os primeiros dois projetos já em operação já produziram mais de 30 gigawatts-hora (GWh) de energia renovável.

De acordo com a nota divulgada esta quarta-feira, através de energia solar distribuída, os parques vão gerar energia para 365 agências do Banco do Brasil, passando a entidade a ter sete unidades de produção de energia solar.

Um dos novos parques solares da EDP agora em operação é o primeiro do Banco do Brasil na região Nordeste do país e irá fornecer com energia limpa cerca de 140 agências da instituição, que deixarão por isso de emitir mil toneladas de dióxido de carbono. Só neste parque, revela a gigante energética, foram instalados 6.500 painéis solares, que vão gerar 8 GWh/ano. As outras três centrais estão instaladas nos Estados brasileiros de Minas Gerais, Paraná e São Paulo.

O investimento em projetos de energia solar distribuída vai em linha com a estratégia do grupo EDP que já tem mais de 80 MWp instalados em vários estados brasileiros e mais de 50 MWp em construção.

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Governo alemão contra bónus a administradores da Lufthansa

  • Lusa
  • 21 Dezembro 2022

O pagamento de prémios seria "uma violação do acordo" entre Berlim e a transportadora aérea, disse o porta-voz governamental, lembrando que a empresa beneficiou de ajuda estatal devido à pandemia.

O Governo alemão manifestou-se esta quarta-feira contra a atribuição de bónus relativos a 2020 e 2021 aos seis membros da administração do grupo aéreo Lufthansa, que beneficiou de ampla ajuda estatal devido à crise pandémica. Considerando que o pagamento de prémios seria “uma violação do acordo” entre Berlim e a transportadora aérea, o porta-voz governamental, Steffen Hebestreit, indicou que é preciso “discutir com a Lufthansa as diferentes apreciações jurídicas”.

“E depois vemos qual é a decisão”, acrescentou, numa conferência de imprensa onde foi questionado sobre o assunto.

O jornal alemão Handelsblatt noticiou na terça-feira que os seis membros da administração da Lufthansa podem reclamar milhões de euros em bónus relativos a 2021 e 2022, anos em que o grupo beneficiou de ajuda estatal devido à crise causada pela pandemia de covid-19. Segundo o jornal, alguns representantes dos trabalhadores no conselho de fiscalização (que supervisiona a administração) votaram contra a decisão, por considerarem que é uma violação do plano de resgate acordado com o grupo em 2020.

A pandemia de covid-19 causou uma crise sem precedentes na aviação e a Lufthansa sobreviveu graças a um programa no valor de 9.000 milhões de euros de ajuda pública e empréstimos com garantias, o que levou o Estado a tornar-se o seu principal acionista. Esse plano estipulava que os membros da administração não podiam receber prémios durante o período em que as ajudas estivessem em vigor.

O Estado alemão vendeu todas as participações que tinha na companhia aérea em setembro passado e a Lufthansa fez o reembolso da ajuda pública em finais de 2021.

Em 2021, o presidente executivo do grupo, Carsten Spohr, recebeu um salário fixo de 1,63 milhões de euros, sem qualquer bónus, contra um total de 4,97 milhões de euros em 2019 (incluindo 3,3 milhões em prémios), no ano anterior à covid-19, o que representa uma redução de dois terços da remuneração.

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Ageas junta-se à Casa do Impacto para procurar soluções para envelhecimento da população

As candidaturas estão abertas até 19 de fevereiro para empreendedores que tenham novas soluções, de base tecnológica, nas áreas do envelhecimento e longevidade.

O Grupo Ageas Portugal e a Fundação Ageas juntaram-se à Casa do Impacto, da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, para lançar a oitava edição do programa Santa Casa Challenge. O concurso de investimento tem um novo formato com momentos de formação, mentoria técnica de especialistas, apoio financeiro e dois anos de incubação no maior hub de empreendedorismo de impacto português. O prémio monetário é de 5.000 euros.

“O programa visa apoiar uma nova geração de soluções que olham ativamente para um problema estrutural da sociedade, que tragam inovação para as formas de apoio a uma população com elevados índices de isolamento e solidão, com estruturas físicas muito desatualizadas e onde os cuidadores ainda não têm acesso à formação nem ao apoio técnico e emocional que precisam”, explica Inês Sequeira, diretora da Casa do Impacto, citada em comunicado.

“Para o Grupo Ageas Portugal, fazer parte do lançamento desta oitava edição representa mais um passo relevante na missão de promover um envelhecimento digno e de qualidade, que é uma das prioridades do Grupo. Viver mais é um dado adquirido, por isso devemos focar-nos em viver bem esses anos adicionais, com as melhores condições possíveis. A estrutura social está a mudar e é preciso uma adaptação da sociedade e das empresas, com novas ofertas de serviços. Por esta razão, o Grupo Ageas Portugal formou uma equipa dedicada que tem vindo a lançar soluções focadas em apoiar os mais velhos e os seus familiares”, afirma Bruno Vaz, responsável pela oferta para o envelhecimento no Grupo Ageas Portugal.

“Estamos entusiasmados por conhecer a nova geração de soluções que vão surgir nesta edição. Procuramos respostas inovadoras para este tema da sociedade que não deixa ninguém de fora. Todos presenciamos, vivemos, ou iremos viver os desafios do envelhecimento”, acrescenta.

Os três vencedores apurados num demo day, no final da capacitação, receberão um prémio monetário de 5.000 euros para os primeiros passos do desenvolvimento do projeto. Além disso, terão também a oportunidade de continuar a trabalhar com a Casa do Impacto durante dois anos, com acesso a apoio não financeiro e acompanhamento mensal da equipa do programa, passagem por outros programas e iniciativas da Casa do Impacto, partilha de espaço com outros empreendedores de impacto e um Alpha Pack para o Web Summit 2023.

O novo Santa Casa Challenge procura soluções assentes em três desafios: ageing in the right place; social connection & engagement; e taking care of caregivers.

As candidaturas estão abertas até 19 de fevereiro para empreendedores que tenham novas soluções, de base tecnológica, nas áreas do envelhecimento e longevidade. A capacitação dos projetos terá lugar no mês de março e o início da incubação de dois anos iniciar-se-á em abril.

Ao longo das sete edições anteriores do Santa Casa Challenge foram lançados desafios ligados à educação, ambiente, saúde, infraestruturas, cultura e envelhecimento e foram apoiadas várias startups, como a Spot Games, MyPolis, Equalfood, Nevaro, SurgeonMate, BlaBlaBlue, AirCO2, Hephaesnus, Beebio, Seedbloks, SmartAI, Genviot, MAG2Clean, entre outras. Mais informações aqui.

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