Estrangeiros já representam 5,2% da população residente em Portugal

  • Diana Rodrigues
  • 19 Dezembro 2022

A percentagem de residentes estrangeiros em Portugal aumentou. É maioritariamente feminina, fixa-se no litoral e é jovem, habilitada e economicamente ativa.

O número de estrangeiros em Portugal aumentou. Representavam, em 2021, 5,2% do total da população, sendo a comunidade brasileira a maior. A população estrangeira é maioritariamente feminina, jovem e com habilitações ao nível da escolaridade secundária. O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgou, nesta segunda-feira, os dados definitivos dos Censos 2021, numa publicação sobre a população de nacionalidade estrangeira residente em Portugal.

De acordo com os resultados dos Censos 2021, à data do inquérito, residiam em Portugal 542.165 pessoas de nacionalidade estrangeira, representando 5,2% do total da população residente, um valor superior aos 3,7% verificados em 2011. A nacionalidade brasileira totalizava 36,9%.

Relativamente a 2011, e exceto os Açores, todas as regiões registaram um acréscimo no número de estrangeiros. O grupo de nacionalidades mais representativas alterou-se, com um aumento de cidadãos de países asiáticos e da União Europeia (UE) e um decréscimo de residentes dos Países Africanos de Língua Portuguesa (PALOP).

Os estrangeiros residentes em Portugal eram maioritariamente mulheres, 51,0%, e mais jovens do que a população portuguesa, o que é evidenciado pela maior proporção de pessoas em idade ativa (entre os 15 e os 64 anos). A idade média da população estrangeira era de 37,3 anos, valor mais baixo do que o da população portuguesa. Mais de 68% da população estrangeira (dos 15 aos 64 anos) era economicamente ativa e 60,5% encontrava-se empregada.

Os níveis de escolaridade da população em idade ativa (dos 15 aos 64 anos) eram, de um modo geral, mais elevados na população de nacionalidade estrangeira, comparativamente com a população portuguesa. Enquanto 24,1% da população de nacionalidade portuguesa tinha um nível de escolaridade inferior ao 3º ciclo do ensino básico, no caso da população de nacionalidade estrangeira, essa percentagem era de 18,4%. No ensino superior, as percentagens eram semelhantes, com cerca de 24% da população estrangeira e portuguesa a terem concluído esse nível de escolaridade.

Analisada a condição perante a atividade económica, verificava-se que cerca de 55,4% da população estrangeira era economicamente ativa, valor que correspondia a 46,1% na população de nacionalidade portuguesa.

De acordo com os Censos 2021, a maior comunidade estrangeira residente em Portugal era a brasileira, com 199 810 pessoas (36,9%). A comunidade angolana era a segunda mais representada, com 5,8%, seguindo-se a cabo-verdiana com 5,0%. Integravam ainda o conjunto das nacionalidades mais representativas, o Reino Unido, 4,5%, a Ucrânia, 3,9%, a França, 3,5%, e a China (3,1%). Ainda com valores acima dos 10 mil residentes encontrava-se a população nacional da Guiné-Bissau, Índia, Roménia, Itália, Espanha, Alemanha e São Tomé e Príncipe.

Tendo como referência o peso relativo da população estrangeira sobre o total da população residente, o Algarve destacava-se como a região onde os cidadãos estrangeiros estavam mais representados, totalizando 14,5% do total da população residente na região. Seguia-se a Área Metropolitana de Lisboa, com 8,9% dos residentes de nacionalidade estrangeira. Nas restantes regiões, a população de nacionalidade estrangeira tinha um peso inferior à média nacional (5,2%).

A distribuição regional da população estrangeira apresenta alguma diferenciação entre o litoral e o interior do país. Os municípios com maiores proporções de estrangeiros estavam localizados no litoral do país.

Em Portugal apenas 5,2% dos seus residentes são estrangeiros, contrastando substancialmente com o Luxemburgo, por exemplo, que corresponde ao país europeu com maior percentagem de estrangeiros, 70,6%, entre os quais, muitos portugueses, que representam 14,8% do total de estrangeiros residentes nesse país.

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Clara Estanqueiro assume dois departamentos de RH do Lidl Portugal

A profissional encabeça a direção dos departamentos de Learning & Development e Leadership & Culture do Lidl Portugal.

Clara Estanqueiro é a nova diretora responsável pelos departamentos de Learning & Development e Leadership & Culture do Lidl Portugal, que até então estavam nas mãos de Maria Román, administradora de recursos humanos.

“Assumi as novas funções com a responsabilidade que caracteriza o cuidado com que o Lidl Portugal trabalha os seus recursos humanos. É com empenho e entusiasmo que encaro os desafios de liderar dois departamentos tão importantes dentro da administração de RH”, afirma Clara Estanqueiro, citada em comunicado.

Formada em Gestão de Recursos Humanos, Clara Estanqueiro tem uma vasta experiência na área de formação e desenvolvimento de recursos humanos. Ao longo do seu percurso profissional passou por algumas multinacionais, nomeadamente a Accenture ou The Heineken Company, e liderou departamentos de gestão e desenvolvimento de talento e retenção de capital humano.

Atualmente com mais de 9.000 colaboradores, o Lidl tem como prioridade a manutenção de vínculos laborais estáveis e relações profissionais estimulantes. Muito recentemente, a empresa anunciou um investimento de 8,4 milhões de euros em aumentos salariais para 2023, dos quais 93% se destinam a colaboradores de lojas e entrepostos.

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UE apoia gestão da Presidente Boluarte da crise política no Peru

  • Lusa
  • 19 Dezembro 2022

A UE pede também respeito e proteção do direito de manifestação pacífica do povo peruano e expressa "preocupação" face às mortes e feridos verificados durante as manifestações.

A União Europeia (UE) manifestou esta segunda-feira o seu apoio à gestão da crise política no Peru que está a ser “liderada” pela Presidente Dina Boluarte e condenou “qualquer uso de violência e de força excessiva”.

“A UE apoia os esforços políticos em curso liderados pela Presidente Dina Boluarte”, referiu um porta-voz do Serviço Europeu para a Ação Externa (SEAE) num comunicado, no qual também pede respeito e proteção do direito de manifestação pacífica do povo peruano e expressa “preocupação” face às mortes e feridos verificados durante as manifestações que abalam o país desde a destituição do ex-Presidente Pedro Castillo.

Na mesma nota, o bloco comunitário pede a todos os atores políticos e à sociedade civil para “trabalharem num espírito de diálogo e cooperação para acabar com a violência, reduzir as tensões e responder às necessidades e aspirações dos cidadãos do Peru”.

Após mais de uma semana de protestos e mobilizações que degeneraram em atos de vandalismo e confrontos – que fizeram pelo menos 23 mortos em todo o país –, os incidentes diminuíram no fim de semana à medida que as forças de segurança anunciavam estar a recuperar o controlo da situação.

Os protestos começaram a 7 de dezembro em várias regiões do Peru, particularmente na capital Lima e na parte sul dos Andes peruanos, depois do Congresso (parlamento) ter destituído Pedro Castillo da Presidência. A destituição aconteceu depois de Castillo ter anunciado a dissolução do parlamento e a criação de um executivo de emergência, que governaria por decreto, medida interpretada maioritariamente como uma tentativa de golpe de Estado.

Na semana passada, o Supremo Tribunal do país deliberou que Pedro Castillo, sob investigação por rebelião, ia ficar em prisão preventiva durante 18 meses. Os manifestantes exigem a demissão do Presidente Dina Boluarte (anteriormente vice-presidente), que substituiu Castillo no âmbito da sucessão constitucional, e o encerramento do Congresso, bem como a convocação de eleições gerais e de uma assembleia constituinte.

Boluarte, que defende a legalidade constitucional da sua gestão e que no sábado descartou renunciar ao cargo, apresentou um projeto-lei para antecipar as eleições gerais do país para dezembro de 2023, uma decisão que ainda tem de ser resolvida pelo Congresso.

O Governo peruano decretou o estado de emergência a nível nacional, por um período de 30 dias, em resposta aos protestos. Devido aos acontecimentos no país, milhares de turistas ficaram retidos no Peru, incluindo cidadãos portugueses. O Ministério dos Negócios Estrangeiros informou esta segunda que 25 dos 66 portugueses que estavam no Peru já saíram do país.

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Ministros da Energia chegam a acordo sobre teto ao preço do gás na UE

Ministros da Energia chegaram a acordo para adoção de um teto aos preços do gás no mercado europeu. Mecanismo será acionado a partir dos 180 euros por MWh e entrará em vigor a 15 de fevereiro de 2023.

Depois de um longo período de negociação, os ministros da Energia da União Europeia chegaram a acordo sobre a aplicação de um teto aos preços do gás no mercado europeu.

“Hoje os ministros deram um passo ambicioso, em menos de um mês chegamos a acordo”, referiu Kadri Simson, comissária europeia para a Energia. “Com este mecanismo, a Europa vai ficar melhor preparada para o próximo inverno”, garantiu.

A decisão, formalizada esta segunda-feira, após o Conselho de Transportes, Telecomunicações e Energia, em Bruxelas, acontece depois de na semana passada os governantes dos 27 Estados-membros terem falhado o acordo devido à falta de consenso em relação à medida. Desta vez, apenas a Hungria terá votado contra, ao passo que a Áustria e os Países Baixos abstiveram-se. Já a Alemanha, que sempre se opôs à proposta, acabou por mudar de posição.

Em causa está a proposta apresentada pela Comissão Europeia, que visa ativar um limite temporário nos contratos de gás no mercado europeu, se se verificarem duas condições em simultâneo. Por um lado, o limite é ativado se o preço nos contratos de gás natural para o mês seguinte forem, durante três dias úteis consecutivos, superiores a 180 euros por megawatt-hora (MWh) na plataforma holandesa TTF (Title Transfer Facility), a referência nos mercados europeus de gás natural.

Ao mesmo tempo, para efetivar o limite, terá de se verificar que o preço de referência no TTF é 35 euros mais elevado que o preço de referência para o gás natural liquefeito (LNG), também durante três dias úteis consecutivos. De acordo com a Bloomberg, o mecanismo começará a produzir efeitos a partir de 15 de fevereiro de 2023.

Na rede social Twitter, Jozef Síkela, ministro da Indústria da República Checa (país que ocupa este semestre a presidência rotativa do Conselho da União Europeia), fez o anúncio, frisando que a “União Europeia terá assim um pacote de medidas que ajudará a preparar-se para o próximo inverno e a proteger os cidadãos e as empresas das oscilações extremas de preços“.

No comunicado de imprensa libertado pela Comissão, lê-se que uma vez acionado o teto, este vigora durante 20 dias úteis, a não ser que o preço se mantenha abaixo de 180 MWh durante este período — nesse caso, é desativado antes do fim dos 20 dias. Durante uma conferência de imprensa, esta tarde, Síkela acrescentou outras condições que resultariam na suspensão do mecanismo, entre elas o aumento nos consumos de gás; uma diminuição nas compras de gás no TTF ou entre Estados-membros ou numa diminuição trimestral na importação de LNG no bloco europeu.

“Este mecanismo não compromete a estabilidade financeira, nem o abastecimento”, garantiu o ministro checo, durante a conferência de imprensa.

Além disso, serão tidos em conta alertas da Agência de Cooperação dos Reguladores de Energia (ACER) que irá ficar responsável por elaborar um estudo de impacto do teto aos preços do gás e de fazer a monitorização do mecanismo, juntamente com a Comissão Europeia e a Autoridade Europeia de Valores Mobiliários e Mercados (ESMA).

A proposta aprovada esta tarde difere do documento original apresentado pelo executivo comunitário, em novembro, no qual previa-se que o limite fosse acionado se o preço fosse superior a 275 euros por MWh, ao mesmo tempo que o preço de referência no TTF fossem 58 euros mais elevados que o preço de referência para o LNG, durante 10 dias consecutivos de negociação.

Os limites originalmente definidos não reuniam consenso entre os 27 Estados-membros que consideravam o teto “demasiado alto” ficando, assim, impossibilitado de agir efetivamente como um limite. Para termos uma melhor noção, em agosto, o preço do gás no TTF atingiu um valor recorde de 345 euros e esta segunda-feira, os futuros do holandês TTF estão a cair 3% para 112 euros.

Além do teto aos preços do gás, os ministros da Energia aprovaram outras medidas que visam minorar os impactos da crise energética e garantir segurança no abastecimento nos próximos meses, entre elas, as compras conjuntas de gás, tal como aconteceu com as vacinas anti-Covid durante a pandemia; a simplificação de licenças para projetos de energia renovável; e acordos bilaterais de solidariedade que têm como objetivo partilhar gás com os países mais vulneráveis, em caso de escassez ou de disrupção total no abastecimento.

Notícia atualizada às 17h06 com as declarações da conferência de imprensa e às 17h29 com mais informações do comunicado

 

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Sobreganhos das renováveis somam e seguem em 2023

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  • 19 Dezembro 2022

Em 2023 os sobreganhos proporcionados pelas energias renováveis vão continuar a funcionar como almofada e a travar a subida abrupta dos preços de eletricidade face aos valores anormalmente elevados.

Em 2023 os sobreganhos proporcionados pelas energias renováveis vão continuar a funcionar como almofada e a travar a subida abrupta dos preços de eletricidade face aos valores anormalmente elevados que continuam a registar-se nos mercados grossistas europeus, incluindo o ibérico.

Isso mesmo confirmou a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) no passado dia 15 de dezembro, com a publicação das tarifas e preços a vigorar a partir de 1 de janeiro de 2023 no mercado regulado, que servem de referência ao mercado livre.

No próximo ano os consumidores domésticos irão beneficiar de um sobreganho no montante de 2,5 mil milhões de euros de receitas do diferencial de custo da PRE (Produção em Regime Especial), maioritariamente renovável.

A este valor soma-se o montante induzido pelo efeito da ordem de mérito. De acordo com uma análise da APREN, só nos primeiros onze meses do ano, de acordo com este mecanismo que prioriza a eletricidade renovável, a produção em regime especial renovável já permitiu uma poupança adicional acumulada superior a 7,8 milhões de euros, que deverá ser superior em 2023.

Já os consumidores industriais irão colher os benefícios da injeção de cerca de 2 mil milhões de euros nas tarifas de acesso à rede em 2023.

As tarifas de acesso à rede voltam a cair no próximo ano, graças às renováveis, com benefícios para toda a tipologia de consumidores. A tarifa de Uso Global do Sistema regista uma diminuição de 370%, face ao ano anterior, como resultado da diminuição dos Custos de Interesse Geral (CIEG), o que se traduz num enorme benefício para o Sistema Elétrico Nacional.

A redução da tarifa de acesso às redes contribuirá, em 2023, para uma diminuição de cerca de 55% na fatura final dos consumidores domésticos e para uma redução de cerca de 30% na fatura final dos consumidores industriais, aliviando assim a pressão dos aumentos dos preços de energia registados no mercado grossista e, consequentemente, nos preços finais pagos pelos clientes, tanto no mercado regulado, como no mercado liberalizado.

Ainda assim, em janeiro de 2023, os consumidores em baixa tensão normal, no mercado regulado, que serve de referência ao mercado liberalizado, vão observar um ligeiro aumento médio de 1,6% em relação aos preços em vigor em dezembro de 2022. A variação média, face a 2022, é na ordem dos 3,3%, mas poderia ser muito superior face à atual conjuntura. Tendo em conta que a previsão para o valor da taxa de inflação referente a 2022 aponta para os 10,5%, um aumento de 1,6% e 3,3% corresponde, na verdade, a uma redução de impacto nos custos na ordem de 8,9% e 7,2%, respetivamente.

A aposta nas renováveis é uma estratégia vencedora que permite combater as alterações climáticas, por via da descarbonização, ao mesmo tempo que oferece benefícios económicos às famílias e empresas, tendo o potencial de induzir, em tempo de crise, um novo ciclo económico virtuoso caracterizado por crescimento e desenvolvimento socioeconómicos. . Só recorrendo aos recursos endógenos para produção de eletricidade será possível alcançar a autonomia e segurança energéticas, que se afiguram igualmente cruciais face ao panorama geopolítico que ainda enfrentamos.

Artigo de opinião de Pedro Amaral Jorge, CEO da APREN

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Portugueses são os que mais defendem renováveis na UE. Consumo de energia no bloco voltou a subir em 2021

O consumo de energia primária e final na UE voltou a subir em 2021, aumentando a distância da meta para 2030. Eurobarómetro indica que portugueses são os que mais defende investimento em renováveis.

Entre os cidadãos dos 27 Estados-membros, os portugueses (94%) são os que mais defendem a necessidade de investir em energias renováveis perante a guerra na Ucrânia e a importância de se reduzir a dependência dos combustíveis fósseis, superando a média europeia (47% concorda totalmente e 36% tende a concordar).

Estes dados são partilhados esta segunda-feira num inquérito do Eurobarómetro onde, entre as várias temáticas, foi abordada a crise energética.

Atrás de Portugal, surge Malta (92%) e Bulgária (60%) como os países que mais defendem a aposta em energias “verdes”. O Eurobarómetro aponta ainda que na última edição deste inquérito, em abril de 2022, Portugal e Malta já ocupavam as posições cimeiras.

Os portugueses voltam a destacar-se no que toca à defesa da redução do consumo de energia nas horas-pico, isto é, nas horas em que a energia está mais cara por haver maior procura. Cerca de 80% dos inquiridos a nível europeu concorda que deve ser feito um esforço maior para reduzir, sendo que em Portugal esse valor ascende aos 93%, fazendo deste o Estado-membro com a pontuação mais elevada, novamente. As percentagens mais baixas registaram-se na Grécia (67%) e Bulgária (65%).

Apagar as luzes quando se sai de um quarto durante um tempo significativo, seja em casa ou no local de trabalho, é a ação que os entrevistados estão mais dispostos a adotar no sentido de reduzir o consumo de energia. Esta participação varia de 64% na Eslovénia e 66% na Bulgária a 83% na Estónia e 85% em Malta e Portugal.

Consumo de energia na UE aumenta e afasta-se das metas

O consumo de energia primária na União Europeia (UE) voltou a crescer em 2021, alargando ainda mais a distância da meta prevista para 2030.

De acordo com os dados do Eurostat, divulgados esta segunda-feira, no ano passado o consumo de energia primária na UE atingiu 1.309 milhões de toneladas equivalentes de petróleo (Mtep), um aumento de 5,9% face a 2020, mas ainda abaixo do nível de 2019 (1.354 Mtep). Os dados mostram que os 27 Estados-membros se afastaram-se ainda mais da meta de 2030, cerca de 1.100 milhões de Mtep: a distância aumentou para 16,1% em 2021, depois em 2020 (um ano atípico, marcado pelo início da pandeia de covid-19) a distância se ter situado nos 9,5%.

O consumo final de energia também aumentou, atingindo 968 Mtep em 2021, tratando-se de um aumento de 6,8% em relação a 2020 e uma queda de 1,8% em relação a 2019. Em 2021, o consumo final de energia ficou 14,4% longe da meta de 2030 (cerca de 850 Mtep), enquanto em 2020 a distância era de 7,1%.

Após uma queda em 2020 devido ao impacto da pandemia em todos os setores, o consumo de energia no bloco europeu, em 2021, voltou a subir, embora muito longe do pico de 2006, altura em que o consumo de energia primária ficou 34,0% acima da meta de 2030 e o consumo final de energia foi 23,6% acima do mesmo alvo.

O consumo de energia primário traduz-se na procura total de energia de um país. Abrange o consumo do próprio setor de energia, as perdas durante a transformação (por exemplo, de petróleo ou gás em eletricidade), a distribuição de energia, e o consumo final. Já o consumo final de energia é a energia total consumida pelos utilizadores finais, como nas habitações, na indústria e na agricultura. É a energia que chega ao consumidor final e exclui aquela que é utilizada pelo próprio setor energético.

Em comparação com a média de 2017-2019, que é mais representativa do que os anos afetados pelas restrições anti-covid, o consumo de energia primária diminuiu 4,6% a nível da UE e o consumo de energia final 2,1%. Uma parte significativa desta quebra esteve relacionada com as restrições, que continuaram a fazer-se sentir em 2021.

Portugal entre os países onde o consumo energético mais caiu

Em comparação com a média de 2017-2019, 18 Estados-Membros registaram quebras tanto no consumo de energia primária como final em 2021, mantendo-se a tendência de 2020, quando todos os países do bloco europeu registaram quebras.

De acordo com o gabinete de estatísticas europeu, Estónia (-16,8%), Portugal (-13,3%) e Grécia (-10,5%) foram os países onde o consumo de energia primária mais diminuiu, ao passo que os aumentos mais elevados registaram-se na Lituânia (+5,7%), Polónia (+2,8%) e Roménia (+2,2%).

Face à média de 2017-2019, as maiores quebras no consumo final de energia registaram-se em Malta (-10,0%), Chipre (-9,7%) e Portugal (-7,1%), enquanto os maiores aumentos se registaram na Roménia (+7,5%). ), Bulgária (+3,9%) e Hungria e República Checa (ambos +3,3%).

 

 

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Proteção Civil coloca oito distritos em alerta laranja devido a risco de novas cheias

Há novamente risco de inundações, deslizamentos e derrocadas. Autoridades pedem que a população adeque comportamentos. 

A Proteção Civil decidiu elevar o estado de alerta para o nível laranja os distritos de Braga, Viana do Castelo, Porto, Aveiro, Coimbra, Leiria, Setúbal e Lisboa. As autoridades alertam para o risco de novas cheias, em particular nas zonas urbanas do litoral norte, região centro e Área Metropolitana de Lisboa, e pedem que a população adeque comportamentos. Meios de apoio, socorro e emergência de Lisboa já “estão de prevenção”, adianta Carlos Moedas.

“Os efeitos espectáveis são ocorrência de inundações em meio urbano, também o transvase daquilo que são os leitos dos rios para o seu leito de cheia, deslizamentos e derrocadas, e também aquilo que tem a ver com a adequação dos comportamentos da população”, afirma o comandante nacional da Proteção Civil, André Fernandes, em declarações emitidas pela SIC Notícias.

“É fundamental que a população tome em linha de conta estes avisos e prepare aquilo que é a chegada da precipitação ao final da tarde e do dia de hoje e a madrugada de amanhã, sendo aqui o período crítico”, continua.

O comandante nacional alerta, ainda, para a possibilidade de amanhã, durante a manhã, existirem algumas situações de inundação, em particular incidência nas zonas urbanas do litoral norte, região centro e Área Metropolitana de Lisboa. E assegura que os dispositivos estão no terreno, de modo a salvaguardar a vida humana.

Questionado pelos jornalistas sobre as recomendações para quem já começa a fazer as habituais viagens rodoviárias na época natalícia, André Fernandes pede precaução e adequação da condução às condições meteorológicas, bem como que sejam ouvidas as atualizações da avaliação meteorológica.

Depois do briefing à comunicação social para fazer o ponto de situação do quadro meteorológico no país, a Proteção Civil enviou, novamente, um SMS aos cidadãos que se encontram nas regiões afetadas pelo mau tempo que deverá ocorrer “nas próximas 24 horas”, alertando-os para a “chuva forte/persistente” e consequente “risco de cheias e inundações”.

Entretanto, o presidente da Câmara de Lisboa divulgou um vídeo no Twitter onde avança que foi aprovado o “primeiro pacote de apoio para os comerciantes, procurando agilizar o mais depressa possível estas ajudas”. A medida “irá ser reforçada na próxima quarta-feira com novo pacote de ajudas”, acrescenta.

Carlos Moedas sinaliza que, perante o “novo agravamento do estado do tempo” previsto para as próximas horas, todos os meios de apoio, socorro e emergência da Câmara de Lisboa “estão de prevenção”. Além disso, vão “proceder à ativação do centro de coordenação operacional municipal, que junta a proteção civil municipal, os bombeiros e polícia municipal, que irá acompanhar em permanência todo o evoluir da situação”.

“Procuraremos tudo fazer para minimizar as dificuldades esperadas e estar ao lado de quem mais precisa”, escreveu ainda Moedas. O autarca alerta também para a necessidade de que quem tenha de se deslocar para a cidade possa ter as informações para “avaliar a situação real”.

(Notícia atualizada às 20h20 com declarações de Carlos Moedas)

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ASF lança informação para consumidores de seguros em Podcast

  • ECO Seguros
  • 19 Dezembro 2022

O supervisor acaba de disponibilizar em podcast os conteúdos incluídos nos seus episódios Vamos Falar Seguros já publicados nas plataformas de streaming.

A ASF Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões, lançou o ASF Podcast, um podcast concebido para informar sobre temas específicos de questões práticas e relevantes para os consumidores de seguros e de fundos de pensões.

O conteúdo é um programa de formação financeira dividido por episódios que abordam assuntos como seguros de saúde, canais digitais, seguro automóvel, PPR e seguros de vida ligados ao crédito à habitação entre outros, num total de 10.

O alargamento deste projeto para o formato podcast tem como objetivo “reforçar a acessibilidade, compreensão e transparência da informação disponibilizada aos consumidores”, afirma a ASF.

O ASF Podcast tem acesso através do Apple Podcasts, Spotify e Google Podcasts .

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Em metade dos municípios ganha-se menos de 1000 euros por mês

Em metade dos municípios ganha-se menos de 1.000 euros por mês. Em Lisboa e no Porto estão as remunerações mais altas. Alcochete lidera com 2.020 euros, de acordo com o INE.

Em metade dos municípios de Portugal os trabalhadores ganham em média menos de mil euros por mês. Alcochete é o município que lidera este ranking com um ganho médio mensal acima da média nacional com 2.020 euros.

“Em 50% dos 308 municípios [154] de Portugal, o ganho médio mensal dos trabalhadores por conta de outrem a tempo completo e com remuneração completa era, em 2020, inferior a 1000 euros”, de acordo com os Anuários Estatísticos Regionais do Instituto Nacional de Estatística (INE), publicados esta segunda-feira.

No conjunto do país, o “ganho médio mensal dos trabalhadores por conta de outrem a tempo completo e com remuneração completa era 1.247 euros“, revela ainda o INE. Contudo, os trabalhadores das áreas metropolitanas de Lisboa e Porto receberam acima da média, em 2020, ou seja, 1.516 e 1.257 euros, respetivamente.

“Em quatro das 25 sub-regiões NUTS III, o ganho médio mensal era inferior a mil euros: Tâmega e Sousa (937 euros), Alto Tâmega (976 euros), Terras de Trás-os-Montes (988 euros) e Douro (994 euros)”.

Traçando um retrato do país, entre os 23 municípios com ganhos médios mensais acima da média nacional (1.247 euros), 11 localizam-se na Área Metropolitana de Lisboa (AML) com Alcochete à cabeça com 2.020 euros, a que se segue Oeiras com 1.840 euros e Lisboa com 1.703 euros. Já no que diz respeito à Área Metropolitana do Porto (AMP), é a Invicta que lidera com uma média de 1.498 euros, ocupando Matosinhos o segundo lugar com 1.388 euros e depois Maia com 1.298 euros.

Cinco dos 23 municípios com ganhos médios mensais acima da média nacional situam-se na região Centro, ou seja, Vila Velha de Ródão (1.367 euros), Marinha Grande (1.330 euros), Estarreja (1.297 euros), Aveiro (1.286 euros) e Constância (1.282 euros). Outros três concelhos localizam-se no Alentejo com Castro Verde (1.941 euros), Sines (1.861 euros) e Campo Maior (1.324 euros). Por fim, o 23.º município é Vila do Porto, na Região Autónoma dos Açores com 1.779 euros.

Ainda de acordo com o mesmo estudo, em 2021, Portugal tinha 55,3% da população residente em idade ativa (taxa de emprego), ou seja, 4,8 milhões de indivíduos empregados. O que, avança o INE, representou um aumento face à proporção registada em 2020 (53,8%). Mas foi na região Centro que se registou a maior taxa com 58,1% da população residente em idade ativa.

Já por oposição, os valores mais baixos na taxa de emprego, em 2021, registaram-se nas Áreas predominantemente rurais (APR) da Região Autónoma da Madeira (42,9%) e do Norte (47,0%).

Ainda segundo o INE, “a taxa de emprego nas áreas predominantemente urbanas era superior à média no conjunto do país (56,5%), situando-se abaixo daquele limiar nas Áreas mediamente urbanas (53,6%) e nas Áreas predominantemente rurais (50%)”.

Nos Anuários Estatísticos Regionais, o INE também analisou no ano de 2021, à escala regional e municipal, o campo da construção e habitação. Segundo esta entidade, 47 municípios — grande parte deles nas sub-regiões Algarve e na Área Metropolitana de Lisboa — apresentaram um preço mediano superior ao valor nacional. O município de Lisboa registou o valor mais elevado do país com 3.531 euros por metro quadrado (m2).

De acordo com o INE, “em 2021 foram concluídos em Portugal 19.081 fogos e licenciados 28.508, em construções novas para habitação familiar, o que se traduziu num rácio de 149,4 fogos licenciados por 100 fogos concluídos”.

Mais, regista o instituto, “a relação entre o número de fogos licenciados e concluídos em construções novas para habitação familiar — indicador que pretende medir a potencial oferta futura de nova habitação — registou uma ligeira diminuição em 2021 comparativamente a 2020 (150,1)”. O INE também constatou esta redução na Área Metropolitana de Lisboa com 131,1 fogos licenciados por 100 fogos concluídos em 2021 e 154,8 em 2020. Assim como no Algarve (127,5 e 145,9) e na Região Autónoma dos Açores (119,0 e 124,0).

Já no sentido inverso, destacaram-se a Região Autónoma da Madeira (223,8 em 2021 e 140,4 em 2020) e o Alentejo (134,8 e 109,6).

“Em 2021, o preço mediano de alojamentos familiares em Portugal foi 1.297 euros por m2 , aumentando mais 9% relativamente ao ano anterior” adianta o INE.

Outro dado relevante neste estudo diz respeito ao preço mediano das habitações adquiridas, em Portugal, por compradores com domicílio fiscal no estrangeiro ter sido de 2.105 euros por m2. Um valor bem superior ao constatado com nos compradores com domicílio fiscal em território nacional que foi de 1.273 euros por m2.

A nível internacional, a mediana entre compradores da União Europeia rondou os 1.788 euros por m2, disparando para 2.565 euros por m2 nos restantes países.

Já no domínio da educação, o INE realça a melhoria da taxa de transição/conclusão no ensino secundário no ano letivo 2020/2021, ou seja, subiu 0,2 pontos percentuais para 91,7%, “mantendo a tendência de melhoria registada desde 2011/2012”.

Dos 18 municípios que compõem a Área Metropolitana de Lisboa, apenas três registaram taxas de transição/conclusão superiores à média nacional (91,7%) com Alcochete na liderança (94,0%), a que se segue o Barreiro (92,5%) e Oeiras (92,0%).

Já no campo da participação política, o INE dá conta que “as regiões autónomas dos Açores (63,3%) e da Madeira (50,4%) assim como o Algarve (48,7%) registaram as maiores taxas de abstenção na votação de 2022 para a Assembleia da República”. Por fim, destaca, “em 28 dos 308 municípios registaram-se taxas de abstenção superiores a 55% e os municípios de Vila de Rei (31,9%), Guimarães (32,3%) e Sardoal (32,4%) apresentaram os menores valores de abstenção”.

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Comissão Europeia financia-se até 80 mil milhões até junho de 2023

  • ECO
  • 19 Dezembro 2022

Bruxelas vai começar a emitir Obrigações-UE no âmbito da nova abordagem de financiamento unificado. Quer até 80 mil milhões de euros para financiar recuperação económica e apoio à Ucrânia.

A Comissão Europeia vai avançar com emissões de Obrigações-UE no valor até 80 mil milhões de euros na primeira metade do próximo ano, que vão ajudar a financiar a recuperação económica e também o apoio à Ucrânia.

As emissões serão realizadas no âmbito da nova abordagem de financiamento unificado de Bruxelas, que vai passar a emitir apenas Obrigações-UE em vez de obrigações denominadas separadamente para os programas individuais como o SURE ou a Assistência Macrofinanceira, como acontecia até agora.

De acordo com a Comissão liderada por Ursula von der Leyen, os programas a serem financiados por estas emissões são o NextGenerationEU e o novo programa de assistência financeira para a Ucrânia: o primeiro programa representará cerca de 70 mil milhões e o segundo cerca de dez mil milhões.

Bruxelas adianta ainda que a componente ecológica do Mecanismo de Recuperação e Resiliência continuará a ser financiada através de emissões “claramente e separadamente designadas” de obrigações verdes NextGenerationEU.

“Dessa forma, os investidores poderão verificar se o produto das obrigações verdes NextGenerationEU corresponde às despesas elegíveis de acordo com o enquadramento das obrigações verdes NextGenerationEU”, explica.

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Fundo Global Impact da KKR investe na Corcicef em Itália

  • Servimedia
  • 19 Dezembro 2022

A MasterD e a Medac Group aceleram expansão internacional com a compra da Editora CEF em Itália. O investimento foi feito pelo fundo Global Impact.

O Fundo Global Impact da KKR, em linha com a sua estratégia de investimento no mercado da educação centrada na formação para o emprego, acaba de anunciar o seu investimento na Corsicef, uma empresa italiana especializada em ensino à distância e autoformação, através de material editorial de alta qualidade, noticia a Servimedia.

A Corsicef forma mais de 4 mil estudantes por ano em Itália, tem uma equipa de mais de 80 colaboradores e um catálogo de 20 cursos nas áreas da saúde, veterinária, beleza e hospitalidade. O grupo educacional formado pela MasterD e MEDAC lidera o mercado educacional espanhol, tanto na formação formal como não formal em diferentes ramos como a Saúde, TI, Tecnologia, Educação, Energias Renováveis, Veterinária, Administração & Marketing, Jogos de Vídeo e Cibersegurança, entre outros.

A Corsicef, parte do grupo Ebano, é um dos únicos centros de formação em Itália a oferecer educação orientada para o emprego num formato online, onde os estudantes podem combinar os seus estudos com a sua vida profissional e pessoal.

A integração da Editora CEF no grupo a que pertencem MEDAC e MasterD, com presença em Espanha e Portugal, representa um ponto de viragem para o crescimento do ensino à distância em Itália. Neste sentido, fontes do grupo salientaram que “após a aquisição de várias empresas espanholas em 2022, agora a entrada em Itália é o próximo passo na expansão internacional, mas não será o último”.

Por seu lado, Pedro Godinho Ramos, membro da equipa de investimento da Global Impact na KKR, observou que “este investimento está totalmente alinhado com os objetivos estratégicos da Global Impact, que procura investir em empresas que oferecem soluções para desafios sociais e de sustentabilidade”.

O objetivo conjunto do grupo MasterD-MEDAC e da Editora CEF será aproveitar o melhor de ambos os projetos para reforçar e promover a proximidade, através de uma rede de centros educativos em Itália, a flexibilidade oferecida pela formação aberta e adaptação, graças à criação dos programas de formação mais completos do setor, adaptados ao presente e futuro do mercado de trabalho, tendo sempre em mente que o estudante deve estar no centro de toda a aprendizagem.

“Estamos certos de que a nossa metodologia de sucesso, centrada na personalização e flexibilidade, onde o estudante é o protagonista da sua aprendizagem através do Campus Online mais poderoso do mercado e da tutoria direta do seu conselheiro académico pessoal, será um sucesso no mercado italiano, onde a formação aberta ainda não foi amplamente utilizada e será uma oportunidade para as pessoas crescerem”, disse Diego Gómez, diretor do MasterD-MEDAC em Itália.

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Governo açoriano diz que 60 milhões do PRR para estradas vão ser insuficientes

  • Lusa
  • 19 Dezembro 2022

Governo açoriano afirma que 60 milhões de euros do PRR para a construção de estradas são insuficientes. Governo regional está “preparado” para assegurar conclusão das estradas com verbas regionais.

O governo açoriano afirmou esta segunda-feira que os 60 milhões de euros do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para a construção de estradas vão ser insuficientes, admitindo um reforço de verbas por via do orçamento regional.

Os preços estão a aumentar muito relativamente àquilo que era previsível na altura em que foram atribuídas as verbas do PRR aos Açores. Agora, o Governo Regional, através do seu próprio Orçamento, tem de complementar a diferença”, afirmou a secretária do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas do Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM).

Berta Cabral falava aos jornalistas em Vila do Porto, depois da cerimónia de apresentação do projeto da variante àquele concelho, o único de Santa Maria, integrada na visita estatutária do executivo à ilha, que começou no domingo.

O PRR dos Açores destinou 60 milhões de euros para o circuito logístico, que prevê a construção de dez variantes nas ilhas Terceira, Santa Maria, Graciosa, São Jorge, Pico, Faial e São Miguel.

“Aquilo que se previa que poderia ser feito à volta desse valor do PRR, de 60 milhões, vai ficar muito além disso. Ainda não temos o cálculo [da diferença] feito porque ainda falta lançar o concurso de algumas obras”, acrescentou a governante.

A secretária das Infraestruturas garantiu que o Governo Regional está “preparado” para assegurar a conclusão daquelas estradas com verbas regionais, mas não rejeitou uma revisão do PRR dos Açores para reforçar o montante.

“Se houver uma revisão do PRR tem de ter em conta essa realidade. Os 60 milhões ficam aquém daquilo que vai ser o valor final destas 10 obras. Se não houver essa revisão, pois terá de ser o orçamento regional a colmatar essa diferença”, destacou.

A 30 de novembro, o secretário das Finanças, Duarte Freitas, revelou que a região vai receber 80 milhões adicionais e que o contrato do PRR nos Açores vai ser revisto em janeiro de 2023.

Berta Cabral revelou que já falou com Duarte Freitas sobre o reforço de verbas para os circuitos logísticos, mas lembrou que os “procedimentos do PRR têm de ser negociados” com a Comissão Europeia.

A secretária regional prometeu ainda que “nenhum daqueles circuitos ficará por fazer”.

Sobre a variante a Vila do Porto, uma obra com o valor final de cerca de sete milhões de euros, Berta Cabral realçou que a estrada vai “rasgar os horizontes” do concelho e permitir a instalação de várias atividades económicas.

A 8 de novembro, o Governo dos Açores avançou que pretende concluir até 2025 as variantes nas ilhas Terceira, Santa Maria, Graciosa, São Jorge, Pico e Faial, previstas no PRR, um ano antes do limite do período de execução do programa.

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