Clima económico diminui, mas confiança dos consumidores cresce

No primeiro mês de 2022, o clima económico diminuiu, mas a confiança dos consumidores cresceu, indica o INE.

O clima económico diminuiu no primeiro mês de 2022, de acordo com a nota publicada esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). O gabinete de estatísticas salienta que este indicador tem tido um “comportamento irregular” desde julho. Já a confiança dos consumidores cresceu em janeiro, após ter estabilizado em dezembro e caído significativamente em novembro.

“O indicador de confiança dos consumidores aumentou em janeiro, após ter estabilizado em dezembro e diminuído nos dois meses precedentes”, indica o INE, sublinhando que a evolução registada em janeiro resultou do “contributo positivo das expectativas relativas à evolução futura da realização de compras importantes, da situação económica do país e da situação financeira do agregado familiar“. Já as opiniões sobre a evolução passada da situação financeira do agregado familiar pesaram sobre este indicador.

Em maior detalhe, tanto o saldo das expectativas relativas à evolução futura da situação económica do país como o saldo das perspetivas relativas à evolução futura da situação financeira do agregado familiar aumentaram em janeiro. Já o saldo das opiniões sobre a evolução passada dos preços atingiu o valor máximo desde agosto de 2008 enquanto o saldo das perspetivas relativas à evolução futura dos preços diminuiu em dezembro e janeiro.

Por outro lado, o INE destaca que as expectativas dos empresários da construção e obras públicas sobre a evolução futura dos preços de venda voltaram a registar o valor máximo da série, “reforçando o acentuado movimento ascendente observado desde maio”.

Também no comércio, o saldo das perspetivas de evolução futura dos preços de venda aumentou em janeiro, atingindo o valor máximo da série iniciada em maio de 2003.

E, do mesmo modo, nos serviços, o saldo das expectativas de evolução dos preços cresceu no primeiro mês do ano, “contrariando a redução observada no mês precedente e retomando um nível próximo do máximo da série registado em novembro de 2005“, frisa o gabinete de estatísticas.

Já a indústria transformadora foi o único setor de atividade em que as expectativas de preços de venda diminuíram em janeiro. Isto depois de ter atingido em dezembro o valor máximo desde outubro de 1990. “Em janeiro, a evolução do indicador deveu-se ao contributo negativo das opiniões sobre a evolução da procura global e das expectativas de produção, mais intenso no segundo caso, tendo as apreciações relativas aos stocks de produtos acabados contribuído positivamente”, explica o INE.

(Notícia atualizada às 10h25)

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