Governo português prepara resposta a pedido de esclarecimento da Rússia

  • Lusa
  • 3 Fevereiro 2022

A carta da Rússia, sobre a posição de cada Estado sobre a crise na Ucrânia, “está a ser analisada e merecerá, naturalmente, resposta”, disse o ministério tutelado por Augusto Santos Silva.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros está a analisar e vai responder à carta enviada pela Rússia aos Estados-membros da NATO e da OSCE em que pede que se pronunciem individualmente sobre a crise na Ucrânia, revelou esta quinta-feira fonte oficial.

“Recebemos” essa carta, que “está a ser analisada e merecerá, naturalmente, resposta”, disse fonte oficial do gabinete do Ministro dos Negócios Estrangeiros, questionado pela Lusa sobre se tinha recebido e já havia resposta à carta de Moscovo.

O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, enviou cartas aos Estados-membros da NATO e da OSCE a pedir que divulguem o que pensam sobre a crise na Ucrânia, independentemente da posição das duas organizações.

A informação do envio das cartas de Moscovo foi dada pelo embaixador russo em Madrid, Yuri Korchagin, que afirmou que, embora fazendo parte destas organizações, esses países também têm obrigações a cumprir nas suas relações bilaterais com a Rússia.

“Tudo o que foi assinado deve ser respeitado”, disse o embaixador da Rússia em Madrid numa conferência de imprensa, citado pela agência de notícias espanhola EFE. Por esta razão, a Rússia espera uma resposta de cada um deles sem demora, disse.

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) tem 30 membros e a OSCE 57. Portugal e Espanha integram as duas organizações, bem como a maioria dos Estados-membros da União Europeia (UE).

Korchagin reafirmou a posição de Moscovo de que a Rússia não pretende invadir a Ucrânia, como afirmam as autoridades ucranianas e os seus aliados ocidentais. Disse que os cerca de 100.000 militares que a NATO afirma que o exército russo mobilizou estão a “centenas de quilómetros” da Ucrânia e nos seus locais habituais de operação.

O contexto da crise é um “interesse económico, comercial” dos Estados Unidos para vender gás liquefeito à Europa, em vez do seu fornecimento pela Rússia, acrescentou o diplomata russo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comentários ({{ total }})

Governo português prepara resposta a pedido de esclarecimento da Rússia

Respostas a {{ screenParentAuthor }} ({{ totalReplies }})

{{ noCommentsLabel }}

Ainda ninguém comentou este artigo.

Promova a discussão dando a sua opinião