Marcelo avisa que a guerra “terá custos enormes sobre a vida de todos nós”
Presidente deixou um aviso sério: a guerra vai ter "custos enormes" para a vida de todos. Frisou que é preciso garantir bens essenciais, o funcionamento da economia e apoios às empresas e famílias.
Marcelo Rebelo de Sousa deixou esta segunda-feira um aviso dramático aos portugueses sobre o impacto da guerra da Rússia contra a Ucrânia: “O que já se passou teve, tem e terá custos enormes sobre a vida de todos os nós, nomeadamente na Europa. Não há como negá-lo ou fazer de conta de que estes custos não cairão na nossa vida”.
Numa mensagem após reunir o Conselho de Estado, que “condenou unanimemente” a agressão russa na Ucrânia, o Presidente da República sublinhou a necessidade de se estar atento ao que “é preciso fazer para enfrentar os custos da guerra, como aconteceu com a pandemia”.
Isto é, “temos de garantir bens essenciais, assegurar o funcionamento da economia, apoiar as empresas, a começar as dos setores cruciais, cuidar das pessoas, em particular das mais pobres, carenciadas ou sacrificadas“, disse Marcelo em declarações transmitidas pela RTP3.
Os efeitos da guerra já estão a ser amplamente sentidos pelos portugueses, nomeadamente quanto ao aumento do custo dos preços da energia e também de bens alimentares, por conta da guerra no Leste da Europa.
"O que já se passou teve, tem e terá custos enormes sobre a vida de todos os nós, nomeadamente na Europa. Não há como negá-lo ou fazer de conta de que estes custos não cairão na nossa vida.”
Marcelo foi claro naquilo que devemos esperar: “Não nos iludimos quanto aos tempos muito difíceis que aí estão ou aí vem”.
Defendeu que é “dramaticamente urgente acabar com a guerra” para poupar “custos humanos ao povo ucraniano” e para “limitar os riscos de uma nova e mais complexa guerra fria” que tão só representaria o “destruir décadas de diálogo sobre a paz, de combate às desigualdades, miséria e fome, sobre o clima e, ainda há pouco, a saúde”.
Por várias vezes, Marcelo comparou a atual situação de crise da guerra com a pandemia, destacando que vai ser necessária enfrentá-la com a mesma “coragem e determinação dos últimos dois anos”, apelando a que os portugueses acolham “quem deve ser acolhido, refugiados vindos da Ucrânia, sem discriminações ou privilégio”.
Marcelo afirmou ainda que todas as partes devem procurar abreviar a guerra com “serenidade” e “não com expedientes negociais concebidos apenas para ganhar tempo ou paralisar a resistência ou unidade contra a agressão”.
(Notícia atualizada às 18h58)
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