Demium quer abrir hub no Porto e financiar até 14 startups em Portugal

Só no ano passado a Demium investiu 1,35 milhões em 12 startups em Portugal. Este ano, o plano é subir a fasquia.

A Demium quer abrir um hub no Porto e reforçar o seu investimento pré-seed em startups em Portugal. Até ao final do ano, quer investir em 14 startups. No ano passado, a incubadora, através do seu fundo de venture capital, investiu 1,35 milhões de euros em startups portuguesas, fazendo de Lisboa o seu segundo maior hub depois de Espanha. Esta quinta-feira arrancou com o Road Show Demium em Portugal.

Portugal é, depois de Espanha, o mercado onde a Demium mais investe através do fundo, “Think Bigger Capital”, lançado em 2020, com 50 milhões. “Até agora, o fundo investiu cerca de 10 milhões de euros em 98 transações, principalmente entre Espanha e Portugal, mas também na Ucrânia e na Polónia. Em Portugal, 16 startups portuguesas pré-seed receberam investimentos de 100.000€ e 150.000€ desde o lançamento do fundo, sendo a área da saúde dominante no leque de startups investidas, incluindo startups já premiadas como a Actif, Glooma e Clynx”, adianta Diogo Patão, diretor de programas da Demium Portugal, à Pessoas.

Só no ano passado investiram 1,35 milhões em 12 startups em Portugal e, este ano, o plano é subir a fasquia. “Queremos ir mais longe. Até ao final do ano 2022, o objetivo da Demium será investir em mais duas startups do que o ano passado, atingido a meta das 14 startups investidas num ano, em Portugal”, continua o responsável.

“Mas o objetivo não é crescer apenas em número de startups, o grande objetivo é a qualidade. Queremos melhorar a qualidade das startups criadas, melhorar a sua presença no ecossistema português, enquanto continuamos a construir uma comunidade local de investidores”, reforça Diogo Patão.

Queremos ir mais longe. Até ao final do ano 2022, o objetivo da Demium será investir em mais duas startups do que o ano passado, atingido a meta das 14 startups investidas num ano, em Portugal.

Diogo Patão

Até ao momento, a área de saúde domina a apostas da Demium. “Procuramos, acima de tudo, talento. As áreas acabam por surgir de forma espontânea, sendo natural que, conforme algumas áreas “novas” se vão desenvolvendo no mercado nacional, comecem também a surgir mais projetos que as integram. Será o caso da AI (artificial intelligence) no mundo de BI (business intelligence) e data analytics, da verificação de imagem, ou mesmo blockchain, cibersegurança, real state, Indústria 4.0, impressão 3D, etc.”, descreve.

Esta quinta-feira a incubadora realizou o Roadshow Demium, o primeiro no mercado nacional, com contando com a apresentação de oito startups portuguesas em fase inicial.

O pitch foi avaliado por um júri composto por Sílvia Taveira de Almeida (Católica Lisbon School of Business and Economics), António Dias Martins (Startup Portugal) e Mário Tarouca (founder e anterior Head of Growth da EatTasty).

“Para as startups, há dois grandes objetivos principais: o mais imediato é ganhar o Roadshow, enquanto o de longo prazo será assegurar novos investimentos de entre os mais de 30 investidores presentes no evento”, refere Diogo Patão. Depois de Lisboa, segue-se, em junho, um novo Roadshow em Madrid e, em julho, em Varsóvia.

Investimentos que irão ser feitos através do fundo “Think Bigger Capital” que agora passou a chamar-se Demium Capital. Mudança de designação representa algum reposicionamento, em termos de startups onde querem apostar, ou estratégia?

“A decisão foi tomada em resposta a uma estratégia de posicionamento do grupo Demium, de forma a manter a identificação da marca entre a incubadora de startups e o seu fundo de capital de risco, agora denominado Demium Capital”, diz Diogo Patão. “A missão não muda. Vamos continuar a ajudar a criar empresas de sucesso, recrutando os melhores empreendedores do mundo.”

Abrir segundo hub em Portugal

Em Portugal 2019, a Demium Portugal tem hoje um escritório central em Lisboa, com uma equipa de 6 pessoas.

“Com este grupo, a Demium já investiu num total de 16 startups portuguesas, são desenvolvidos programas de incubação constantes e lançados cinco eventos “AllStartups” por ano que proporcionam fins de semana dedicados a conhecer potenciais empreendedores. É nestes eventos que tudo começa. Os empreendedores trabalham 48h num hackathon, constroem um projeto tecnológico e apresentam-no a um júri, sendo que os vencedores entram diretamente no Programa de Incubação”, descreve Diogo Patão.

Acompanha neste momento 15 equipas. “Os Programas de Incubação têm a duração de 6 meses, terminando com a apresentação do projeto de cada startup ao fundo de investimento (agora denominado “Demium Capital”), que decide investir (ou não) na startup pre-seed“, refere ainda.

“Já temos duas startups no Porto (Intuitivo e Explor) e uma outra em Coimbra (Noytrall). No que respeita a um novo hub no Porto, a intenção mantém-se. Continuamos a avaliar essa possibilidade, atentos aos projetos de todo o país, e não só de Lisboa – tal como mostram os casos da Intuitivo e Noytrall”, adianta Diogo Patão, quando questionado sobre os planos de expansão da incubadora em Portugal.

“A seu tempo, a presença da Demium no Porto poderá ser uma realidade, mas não existe ainda data definida. Tem sido particularmente desafiante tomar decisões relacionadas com presença física nos últimos anos, tendo em conta a realidade ditada pela pandemia.”

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