Reino Unido aprova venda do Chelsea a consórcio de Todd Boehly, mas Portugal também tem de autorizar
O Governo britânico deu "luz verde" à venda do Chelsea de Roman Abramovich a um consórcio liderado pelo multimilionário Todd Boehly. Mas Portugal também tem de autorizar para a venda se concretizar.
O Governo britânico aprovou a venda a um consórcio liderado pelo bilionário norte-americano Todd Boehly do clube inglês de futebol Chelsea, ainda detido pelo russo Roman Abramovich, alvo de sanções ligadas à invasão da Ucrânia. “O Governo emitiu uma licença que permite a venda do Chelsea”, anunciou a ministra da Cultura, Média e Desporto britânica, Nadine Dorries, na rede social Twitter. Mas falta ainda a autorização do Estado português ao negócio.
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“Dadas as sanções que aplicamos a quem esteja ligado a [Presidente russo, Vladimir] Putin e à sangrenta invasão da Ucrânia, o futuro a longo prazo do clube só pode ser garantido com um novo proprietário”, acrescentou a ministra. “Estamos seguros de que o resultado da venda não beneficiará Roman Abramovich ou outros indivíduos sancionados”, disse Dorries.
A ministra agradeceu “a todos, especialmente aos dirigentes que trabalharam incansavelmente para manter o clube a jogar e viabilizar essa venda, protegendo os adeptos e a comunidade futebolística em geral”.
“Em relação ao Chelsea, naturalmente que há aqui um ponto absolutamente fundamental: Portugal aplica as sanções que foram decretadas pela União Europeia. Nós fazemo-lo de forma rigorosa, fazemo-lo sem exceções, e é assim que nós aplicamos as sanções, é assim que nós vamos continuar a aplicar as sanções”, afirmou o chefe da diplomacia de Portugal, questionado pelos jornalistas à margem da visita à ilha de Santo Antão, Cabo Verde.
Portugal também tem de autorizar
Uma vez que Roman Abramovich detém um passaporte português, as autoridades portuguesas têm também de autorizar o negócio, noticiou na segunda-feira a emissora britânica BBC.
“O Governo britânico está a estudar possibilidades de alienação daquilo que é, neste momento, propriedade de uma pessoa que está sob lista de sanções. Obviamente, estamos em diálogo com o governo britânico, estamos em diálogo com a Comissão Europeia, mas seremos intransigentes na aplicação das nossas obrigações jurídicas”, afirmou João Gomes Cravinho.
O Chelsea, terceiro colocado na última edição da Premier League, atua com limitações, devido às sanções impostas a Abramovich.
Neste momento, o Chelsea opera com uma autorização especial que expira em 31 de maio e que lhe permite realizar determinadas operações, como receber dinheiro por direitos televisivos e vender ingressos para determinadas partidas.
Em 7 de maio, os londrinos anunciaram que o grupo liderado por Boehly iria adquirir o Chelsea por 4,25 mil milhões de libras (4,9 mil milhões de euros). A aquisição foi aprovada pela Liga inglesa de futebol na terça-feira.
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