Energia acelera nas contratações. Setor vai recrutar pelo menos 578 pessoas até final do ano

Somando as previsões das empresas contactadas pela Pessoas, são esperadas, pelo menos, 578 vagas até ao final do ano no setor da energia. Mas o número pode ser ainda mais elevado.

A atravessar um período desafiante, e com um claro empenho nos temas relacionados com a digitalização e a sustentabilidade, a indústria da energia está empenhada em reforçar as equipas para responder eficazmente aos desafios que tem pela frente. Perfis técnicos e tecnológicos são, neste momento, alguns dos mais procurados. A estes juntam-se ainda os especialistas no tratamento, análise e interpretação de volumes de dados. Somando as previsões das empresas contactadas pela Pessoas — BP Portugal, EDP, Endesa, Prio e Repsol — são esperadas, pelo menos, 578 vagas até ao final do ano no setor da energia.

A Prio é a mais ambiciosa em termos de contratações. “Até 30 de abril temos aproximadamente 170 contratações, pelo que podemos apontar para 450-500 contratações em 2022″, revela fonte oficial da empresa. Operador de posto de abastecimento e assistente administrativo são as funções mais procuradas.

A previsão para 2022 aumenta relativamente às contratações registadas no ano passado, altura em que 338 pessoas ingressaram na companhia que conta, atualmente, com 915 colaboradores (Energy, Bio, Supply, Prio E, PGLisboa, Fulltank, Dilu Red e Disa Lusitânia).

Neste momento, a Prio conta com mais de 50 vagas publicadas. Os interessados devem consultar as oportunidades em questão, bem como enviar a sua candidatura, através deste link.

Já a Repsol admite que a fase de transição energética “requer investimentos”, tanto em infraestruturas, como em pessoas. Depois de mais de 50 pessoas contratadas este ano — seguindo os objetivos de renovação geracional e contratação de profissionais para futuras unidades industriais — a petrolífera espera preencher ainda cerca de 70 vagas em território nacional até ao final do segundo semestre de 2022.

“Para além da procura de novos perfis para acompanhar toda a evolução e o recrudescimento de novas áreas de negócio, queremos requalificar, se assim for o caso, alguns profissionais, para fazerem face às novas exigências, tecnológicas e energéticas”, explica António Martins Victor, diretor de comunicação e relações externas da Repsol, à Pessoas.

“Estamos comprometidos em manter todos os postos de trabalho já existentes e apostar na requalificação, para atrair e reter talento, gerando emprego de qualidade e com perspetiva de futuro”, acrescenta.

Ao nível das funções que estão na mira, António Martins Victor diz que varia “de negócio para negócio, de área para área”. “No negócio de química, por exemplo, temos procurado profissionais formados em engenharias, mas também, muito recentemente, abrimos um curso para técnico de operação de unidades industriais“, explica.

Em Portugal, o grupo Repsol tem cerca de 1.500 colaboradores, sendo que a nível mundial emprega mais de 24.000 pessoas, distribuídas por 32 países.

A BP Portugal, por sua vez, estima contratar entre cinco e oito pessoas até ao final de 2022, avança Ana Ciola, diretora de recursos humanos e administradora da BP Portugal. Os postos de abastecimento BP, em Portugal, são geridos por parceiros externos, pertencendo os seus colaboradores às empresas em questão, pelo que essas contratações não são aqui consideradas.

“As funções em destaque no recrutamento incidem essencialmente nas áreas de engenharia de sistemas/computação e eletrificação”, detalha a líder de RH.

A BP Portugal conta com 85 colaboradores em Portugal. As oportunidades de carreira encontram-se disponíveis aqui.

E nas elétricas?

No campo das elétricas, a Endesa espera contratar mais de 500 em 2022, um número que se distribui por Portugal e Espanha. “Até agora, já foram preenchidas mais de 200 vagas”, adianta fonte oficial da empresa. Questionada sobre o número de contratações destinadas Portugal, a empresa não respondeu a tempo da publicação deste artigo.

Sendo uma empresa de energia com um claro empenho na digitalização e sustentabilidade, os perfis técnicos e tecnológicos são os mais procurados, ou seja, os perfis STEM (ciência, tecnologia, engenharia e matemática). A estes, devemos acrescentar perfis que sejam especialistas no tratamento, análise e interpretação de imensos volumes de dados. E, claro, como em qualquer empresa, outros perfis, tais como os das áreas de recursos humanos ou administração”, detalha a mesma fonte.

No ano passado, 678 ingressaram na Endesa, o que representa “um indicador da capacidade da Endesa para gerar emprego”. “Estes números são importantes porque são um termómetro da renovação, crescimento e adaptação da empresa às novas necessidades e tendências. Das 678 novas contratações, quase 100 são estagiários contratados em 2021.”

A Endesa faz parte do Grupo Enel, que emprega mais de 66.000 pessoas em todo o mundo. Deste número, a 31 de dezembro de 2021, a Endesa somava 9.258 empregados, dos quais 74 em Portugal. A elétrica com sede em Madrid tem “planos ambiciosos” para Portugal, tanto na área comercial como, em particular, na geração renovável, uma área em que, até 2022, espera aumentar a força de trabalho atual em mais de 40%, e “até duplicá-la no próximo ano”. “Além disso, toda esta nova atividade será uma força motriz para a criação de um número significativo de empregos indiretos”, avança.

Mais informações sobre as ofertas de emprego, bolsas de estudo na Endesa aqui.

Presente em 28 mercados, contando com mais de 12 mil colaboradores a nível global e mais de cinco mil pessoas a operar em Portugal, a EDP tem planos ambiciosos ao nível do recrutamento. Embora também não consiga discriminar número de vagas por geografias, diz que prevê contratar mais de 1.700 pessoas a nível global, aumentando em cerca de uma centena as admissões realizadas em 2021, sabe a Pessoas.

Atualmente, há 22 oportunidades de trabalho publicadas para o mercado português. Consulte as vagas para o mercado nacional através deste link.

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