Produção de energia solar em Portugal atingiu nível mais alto de sempre em maio
Portugal foi o quarto país da Europa que mais incorporou energias renováveis na produção de eletricidade na Europa, nos primeiros cinco meses do ano. Produção de energia solar atingiu recorde.
Durante o mês de maio, a produção solar atingiu os 8,2% da produção total, o que corresponde ao maior valor alguma vez registado em Portugal, aponta a Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN), num relatório divulgado esta quinta-feira.
Portugal ficou atrás da Noruega (99,6%), Dinamarca (76,1%) e Áustria (73,2%) no que toca à incorporação renovável na geração de eletricidade na Europa, nos primeiros cinco meses do ano. De acordo com o relatório, Portugal registou, até maio, um total de 59,4% de renováveis usados para produzir eletricidade.
O relatório revela ainda que a quarta posição manteve-se, também, olhando só para os dados do mês de maio, altura em que se gerou 56,3% de energias renováveis usadas para a produção de eletricidade, ainda que a produção deste tipo de energia tenha decrescido em 5,8% face a abril e 4,2% face a maio de 2021. Esta redução, explica o relatório, “deve-se maioritariamente à diminuição dos índices de eolicidade e de hidraulicidade, que resultaram num decréscimo da produção eólica e hídrica”.
A aposta nas energias renováveis fez com que durante os cinco meses do ano Portugal poupasse 1,528 milhões de euros na importação de gás natural e menos 3,4 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2). Em maio, a poupança foi de 274 milhões de euros e menos 0,7 milhões de toneladas de CO2 emitidas.
“Esta análise baseia-se no pressuposto de que, na ausência de renováveis, a produção seria assegurada primeiramente pelo gás natural, seguido do recurso a importações”, explica a APREN.
Renováveis não conseguiram responder 56 horas de consumo de eletricidade em Portugal
Entre janeiro e maio, o país registou “56 horas não consecutivas em que a geração renovável foi suficiente para suprir o consumo de eletricidade de Portugal Continental“, diz a APREN, salientando que o preço horário médio no Mercado Ibérico de Electricidade (Mibel) naquela altura foi de de 151,6 euros por megawatt/hora.
Por sua vez, durante o mês de maio, o preço médio no Mibel subiu para 209,4 euros por megawatt/hora, e foram 4,3 horas não consecutivas aquelas em que as renováveis foram suficientes para suprir o consumo de eletricidade no país. Na Europa, os valores médios mantiveram-se semelhantes a abril. No entanto o preço máximo diminuiu em grande parte dos países.
“De salientar a redução no preço da eletricidade em maio, já influenciada pela limitação do preço do gás natural”, medida elaborada pelos Governos de Espanha e Portugal e aprovada, esta quarta-feira, pela Comissão Europeia, indica a APREN.
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