Malparado cai para valor mais baixo desde 2008
Bancos melhoraram rentabilidade e rácio de malparado caiu para o valor mais baixo desde 2008.
O primeiro trimestre do ano foi muito positivo para os bancos portugueses: a rentabilidade dos capitais próprios (ROE) aumentou para 8,4% e o rácio de malparado caiu para 3,6%, igualando o nível observado em 2008.
Em relação a qualidade dos ativos, os dados divulgados esta quinta-feira pelo Banco de Portugal relativamente a todo o sistema bancário nacional dão conta de que, apesar da descida do rácio de NPL (non performing loan), as instituições financeiras ainda detinham 11,89 mil milhões de euros em empréstimos não produtivos. Considerando as imparidades, o valor desce para 5.553 milhões de euros.
Desde 2015 que os bancos vêm fazendo um tremendo esforço na redução do malparado. No final desse ano, os bancos tinham no seu balanço 49 mil milhões de euros em crédito malparado. Durante este período já se desfizeram de grande parte desses problemas.
Desde o final do ano passado que caiu abaixo dos 5%, que o governador Mário Centeno considerou ser “o número mágico” na medida em que se trata de uma exigência dos reguladores europeus e nem mesmo o impacto da pandemia travou esta trajetória descendente. Agora, com a atual crise de guerra, alta inflação e subida dos juros, os bancos voltam a ser colocados à prova.
Malparado continua a cair
Fonte: Banco de Portugal
No que diz respeito ao ROE, o sistema bancário registou uma subida significativa do indicador: atingiu os 8,4% no final de março, uma subida de 3,4 pontos percentuais em relação ao mesmo período de 2021. A rentabilidade do ativo aumentou para 0,69%, mais 0,28 pontos percentuais em termos homólogos.
“A evolução da rendibilidade refletiu a diminuição das provisões e imparidades e, em menor grau, o aumento da margem financeira”, explica o Banco de Portugal.
Por sua vez, os rácios de fundos próprios totais e de fundos próprios principais de nível 1 (CET 1) diminuíram 0,5 pp e 0,6 pp, para 17,5% e 14,9%, respetivamente.
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