Petróleo sobe mais de 1% com perspetiva de OPEP cortar produção
Cartel dos países exportadores de petróleo admite reduzir a produção se for necessário para manter preços do barril, em caso de o Irão voltar a exportar.
Os preços do petróleo está a subir mais de 1% esta segunda-feira, com a perspetiva de a OPEP vir a cortar a produção para manter as cotações do barril que têm estado em alta nos últimos meses com o fim da pandemia e o início da guerra da Rússia na Ucrânia.
Em Londres, o Brent valoriza 1,04% para 102,04 dólares, o valor mais alto do último mês, e depois de ter acumulado uma subida de mais de 4% na última semana. Em Nova Iorque, o contrato de crude WTI avança 1,3% para 94,27 dólares, prolongando os ganhos após a subida de 2,25% na semana anterior.
“Os preços do petróleo estão a subir com a possibilidade de um corte na produção da OPEP e os aliados para restaurar um equilíbrio de mercado em resposta à recuperação do acordo nuclear do Irão”, afirmou Sugandha Sachdeva, especialista da Religare Broking, citada pela agência Reuters.
A Bloomberg estima que, se o negócio for alcançado, o Irão poderá libertar rapidamente petróleo para os mercados, uma vez que tem mais de 90 milhões de barris armazenados em petroleiros, lembra Henrique Tomé, da XTB.
Petróleo sobe mais de 1%
Os Emirados Árabes Unidos estão alinhados com a Arábia Saudita em relação à política de produção de petróleo, enquanto o ministro do Petróleo de Omã disse apoiar os esforços da OPEP+ para manter estabilidade no mercado, depois das notícias de que a OPEP poderia considerar baixar a produção no caso de o mercado aumentar a oferta com o petróleo do Irão, se as sanções a Teerão forem levantadas.
Além do tema do acordo nuclear do Irão, os analistas olham para os confrontos na capital da Líbia que fizeram 32 vítimas mortais no fim de semana, aumentando os receios de aumento da escalada da violência no país, com impacto na produção de petróleo. E ainda para o aumento dos preços do gás, que poderão levar a um aumento da procura de outras energias, como o “ouro negro”.
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