Regulador europeu aprova vacina “bivalente” da Pfizer contra a Covid
EMA aprovou a utilização como reforço da vacina "bivalente" contra a Covid desenvolvida pela Pfizer e dirigida às linhagens B.A.4 e B.A5 da variante Ómicron para pessoas a partir dos 12 anos.
A Agência Europeia do Medicamento (EMA, na sigla em inglês) aprovou a utilização da vacina “bivalente” contra a Covid da Pfizer, dirigida às linhagens B.A.4 e B.A5 da variante Ómicron. Esta vacina é recomendada para pessoas a partir dos 12 anos que tenham completado o esquema primário contra a Covid.
“O Comité de Medicamentos para Uso Humano (CHMP) da EMA recomendou a utilização de uma vacina bivalente adaptada visando as subvariantes BA.4 e BA.5 da Ómicron, além da estirpe original do SARS-CoV-2″, aponta o regulador europeu, em comunicado divulgado esta segunda-feira, acrescentando que em causa está a vacina Comirnaty Original/Omicron BA.4-5, desenvolvida pelo consórcio BioNTech/Pfizer.
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Esta decisão surge menos de duas semanas depois de a entidade liderada por Emer Cooke ter dado “luz verde” à administração de doses de reforço das vacinas desenvolvidas pela Pfizer/BioNTech e pela Moderna dirigidas à linhagem B.A.1 da variante Ómicron da Covid-19, também para pessoas pessoas a partir dos 12 anos.
Em comunicado, o regulador europeu sublinha que a vacina recomendada esta segunda-feira é “uma versão adaptada” da vacina de RNA mensageiro da Pfizer e é recomendada para “pessoas com idade igual ou superior a 12 anos, que receberam, pelo menos, a vacinação primária” contra a Covid.
A EMA justifica esta recomendação tendo em conta os dados disponíveis relativamente à vacina original da Pfizer, bem como, às vacinas adaptadas desta farmacêutica, nomeadamente contra a linhagem B.A.1 (vacina que foi aprovada a 1 de setembro). A entidade liderada por Emer Cooke reitera que os estudos demonstraram que esta vacina “foi mais eficaz a desencadear uma resposta imunitária contra a sublinhagem B.A.1” do que a vacina original e, ao mesmo tempo “foi tão eficaz” contra o vírus original.
Além disso, os estudos realizados demonstram ainda que a “Comirnaty Original/Omicron BA.4-5 desencadeia uma imunitária adequada contra as linhagens visadas”. “Com base nestes dados, o CHMP concluiu que se espera que a Comirnaty Original/Omicron BA.4-5 seja mais eficaz do que a Comirnaty [nome comercial para a vacina da Pfizer desenvolvida contra o vírus original] a desencadear uma resposta imunitária contra as sublinhagens B.A.4 e B.A.5″, lê-se.
A EMA refere ainda que os efeitos secundários provocados pela administração desta vacina “foram comparáveis aos observados” com a vacina original.
Entretanto, tanto a presidente da Comissão Europeia como a comissária europeia para a Saúde vieram congratular-se com esta decisão. Numa publicação no Twitter, Ursula von der Leyen relembrou que a “Covid ainda é uma ameaça” e que “a vacinação ainda é a melhor forma de nos protegermos” do vírus. Já Stella Kyriakides, também através do Twitter, destacou que este “é mais um passo fundamental no apoio aos esforços de vacinação para a época outono/inverno dos Estados-Membros”.
(Notícia atualizada pela última vez às 18h14)
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