“Portugal tem potencial” para incluir baterias em projetos renováveis, diz CEO da EDP

No que toca aos limites aos lucros do setor energético, o CEO da EDP mostrou aceitação do tema, mas apontou Roménia e Polónia como maus exemplos de implementação da legislação europeia.

O acoplamento de baterias a parques solares ou eólicos não está tão desenvolvido na Europa como nos Estados Unidos, mas o CEO da EDP, Miguel Stilwell, considera que Portugal tem potencial para tal.

Em Portugal, achamos que existe potencial a prazo para começar a juntar baterias. Acreditamos na hibridização [ligar mais que uma tecnologia ao mesmo ponto de rede]. Portugal é um bom case study nisso”, afirmou Miguel Stilwell, em declarações aos jornalistas na Web Summit.

“O tema das baterias e o armazenamento em geral é fundamental para a transição energética. E é um bom complemento às outras tecnologias, eólica ou solar”, considerou. O Expresso avançou esta semana que a concorrente Galp se prepara para testar um sistema de baterias de larga escala na sua central solar em Alcoutim.

Questionado sobre os limites aos lucros do setor energético que proliferam na Europa, Miguel Stilwell mostrou aceitação do tema: “O conceito percebemos, não discutimos, é uma decisão política”. No entanto, indicou que “a Roménia e Polónia são bons exemplos de uma má implementação regulatória“, pois nesses países a EDP poderá vir a ser taxada também sobre lucros que não são obtidos, o que terá um impacto na ordem dos três dígitos para a elétrica no que diz respeito à Roménia, segundo o CEO admitiu na semana passada, numa conferência telefónica com analistas. “Estamos a dialogar com os vários reguladores e legisladores”, admitiu.

Em oposição, o CEO da EDP considera que “o Brasil tem conseguido uma estabilidade regulatória grande”, pelo que a mudança de Governo não deverá interferir com a presença da elétrica no país.

Sobre os preços da eletricidade que a empresa vai aplicar no próximo ano, Miguel Stilwell remeteu para o final de novembro, início de dezembro, o período em que comummente são apresentadas as tarifas. Mas ressalvou: “Portugal tem conseguido manter preços estáveis“, e aproveitou para comparar a proposta para as tarifas do próximo ano apresentada pelo regulador, que prevê uma subida de 2,8%, com o cenário noutros países europeus, nos quais os aumentos estão na ordem dos dois dígitos, disse.

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