Travão nas rendas gera vaga de não renovação de contratos
Em Lisboa haverá 800 famílias em risco de não renovarem contratos, alerta Vasco Brasão da Associação pelo Direito à Habitação.
O ‘travão’ às rendas, que em 2023 terão um aumento limitado a 2%, está a ter um efeito de não renovação dos contratos, noticia o Expresso (acesso pago). De um lado, os proprietários opõem-se à renovação de contratos; do outro, os inquilinos não conseguem renegociar as rendas pelos valores propostos.
As rendas das casas por metro quadrado aumentaram 2,9% em setembro face ao mesmo mês de 2021, acelerando face aos 2,8% de agosto e com todas as regiões a apresentarem subidas homólogas, segundo o Instituto Nacional de Estatística. E “todas as regiões apresentaram variações homólogas positivas das rendas de habitação, tendo Lisboa registado o aumento mais intenso (3,1%)”, diz o INE.
De acordo com a base de dados Confidencial Imobiliário, as rendas cresceram 10% nos novos contratos no terceiro trimestre, que não são abrangidas pelo travão criado pelo Executivo. “Só em Lisboa haverá “800 famílias em risco de despejo”, alerta Vasco Brasão, da Rés do Chão, Associação pelo Direito à Habitação, citado pelo Expresso. As estatísticas do Ministério da Justiça revelam o aumento no número de ações de despejo e de cobrança coerciva de rendas: só no primeiro trimestre foram 185.
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